Historicando

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29 março 2013

Colonização do sul da Europa


Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Chipre são países resgatados desde 2010 pelos Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia.
O claro “não” à austeridade que saiu das urnas na Itália, terceira economia da eurozona, corre paralelo ao “não” das contas de Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda, obrigados a estender ou reestruturar os prazos pactuando com a Troika (Comissão Europeia, Banco central Europeu e Fundo Monetário Internacional) ante o fracasso dos programas de ajuste. A própria França, segunda economia da eurozona, solicitou na semana passada à Comissão Europeia uma extensão do prazo para diminuir seu deficit fiscal, pois a França falhou défice em 2012.
Não esqueçamos que os paraísos fiscais são mantidos e incentivados pela banca de todos os países e serviram os desvios colossais de casos como o do BPN pela Europa fora. Na verdade, o Chipre foi a mais recente vítima do processo de colonização do sul da Europa comandado pelo BCE e o FMI, ao serviço da Alemanha e da finança europeia e americana e das suas disputas geopolíticas com a oligarquia russa.
Entretanto em Portugal o governo português é formado pelo Partido Social Democrata (PSD) e pelo Centro Democrático Social/Partido Popular (CDS-PP), que juntos somam 132 dos 230 votos na Assembleia da República. Há riscos de a coligação ruir este ano. Em Outubro, ocorrem as eleições autárquicas (municipais) e o CDS poderá avaliar antes do pleito que "já não tem nada a ganhar" ao manter-se no governo e assim "se retirar da coligação".