Historicando

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12 abril 2013

A UE, a austeridade e a democracia


Independentemente do discurso mais ou menos demagógico que, com ou sem razão, se fez e se faz em torno do ‘despesismo’ dos governos dos últimos 20 anos, a verdade é que o País foi atirado para a aceitação forçada de um resgate imposto pelos credores internacionais o que, no contexto da União Europeia, depois da Grécia, constituiu mais uma situação, no mínimo estranha, ao arrepio do espírito e da letra dos tratados.
Houve quem profetizasse que a UE tinha morrido na Grécia e, mais recentemente, em Chipre. Tal como Mark Twain parece-me um claro exagero. O que já não me parece ser um exagero são os rombos que estas políticas europeias inconsequentes e ineficazes estão a provocar na Democracia.
Mais uma vez o exemplo grego – e foi a Grécia que há 2500 anos inventou o conceito – a que se junta a ingovernabilidade da Itália, após as recentes eleições, e as sondagens espanholas, mostram como os povos estão descrentes do sistema que os governa. A seguir talvez venha Portugal. E se juntarmos à questão da governação política, a questão social, de que o desemprego é a imagem mais dramática, que vai sobrar da UE e dos seus regimes democráticos, para as próximas gerações, se não se corrigir o tiro e se arrepiar caminho?
José Maria Brandão de Brito, Economista. Professor do ISEG/UTL
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