Historicando

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20 julho 2013

PCP ataca muito o PS

Rejeitar o memorando de entendimento com a "troika",
Renegociar a dívida com os credores,
Defender e recuperar a produção nacional,
Revalorizar de salários e pensões de reforma,
Reorientar a política fiscal, com aumento da tributação ao "grande capital",
Requalificar os serviços públicos.
"O PCP tem relações com o PS. Muitas vezes dizem que nós atacamos muito o PS. Não, eu acho que é importante, até para o povo português, clarificar esta questão.”
http://noticias.pt.msn.com/pcp-responsabiliza-pr-e-ps-e-pede-refor%C3%A7o-da-cdu-nas-aut%C3%A1rquicas
Porque é que o PCP tem de atacar muito o PS? Isto foi hoje assumido pelo Secretário-Geral do PCP, Jerónimo de Sousa. Medo? Tacticismo? Ressentimento? Iliteracia aritmética?
Medo de ver fugir a sua base de apoio para o PS? Tacticismo porque vem aí as autárquicas e há que arranjar novos ‘inimigos’, para manter as hostes animadas, já que bater no Governo já cansa e também já não mobiliza por aí além? Ressentimento por ver o PS liderar a esquerda em Portugal e ser por isso mesmo, vide o exemplo da crise actual, o partido charneira sem o qual é impossível resolver a crise e encontrar solução para as questões políticas portuguesas? Iliteracia aritmética por fingir não ver que sistematicamente ao longo dos quase 40 anos que medeiam a actualidade do ano da revolução dos cravos, os números dizerem-nos que o PS é sempre, pelo menos, o triplo dos votos do PCP?
Os pontos elencados como prioridades a alcançar na política portuguesa, acima transcritos, podem ser subscritos por qualquer pessoa de esquerda medianamente informado e capacitado. Claro que há nuances, entre a abrangência dos verbos introdutores de cada ponto, nos vários partidos de esquerda. Mas, no essencial, penso que estão todos de acordo.
Então, insisto, porque é que o PCP tem de atacar muito o PS? Dá jeito a quem?