Historicando

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15 março 2013

VALORES – O dia seguinte


Portugal viveu a maior parte do regime democrático – para não dizer a sua totalidade – na "Cultura do Dia Seguinte".
A sua caracterização é simples: por um lado, o passado não interessa, sendo que é passado tanto o dia de ontem como o de hoje, por outro, o dia seguinte é o mais relevante, mas nunca o dia posterior ao dia seguinte.
Esta forma de estar na vida, ou, talvez melhor, de não estar, que nos tem caracterizado é não só nefasta como ilusória.
Os resultados falam por si, sendo as dificuldades dos portugueses prova clara dos danos que causa a opção pelo imediatismo em detrimento do médio e longo prazo.
É que a troika pode dizer-nos como não podemos viver, mas seguramente não aceitaremos que decida como vamos viver.
A diferença é grande e será nisso que poderá residir ainda a nossa diminuta soberania.
LUIS GONÇALVES DA SILVA, Assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
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