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12 abril 2013

Politólogos criticam a falta de experiência política


A mini- remodelação não é suficiente para dar um novo fôlego ao Governo e não resolve os problemas de orgânica e de coordenação política. Além disso, é a prova de que a capacidade de recrutamento de Passos Coelho "é baixíssima". Mas também pode revelar que deverá haver "muito pouca gente disponível para ir para um Governo chefiado por Vítor Gaspar".
Esta é a leitura dos vários politólogos, ouvidos pelo Diário Económico, que se dizem, sobretudo, surpreendidos com a nomeação de Miguel Poiares Maduro para o cargo de ministro -adjunto e do Desenvolvimento Regional, e que passará a ser o braço direito de Passos Coelho na coordenação política do Governo. "Poiares Maduro tem zero de experiência política. Isto só pode correr mal", antecipa Pedro Adão e Silva que considera que o novo ministro "não vai ser capaz de resolver o problema da coordenação política".
Além disso, Viriato Soromenho Marques lembra que, muito recentemente, Poiares Maduro publicou vários artigos e livros nos quais defende "políticas europeias opostas as de Vítor Gaspar", revelando ser "anti-Gaspar". É o caso das eurobonds, das quais o novo membro do Executivo é defensor, assim como do "aprofundamento da política europeia e da necessidade de superar o défice democrático europeu".
Mas para Viriato Soromenho Marques a nomeação de Poiares
Maduro pode ser também "um sinal de que o Executivo procura um novo protagonismo e novas oportunidades em Bruxelas". Isto porque, Poiares Maduro é "alguém que, ao contrário de Álvaro Santos Pereira, percebe muito bem á União Europeia", frisa.
No entanto, esta vantagem na Europa não é suficiente para que os politólogos atribuam nota positiva à opção de Passos Coelho. "É uma pessoa sem qualquer perfil político a coordenar as autarquias", frisa Pedro Adão e Silva.
Além disso, os politólogos dizem que esta mini-remodelação não vem "compensar a perda de credibilidade junto da sociedade" que só poderia resultar de uma saída de Gaspar lamentado que "continuam a existir mega-ministérios".
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