O momento que vivemos é único, nunca tivemos tanta precariedade, tanta insegurança e tanto desânimo e descrença na classe política.
É fundamental para a sobrevivência de Portugal que a Democracia seja revitalizada. Para tal, os agentes políticos terão imperativamente que compreender a gravidade da situação e conseguir-se adaptar às circunstâncias, correspondendo com medidas concretas.
Enquanto jovem, sinto que entre outros, é preciso fazer esforços para evitar a emigração jovem, criar condições favoráveis à emancipação, criar mais espaços para os jovens, em suma, criar condições para que os jovens portugueses tenham oportunidades na terra que também é deles.
É vergonhoso que certos energúmenos continuem a reagir com indiferença à situação social em que estamos imersos. O número de pessoas que passam fome vem aumentando drasticamente e não se pode ignorar este facto simplesmente virando a cara e continuando com políticas de austeridade. É errado, injusto e revoltante!
Há políticos que só envergonham Portugal e acabam por dar má imagem a todos os agentes políticos, alguns que a nível local fazem os possíveis e os impossíveis, abdicando muitas vezes da sua vida pessoal e familiar em prol da defesa dos interesses das populações.
A verdade é que não é fácil fazer política. Devido a pessoas sem qualquer credibilidade que se aproveitam dos cargos públicos que exercem para extraírem benefícios pessoais, todos os políticos são rotulados de interesseiros, ladrões, corruptos e por aí em diante, numa extensa panóplia de insultos, que em alguns casos são manifestamente injustos.
Nestes quatro anos aprendi imenso e tenho a certeza que também consegui dar um pouco daquilo que sei, isso dá-me motivação renovada para continuar a tentar lutar por melhores condições.
Não o faço por interesses pessoais (nestes quatro anos, nunca ganhei um cêntimo pela minha actividade política, antes pelo contrário, sempre fiz questão de suportar os custos inerentes à minha participação cívica e política), faço-o porque entendo que devo dar voz às causas em que acredito, faço-o porque é preciso jovens na política que tenham a coragem de dizer basta e de reagir contra os interesses instalados, faço-o porque quero provar que os jovens não ficam no sofá, que têm ideias legítimas e que também têm direito a ser ouvidos nos processos decisórios. Se assim não fosse, não estaria tranquilo na minha consciência.
Serviço público é dar sem esperar algo em troca.
O poder não me fascina, as pessoas sim. Entendo que não deve haver maior recompensa do que ver uma população contente com a obra que foi bem feita. É isso que me move, que faz com que todos os dias procure ser mais e melhor, que aprenda cada vez mais, para que essas aprendizagens possam ser postas ao serviço público e se concretizem em melhores condições para as pessoas.
Entristece-me profundamente ver e conhecer pessoas que estão na política sem saberem bem o porquê, pessoas sem ideias, sem qualidade, que não manifestam o que pensam
(se é que pensam alguma coisa), cedendo ao servilismo, tudo isto numa ambição desmedida de ascensão política...
Lamentavelmente, este tipo de práticas só envergonha quem procura trabalhar com seriedade.
Repudio tais casos e acredito que cada agente político deveria fazer uma introspecção, no sentido de perceber qual a sua utilidade para a população.
No meu caso, ainda tenho muito que aprender mas irei continuar o meu caminho, sempre com total disponibilidade, defendendo as ideias em que acredito, procurando ser sempre eu mesmo, ouvindo as pessoas, analisando os problemas no local, tentando concretizar ideias e sobretudo a honrar os compromissos que assumo.
As pessoas merecem total dedicação e são elas que têm imperativamente que ser a motivação e inspiração para toda a acção política.
Se assim for, já estaremos a dar um passo na direcção certa para melhorar as coisas.
Por Estudante de Direito da Faculdade de Direito de Lisboa e Coordenador da Juventude Socialista de Palmela
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