Historicando

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06 março 2013

Daniel Oliveira abandona Bloco entre acusações de “sectarismo”


Daniel Oliveira, militante histórico do Bloco de Esquerda e que nele militava desde a sua fundação, abandonou o partido com uma dura carta em que acusa os seus dirigentes de sectarismo político e critica as últimas opções políticas, como a criação da corrente “Socialismo”, as escolhas para as candidaturas autárquicas e a falta de vontade de dialogar à esquerda para conseguir fazer pontes com outros partidos.
Ao longo de cinco páginas, o histórico militante discorre sobre os motivos concretos da sua saída. O primeiro é a criação da corrente “Socialismo”, proposta por Francisco Louçã, João Semedo e José Manuel Pureza, considerando que será “um partido dentro do partido, que terá a capacidade de definir, sozinho, as principais opções políticas e a “distribuição de cargos” no Bloco (aquilo a que realmente as correntes se dedicam)”. Por outro lado, considera que a nova corrente revela que “o coordenador anterior [Francisco Louçã] não desistiu de continuar a coordenar, sem ocupar o cargo, o Bloco de Esquerda”.
Para o fim, Oliveira guarda as críticas mais abrangentes, acentuando a sua já antiga divergência quanto à forma como o BE se deve relacionar com os outros partidos: “Sozinho, o Bloco não chega para a luta que temos pela frente”. “O Bloco só será útil, como instrumento político, se quiser participar em algo maior”.
http://www.publico.pt/politica/noticia/daniel-oliveira-abandona-o-bloco-de-esquerda-1586734
Pois é, tal como tu somos dezenas de milhar os excluídos do sistema. Não que professe a tua ideologia. Refiro-me à circunstância. Aos métodos. À pseudo-democracia da escolha dos eleitos.
Resta-nos a intervenção cívica, a energia aos espaços de cidadania fundamentais para a enorme luta que nos espera.