Historicando

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03 julho 2013

Paulo Portas bate com a porta…

Pedro Passos Coelho, Primeiro-Ministro de Portugal não tinha experiência governativa quando chegou ao cargo.
Suponho que tenha gasto alguns minutos a ler o conteúdo funcional, competências, direitos e deveres do novo cargo que ia desempenhar.
Leu, suponho, muito bem. Porém onde leu não explica todas as situações. Discorre sobre a situação padrão/ normal. Ora, o presente cargo de Primeiro-Ministro não se enquadra na situação padrão. Logo, não vem tipificada. Na actualidade, até vermos o que se passará em breve, o Governo é formado por uma coligação de dois partidos políticos independentes (PSD + CDS).
Assim, muito embora o líder do partido mais votado tenha o direito a ser, ele, o Primeiro-Ministro, e a supostamente mandar, a verdade colhida da experiência mundial é que numa coligação as coisas só funcionam se os dois partidos estiverem em consonância. Não chega os subentendidos, nem os assim-assim, muito menos se o PM ignora e não passa ‘cartão’ ao líder do segundo partido da coligação, Paulo Portas.
É bom e fácil de calcular que as coisas depressa azedariam com essa forma de trabalhar politicamente.
Aliás, já tinha deixado o ‘people’ de olhos arregalados de espanto a declaração solene que Paulo Portas era o 3º no Governo de Portugal. Então o líder do segundo partido da coligação não é o 2º, naturalmente, na hierarquia do Governo?
Porem e para nosso espanto/ regalo é exactamente assim que as coisas se passam em termos governativos em Portugal! Mais uma originalidade portuguesa! Merecemos ir para o Guiness…