O economista António Borges diz que é a distribuição pouco equitativa dos sacrifícios pedidos aos portugueses que está a motivar a revolta de muitas pessoas. Ontem de manhã, em Castelo Branco, falou ainda de um Estado pouco aberto a mudanças.
Para o economista e consultor do Governo a crise trouxe uma distribuição injusta de sacrifícios o que aumenta o sentimento de revolta. "É aqui que a crise é mais injusta e ao mesmo tempo mais penosa e leva mesmo a sentimentos mais profundos de revolta, que todos devemos sentir, porque não há uma distribuição equitativa das consequências e há mesmo muita impunidade", disse o economista para uma plateia católica em Castelo Branco, este sábado, adiantando que "houve quem beneficiasse muito com esta política e não foram os mais pobres."
António Borges afirmou ainda que "nós vivemos demasiado agarrados a proteger o que já existe, a proteger as empresas, os grupos e os interesses corporativos e em resultado disto o Governo e as empresas andam sempre juntinhos. É a nossa tradição e isto é que eu acho que é a herança do doutor Salazar".
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