O secretário-geral do PS recusou hoje assumir responsabilidades na execução dos cortes de quatro mil milhões de euros nas funções do Estado, dizendo que esse objetivo para 2013 e 2014 vincula apenas o Governo e a 'troika'.
O secretário-geral do PS recusou hoje assumir responsabilidades na execução dos cortes de quatro mil milhões de euros nas funções do Estado, dizendo que esse objetivo para 2013 e 2014 vincula apenas o Governo e a 'troika'.
António José Seguro falava aos jornalistas após ter estado uma hora e cinquenta minutos reunido com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em São Bento - reunião que se realizou a pedido do líder do executivo, depois de o Governo ter colocado como objetivo uma refundação do programa de ajustamento de Portugal.
"O primeiro-ministro propôs que houvesse um debate sobre o modo de cortar quatro mil milhões de euros na despesa. Essa é uma responsabilidade de quem negociou essa obrigação, o Governo e a 'troika' (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia), durante a quinta atualização" do Programa Económico e Financeira de Portugal, salientou o secretário-geral do PS.
Ou seja, segundo António José Seguro, "deve ser o Governo e a 'troika' a encontrarem a resposta para o problema que eles próprios criaram e negociaram".
"Criaram [o problema] com o caminho de austeridade que conduziu o país até aqui e negociaram entre eles sem que fosse do conhecimento do PS ou do Parlamento", acrescentou.
Interrogado se o primeiro-ministro se manifestou disponível para aceitar as propostas alternativas do PS sobre crescimento económico, menor serviço de dívida e mais tempo de ajustamento, Seguro deu uma resposta seca: "Essa é uma questão que tem de ser colocada ao primeiro-ministro", disse.
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