Historicando

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25 julho 2013

Viver sem amanhã

Ao lermos os resultados do recente estudo de opinião europeu, verificamos onde é que está, se houver, a semente de esperança nesta atmosfera pesada? A maioria dos inquiridos sente-se na condição de "cidadão europeu", com 62% de respostas (Portugal coincide com a média). Apesar da austeridade, 51% querem persistir no euro (contra 42% de descontentes). Campeia a desconfiança face a todas as instituições, mas, curiosamente a maior face aos governos e parlamentos nacionais do que em relação às instituições europeias. E, face à pergunta decisiva, sobre de onde é que poderá sair a melhor resposta à crise económica e financeira, os entrevistados consideram, por uma ligeira maioria, que a escala mais adequada será a europeia e não a nacional. Em síntese: a opinião europeia parece mais ilustrada e menos paroquial do que a dos seus governantes. Percebe melhor que só nos interessa salvar a nau europeia como um todo, em vez da política de garantir lugar nos salva-vidas. Uma lição para as próximas avaliações da troika.
Viriato Soromenho-Marques, Professor Universitário
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