Cenário mais leve – O que o FMI menos gosta
A primeira hipótese mantém o que já acontece agora, mas estende o prazo das medidas. Ou seja, os subsídios de férias e Natal continuariam a não chegar aos pensionistas e apenas voltariam a ser entregues num momento em que a economia desse sinais de crescimento. Da mesma forma, seria efectuado um corte proporcional a todas as pensões acima de determinado valor. Este cenário é o mais leve e o que o FMI menos gosta. É que apesar do rendimento que poderia gerar com os cortes, não efectua alterações de fundo no sistema.
Cenário intermédio
A segunda proposta do Fundo é a única que não afecta os actuais pensionistas, uma vez que recai apenas nas pensões futuras. Consiste numa alteração às condições de acesso às pensões, com aumento da idade da reforma para os 66 anos (o que significa uma poupança até 600 milhões) e alteração à fórmula de cálculo para que todos os pensionistas. Este cenário propõe ainda alterações no valor atribuído, com aumento do número de escalões das pensões mínimas para maior dependência dos descontos e ainda o fim dos regimes especiais da Caixa. Segundo esta proposta, apenas a partir de 2014 seriam permitidas reformas antes dos 65 anos e somente para incapacitados ou pessoas com descontos há mais de 40 anos.
Cenário mais drástico – O preferido do FMI
O terceiro cenário é o último e o mais radical. Vem sugerir alterações ao cálculo das pensões que já estão a ser atribuídas, bem como cortes directos aos seus valores. Este cenário pressupõe uma alteração do valor consoante a situação orçamental do País, bem como a aplicação de um factor de sustentabilidade às pensões atribuídas entre 2000 e 2007. Incluído estaria também um corte de 20% aos aposentados pela Caixa Geral de Aposentações.
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