Manuel Carvalho da Silva continua a ser militante do PCP, mas tem-se afastado paulatinamente do partido. O acto mais simbólico dessa independência face ao Partido Comunista aconteceu nas últimas autárquicas quando o ainda secretário-geral da CGTP aceitou participar na campanha do socialista António Costa e apareceu para "beber um café" com o candidato. A possibilidade de Carvalho da Silva avançar com uma candidatura presidencial já tinha sido muito discutida nas últimas eleições – e o então secretário - geral da CGTP chegou a ser incentivado por várias figuras de peso a avançar. Não avançou. Depois de abandonar o cargo de secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva mantém uma participação política activa, nomeadamente no "Congresso das Alternativas".
Também participou na reunião da Aula Magna, onde Mário Soares conseguiu reunir todos os sectores da esquerda portuguesa habitualmente desavindos. Na entrevista que ontem deu ao "Diário Económico", Manuel Carvalho da Silva afirma que o que defende não passa por "rasgar" o Memorando – expressão habitualmente utilizada pelos dirigentes do PCP e do Bloco de Esquerda. Afirma o ex-secretário-geral da CGTP: "Querem rasgar o acordo? Não! O Memorando? Não!
Agora o que há é conteúdos diversos no Memorando que são pura e simplesmente inexequíveis. Não é possível executá-los. Então tem que haver uma revisão profunda. Com quem é que se revê isso? Com as entidades que nos estão próximas. Ou seja, a União Europeia". Um discurso mais próximo do usado pelo PS.
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