Historicando

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22 outubro 2012

Gaspar tem de ser posto já no seu lugar, a bem do país

Paulo Portas deu uma conferência de imprensa inacreditável na sexta-feira da semana passada para anunciar que o CDS aprova o Orçamento do Estado que ele, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS, já aprovara na segunda-feira anterior em Conselho de Ministros.
Convém aqui dizer que Portas sabe o suficiente de economia para ser líder partidário, deputado, ministro, ministro de Estado e, eventualmente, até primeiro-ministro. Não se entende, por isso, esta súbita falta de autoconfiança. Ou melhor: entende-se, porque se trata do efeito Gaspar (ou defeito Gaspar), que condiciona tudo e todos e não permite a discussão normal e aberta dos assuntos do país.
Se Gaspar queria ser líder do Governo deveria ter-se candidatado em eleições. Assim é um golpe de Estado, embora disfarçado.
Este ministro das Finanças é um ortodoxo puro e nem Passos nem Portas o souberam meter no lugar ao longo destes 16 meses. Não é só o primeiro-ministro que está capturado por Vítor Gaspar, também Paulo Portas se deixou enrolar e lhe presta cuidados (como o da conferência de imprensa) políticos que revelam como este Governo está, infelizmente, de cabeça para baixo.
Há uma frase que Pedro Passos Coelho e Paulo Portas deveriam pendurar nos seus gabinetes: a guerra é um assunto demasiado importante para ser deixada apenas aos generais. Com a economia acontece o mesmo. Gaspar tem de ser posto já no seu lugar, a bem do país, a bem do presente e futuro deste Governo.
http://www.dinheirovivo.pt/Artigo/CIECO065820.html?page=2