Historicando

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18 dezembro 2012

O país não acaba amanhã


O governo anda agressivo. Gratuito até. Num mês cortou indemnizações, recuou no salário mínimo, acelerou para um fundo de despedimentos, discutiu duo-décimos,  partiu subsídios, apertou na mobilidade, deprimiu a função pública.
Enquanto corria o Orçamento (já de si um monstro), Passos cortou prestações sociais, eliminou camas de hospitais, jogou com o IMI, taxou casas, tentou aguentar a depressão, sugeriu um Estado em dieta acelerada, carregou na TAP, abriu as portas na ANA, discutiu RTP, serviço público, interesse externo. Um excesso. E não é mérito. É pressa. E uma estratégia de esmagamento que relativiza em meia dúzia de linhas o que devia levar semanas a discutir.
Cada Conselho de Ministros tornou-se uma correria em três horas para aprovar diplomas, muitos sem estarem amadurecidos.
Até Fevereiro, o governo quer discutir a reforma do Estado. Se os exemplos citados servirem, será um debate rápido. Com duas comissões, algumas ideias, uma semana para decidir e poucos parceiros para ouvir. A coisa faz-se, claro. Mas não fica bem feita.
http://www.dinheirovivo.pt/Artigo/CIECO081050.html?page=0