Historicando

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22 outubro 2011

De trambolhão em trambolhão até …

Primeiro, foi o congelamento da progressão. E tu acreditaste que bastaria.
Mais tarde, foi o congelamento do salário. Tu pensaste que era o fim do sacrifício.
Depois, obrigaram-te a DAR mais horas à escola. E tu julgaste que era o limite.
De seguida, descongelaram a progressão, mas atiraram-te para baixo. Tu voltaste a acreditar que te tinham tirado tudo.
O recongelamento não tardou. Aceitaste com patriotismo. Já estavas à espera.
Depois, cortaram-te o salário. E tu achaste que tinhas batido no fundo.
Como és uma presa dócil, cortaram-te metade do 13.º mês. Tu resignaste-te, porque pensaste que, afinal, ainda não tinhas batido bem no fundo.
Agora querem tirar-te o Natal e as férias. E o que pensas tu? Que agora é que é mesmo o fundo dos fundos? Que é o limite? Que é o fim da linha do teu suplício? Que é o limite da tua exploração? Que é inevitável? Que é o único caminho? Que não adianta resistir? Acreditas mesmo nisso, ou já instalaste no teu cérebro a ditadura da resignação? Ainda estás vivo, ou já és um cadáver ambulante?