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04 fevereiro 2013

Linha ferroviária Sines – Madrid pode e deve ser candidata aos 'project bonds' – Seguro


O secretário-geral do PS defendeu hoje que a construção de uma linha ferroviária para transporte de mercadorias, entre o Porto de Sines e Madrid, pode e deve ser candidata às 'project bonds', obrigações da União Europeia para financiar projectos.
No encerramento de uma conferência do Laboratório de Ideias e Propostas para Portugal (LIPP) do PS, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, António José Seguro apontou o porto de Sines como determinante para o crescimento da economia portuguesa e acusou o Governo PSD/CDS-PP de falta de visão estratégica.
"É fundamental, volto a insistir, a construção de uma linha ferroviária para transporte de mercadorias entre Sines e Madrid, para que nós possamos alavancar as possibilidades dessa plataforma logística", considerou.
O secretário-geral do PS referiu que essa construção implica 600 milhões de euros. "Mas esses 600 milhões de euros, esse projecto pode e deve ser candidatável aos novos 'project bonds' que a União Europeia criou a partir do Conselho Europeu de Junho", afirmou, em seguida.
"O primeiro-ministro não me venha dizer que não há dinheiro. Não há é ideias nem ambição nas propostas e na condição política do Governo por parte do primeiro-ministro, isso é que não há", acrescentou.
Segundo o secretário-geral do PS, o Porto de Sines pode ser, além de uma plataforma logística, um espaço de localização de empresas e de transformação de bens para exportação, sobretudo na área agro-alimentar.
António José Seguro relatou que, numa visita recente de membros do PS à China, em que participou a presidente do partido, Maria de Belém Roseira, "os chineses falaram do Porto de Sines e da possibilidade de se instalar aí uma cidade de 600 mil pessoas".
"Mas, para isso, nós precisamos de ter visão, precisamos de ter um Governo que invista, de ter políticas públicas que se canalizem com esse objectivo", observou.
Nesta sua intervenção, Seguro deixou elogios à anterior governação do PS, chefiada por José Sócrates, quando disse que, se "as exportações começaram a crescer nos últimos anos, foi porque houve uma aposta deliberada de um Governo socialista no fomento dessas exportações, não foi por acaso, porque até então tinha havido uma quebra desse ponto de vista".
O secretário-geral do PS, que encerrava uma conferência sobre o tema "Desenvolver Portugal – Crescimento e Emprego", apontou a estabilidade fiscal, a diminuição da burocracia e rapidez no funcionamento da justiça como factores essenciais para a atracção de investimento.
Além da captação de investimento, elencou como prioridades o fomento das exportações e a substituição de importações por aumento da produção nacional, para reduzir o défice da balança comercial – mas não como o Governo PSD/CDS-PP está a fazer, "empobrecendo o país".
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