"É uma ilusão. Primeiro, porque as sondagens que o dão a perder a maioria absoluta, dão-no por uma pequena percentagem, nalguns casos dentro da margem de erro. Segundo, porque ainda falta ano e meio e a memória das muitas dezenas de milhares na rua, pode ser daqui a uma ano, apenas isso, uma memória. O governo ainda tem muita coisa na caixinha das surpresas, como por exemplo, uma descida de impostos e regalias diversas a distribuir. Nunca pode ser muito, mas pode ser o suficiente. E terceiro e último, não se perde a maioria apenas porque há usura do governo, tem que haver alternância. E quanto a isso, a alternância que está à vista pode contribuir muito significativamente como factor de rejeição a dar mais uns votos ao PS. Em 2005, o PS potenciou e muito os seus ganhos com votos de rejeição contra a “oferta” que o PSD dava ao eleitorado. Há alguma razão para pensar que em 2009 vai adorar o que rejeitou em 2005? Nenhuma."
Pacheco Pereira, in Blog Abrupto