A
decisão de construir a A26, entre Sines e Beja, foi um "equívoco
técnico", porque não se justificava, e os 35 milhões de euros gastos nos lanços
cancelados foram "mal" aplicados, considera a Estradas de Portugal
(EP).
A decisão foi "um equívoco
técnico", porque "o tráfego previsto não justificava a criação de uma
auto-estrada dispendiosa para ficar literalmente sem trânsito".
Este montante não foi "dinheiro
investido", "mas sim fundos mal aplicados, que nunca trariam qualquer
benefício significativo à economia", considera a EP.
Segundo a EP, as obras da subconcessão Baixo
Alentejo estão paradas "há vários meses" e só o acordo de
renegociação do contrato permitiu criar condições para "assegurar a
sustentabilidade financeira do projecto e retomar os trabalhos".
Através do acordo, no âmbito da A26, só serão
retomadas e concluídas as obras dos lanços entre Sines e Santo André, entre
Sines e Santiago do Cacém e entre o nó de Grândola Sul da A2 e Santa Margarida
do Sado.
Sobre a eventual requalificação do IP8, que é
exigida por várias entidades do Baixo Alentejo e do Alentejo Litoral, em
alternativa ao cancelamento dos lanços da A26, a EP refere que a estrada
"continuará a oferecer boas condições de circulação e segurança"
adaptadas ao tráfego existente entre a A2 e Beja, que, actualmente, é de 5.550
veículos por dia.