Hodie mihi, cras tibi. "Artigo 19.° Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão." Declaração Universal dos Direitos Humanos
08 abril 2013
É possível sair do euro de forma controlada?
GUIA PARA SAIR DO EURO
João Ferreira do Amaral calcula em 30% a desvalorização cambial necessária para tirar Portugal da crise e define cinco pilares para a saída controlada da zona euro:
• Manutenção do valor em euros dos depósitos na banca lusa. O Estado honraria a sua dívida em euros. Esta garantia seria dada pelas autoridades nacionais e comunitárias, em conjunto;
• Preservação do balanço dos bancos: os créditos a famílias, empresas e Estado aumentariam na nova moeda em função da desvalorização desta;
• Evitar o incumprimento generalizado à banca: o Estado substituir-se aos devedores no montante do aumento da dívida em moeda nacional que resultasse da desvalorização. Um acréscimo de dívida pública interno e financiado através de empréstimos junto do Banco de Portugal;
• Manutenção da nova moeda numa banda de flutuação de 15% em relação a uma taxa de referência face ao euro;
• Cooperação europeia: novo empréstimo a Portugal, para honrar a dívida do Estado e sustentar a balança de pagamentos até a desvalorização cambial ter efeitos positivos no reequilíbrio das contas externas. O BCE renovaria durante algum tempo a dívida dos bancos portugueses e criaria uma facilidade especial, temporária, de crédito aos bancos, para reagir de imediato a qualquer sintoma de pânico na transição.
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