Passos Coelho julgou que para salvar a face tinha apenas de manter Maria Luís Albuquerque como ministra de Estado e das Finanças, o que efectivamente sucedeu. Só que, ao pô-la sob a coordenação de Portas, a mesma passou a ser uma mera secretária de Estado. Portas ganhou em toda a linha: coordena as pastas económicas, a reforma do Estado e as relações com a troika. O governo PSD/CDS passou a ser assim o governo CDS/PSD, tendo o PSD umas pastas irrelevantes, as únicas que Passos Coelho coordena. Isto partindo do pressuposto de que alguém ainda lhe vai ligar alguma. Portas pode agora dizer triunfante: eu fico... com tudo. E o PSD fica-se?
LUÍS MENEZES LEITÃO, Professor da Faculdade de Direito de Lisboa
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