Adriano Moreira tem 90 anos. Nunca viu um Portugal assim. Nunca viu um mundo assim. Fala da decadência do mundo ocidental, não fala apenas de políticos e de políticas ruinosas.
Não deixa, contudo, de sublinhar que “não é com fórmulas aritméticas que se governam os países”. Fala de um princípio de solidariedade que ainda é a marca maior da identidade...
Adriano Moreira considera que «neoliberalismo» é «contra o Estado Social»
Adriano Moreira defendeu esta terça-feira à noite na TVI24 que a «carga tributária» se trata de uma «bomba-relógio» e que o Governo deve estar atento aos sinais das dificuldades sociais, entre eles o aumento dos «suicídios» e a «fome».
«A fome não é um dever constitucional», disse o académico, salientando que as dificuldades estão a levar algumas pessoas ao desespero.
Para o académico, «há um problema de sensibilidade social neste Executivo e talvez até intelectual», por não se compreender que existe um limite para os sacrifícios pedidos.
«Há um limite. Esse limite, o neoliberalismo não o considera, porque é definitivamente contra o Estado social», apontou.
«A carga tributária é uma espécie de bomba-relógio», alertou, frisando que é necessário «olhar com muito cuidado para as questões sociais». «As estatísticas não chegam», anotou.
Para Adriano Moreira, mais do que uma refundação do Estado é «necessário remodelar a ética de funcionamento do Estado». Até porque, lembrou, para refundar o Estado seria «preciso um Dom Afonso Henriques outra vez».
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http://aulp.org/noticias/revista-de-imprensa/aulp/5746-qa-fome-nao-e-um-deve-constitucrionalq