Os estudantes dos cursos profissionais que este ano terminem a sua formação e queiram prosseguir estudos superiores não são obrigados a fazer três exames nacionais, como estava previsto. Apenas um – a Português.
Esta possibilidade foi aberta por uma portaria publicada na sexta-feira em Diário da República pelos ministérios da Educação e da Economia. E representa um recuo do Executivo face a normas aprovadas no Verão.
O Governo estabelece uma norma transitória, a vigorar no ano lectivo 2012/2013. Quem este ano terminar um curso profissional e quiser candidatar-se ao ensino superior só é obrigado a fazer exame de Português.
Para além deste exame, as universidades e politécnicos podem sempre exigir a realização de provas de ingresso. Mas o que esta portaria estabelece é que a "classificação final do curso para efeitos de prosseguimento de estudos", com a qual os alunos se candidatam ao superior, só reflecte um exame. O de Português, precisamente. Valerá 20% dessa classificação final (exigindo-se 9,5 valores, pelo menos). Os restantes 80% são compostos pela notas das disciplinas, da prova de aptidão profissional e da Formação em Contexto de Trabalho (FCT). Tudo isto está na portaria de sexta-feira, onde se definem "as normas de organização, funcionamento, avaliação e certificação" dos cursos profissionais - que também só deverão vigorar até que este tipo de formação seja globalmente revista no âmbito de um processo que está em curso.
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