Bento XVI tem aproveitado as suas aparições para se despedir, também as tem usado para deixar recados ao sucessor. Apelou a uma "verdadeira renovação" da Igreja; e lamentou os "golpes contra a [sua] unidade". Lembrou que falta cumprir as orientações do Concílio Vaticano II, que celebra este ano as bodas de ouro do seu início.
“Pelas indicações que este Papa [Bento XVI] está a dar, prevê-se uma maior participação e mais democracia dentro da Igreja”. “A Igreja não pode renegar o Evangelho, mas tem de ler os sinais dos tempos” e estes passam pela possibilidade de ordenar padres casados, acabar com o celibato ou acolher os cristãos divorciados, por exemplo.
Bento XVI poderá continuar a vestir-se de branco, mas as suas vestes serão simples e diferentes das usadas pelo Papa, explicou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, ontem, em conferência de imprensa.
"Quando escrever, será como teólogo e não como Papa". Tudo o que Ratzinger escrever não verá a luz do dia enquanto for vivo. O Papa emérito é um homem que não deseja interferir com o governo do seu sucessor e nem sequer dará uma entrevista, calcula.
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