Há tantos desempregados licenciados quanto pessoas com a quarta classe completa nessa situação – cerca de 138 mil de um lado e do outro –, indicam dados do INE citados pelo Ministério da Solidariedade. No capítulo do desemprego de longa duração (há um ano ou mais), os diplomados são, de longe, os mais penalizados pelo fenómeno: desde o início de 2011 que este grupo engordou 84% (quase duplicou), atingindo agora 70,4 mil pessoas, quase tantos quanto os 74,6 mil indivíduos na mesma situação, mas com apenas o ciclo preparatório (2. ° ciclo do ensino básico) concluído. E é, justamente, no grupo dos licenciados que o número de desempregados de longa duração subiu de forma mais agressiva quando comparado com os restantes níveis de ensino (mais baixos). Actualmente, metade dos licenciados desempregados estão nessa situação há mais de um ano.
Para além da questão do crédito, "as empresas defrontam-se com um problema de expectativas muito pobres para a actividade económica e para a procura externa, sobretudo as que estão viradas para o mercado europeu".
Assim, mesmo os mais qualificados deixaram de encontrar facilmente trabalho, o que tem motivado muitos a emigrar e a procurar oportunidades fora de portas.
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