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18 junho 2013

Pobreza: Análise às despesas das famílias confirma que "a crise não chega aos ricos"

Com a crise iniciada em 2008 a proporção do orçamento familiar destinada a suportar a alimentação baixou 27%. Mas isto apenas na faixa da população mais pobre. Já no grupo dos mais ricos não houve alterações de monta. Um dos elementos da equipa do projecto Rendimento Adequado em Portugal (RAP) analisou os inquéritos às despesas familiares entre 2005-2006 e 2010-2011.
Entre os mais pobres (aqui definidos como os agregados que fazem parte dos 20% que menos gastam globalmente), detectou alterações muito significativas na forma como o orçamento familiar é distribuído – com o peso das despesas com a habitação a subir substancialmente (como se tivesse havido uma transferência directa dos custos com alimentos e afins para os relacionados com a casa). Já nos agregados mais ricos, assinala "a enorme estabilidade dos coeficientes orçamentais da despesa total", o que, conclui, parece "confirmar a máxima popular de que 'a crise não chega aos ricos'".
Em Portugal entende-se que está em risco de pobreza quem tem menos de 420€/mês para viver.
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/06-18/0/5_2061614_C2445B2EA100A9BEE4C3036BE42358CA.pdf