Merkel terá de escolher. Ou um novo jogo, baseado nas regras da soma positiva, em que todos ganham, permitindo à periferia retomar o fôlego. Isso implicará avançar na união fiscal e orçamental (e não só na disciplina), na coordenação económica, e na atribuição ao BCE da missão de apoiar o desenvolvimento.
Esse jogo garantirá, em contrapartida, o florescimento da economia alemã. Ou continuar o actual jogo de soma nula, em que todos perdem e só a Alemanha ganha. Com isso, Merkel daria a Berlim mais algumas vitórias, que, paradoxalmente, acelerariam o desmembramento europeu.
VIRIATO SOROMENHO-MARQUES, Professor universitário
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