O general Jaime Neves – que chefiou o regime de comandos no golpe militar de 25 de Novembro de 1975 – morreu na madrugada deste domingo, aos 76 anos.
Jaime Alberto Gonçalves das Neves nasceu na freguesia de São Dinis, no concelho de Vila Real, em Março de 1936, tendo entrado na Escola do Exército em 1953 e feito cinco missões de serviço em África e na Índia.
As forças políticas destacaram neste domingo o contributo do general Jaime Neves na consolidação do pluralismo democrático, com as suas intervenções no 25 de Abril de 1974 e, sobretudo, no 25 de Novembro de 1975.
Jaime Neves morreu na manhã deste domingo, pelas 6h, no Hospital Militar, na Estrela, em Lisboa, em consequência de problemas respiratórios.
“Jaime Neves teve um papel importante no 25 de Abril de 1974 e, sobretudo, no 25 de Novembro de 1975. É uma figura que merece respeito e consideração”
“Teve uma intervenção decisiva para que Portugal fosse uma democracia pluralista”. Jaime Neves foi um “militar polémico”, porque “não tinha papas na língua”. Conta-se que Jaime Neves desvalorizou críticas e respondia: “Os cães ladram, a caravana passa”.
O nome Jaime Neves está associado a valores próprios de um comando militar, “de que aliás era uma referência”, destacando os valores da coragem, do exemplo e da camaradagem.
Jaime Neves foi um militar de excepção e um autêntico “herói nacional”
“No 25 de Abril de 1974 teve um papel arriscado mas importante para o derrube da ditadura [do Estado Novo]. No 25 de Novembro de 1975 [como chefe do regimento de comandos] foi decisivo no plano operacional contra a deriva autoritária que ameaçava o país”
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