João Ferreira do Amaral volta a defender, uma vez mais, a saída de Portugal do Euro como forma de se ultrapassar a actual crise. Para o economista, a política económica portuguesa encontra-se bloqueada devido à austeridade, que levou ao prolongamento da recessão e a níveis incomportáveis de desemprego.
Ferreira do Amaral considera que o actual enquadramento económico não resolve o problema da dívida pública que "continuará a aumentar em percentagem do PIB em virtude da recessão impedir a realização dos objectivos do défice das contas públicas".
A alternativa dentro do euro, acrescenta, "ou seja a renegociação da dívida, irá levar quase certamente à exigência de um novo programa de austeridade, provavelmente ainda mais gravoso e o resultado será afinal semelhante ao da alternativa anterior". Nesse pressuposto, o economista defende que só a saída do euro pode garantir um crescimento económico sem aumento da dívida externa e com redução gradual da dívida pública. "A desvantagem desta alternativa", diz, "é a de originar inflação. Mas esse resultado será um custo menor face ao custo das outras alternativas, em particular face ao custo do aumento de desemprego a que essas alternativas levam".
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