É causado pela redução do fluxo sanguíneo coronário de magnitude e duração suficiente para não ser compensado pelas reservas orgânicas.
A causa habitual da morte celular é uma isquemia (deficiência de aporte sanguíneo) no músculo cardíaco, por oclusão de uma artéria coronária. A oclusão se dá em geral pela formação de um coágulo sobre uma área previamente comprometida por aterosclerose causando estreitamentos luminais de dimensões variadas.
O diagnóstico definitivo de um enfarto depende da demonstração da morte celular. Este diagnóstico é feito de maneira indirecta, por sintomas que a pessoa sente, por sinais de surgem em seu corpo, por alterações em um electrocardiograma e por alterações de certas substâncias (marcadores de lesão miocárdica) no sangue.
O tratamento busca diminuir o tamanho do enfarto e reduzir as complicações pós enfarto. Envolve cuidados gerais como repouso, monitorização intensiva da evolução da doença, uso de medicações e procedimentos chamados invasivos, como angioplastia coronária e cirurgia cardíaca. O tratamento é diferente conforme a pessoa, já que áreas diferentes quando a localização e tamanho podem ser afectadas, e resposta de cada pessoa ao enfarto ser particular.
O grau de disfunção ventricular esquerda é um dos factores de risco mais importantes na sobrevida pós IAM. Cerca de 30% a 50% dos pacientes apresentam sinais de dilatação ventricular, dependendo do local e extensão do enfarto, da perviabilidade ou não da artéria ocluída, da intensidade da circulação colateral e dos factores que aumentam a tensão ventricular.
A remodelação começa dentro de horas e continua por vários meses, mesmo após a cicatrização histológica da área enfartada, a qual dura de seis semanas a seis meses.
Os factores de risco para enfarto agudo do miocárdio estão associados a arteriosclerose ou doença coronariana. Os factores de risco podem ser divididos em dois grupos:
• Factores que podem ser mudados ou controlados:
o Colesterol alto
o Hipertensão arterial
o Tabagismo
o Excesso de peso
o Sedentarismo
o Diabetes Mellitus
o Apneia do sono - aumenta em até 30% a possibilidade de desenvolver arritmias e enfarto.
• Fatores que não podem ser mudados
o Idade
- História familiar ou predisposição genética
• O sintoma mais importante e típico do IAM é a dor ou desconforto intenso retroesternal (atrás do osso esterno) que é muitas vezes referida como aperto, opressão, peso ou queimação, podendo irradiar-se para pescoço, mandíbula, membros superiores e dorso.
• Frequentemente esses sintomas são acompanhados por náuseas, vómitos, sudorese, palidez e sensação de morte iminente. A duração é caracteristicamente superior a 20 minutos. Dor com as características típicas, mas com duração inferior a 20 minutos sugere angina do peito, onde ainda não ocorreu a morte do músculo cardíaco.
• Podem, no entretanto, ocorrer outras doenças decorrentes do enfarto. São as chamadas complicações pós enfarto.
• Sua gravidade se encontra dentro de uma faixa bem ampla de possibilidades, desde a morte súbita ou incapacidade permanente, até a ausência total de consequências para a vida futura do enfartado.
São complicações possíveis:
• Arritmias cardíacas
• Distúrbios de condução ou bloqueios
• Insuficiência cardíaca
• Disfunções das válvulas cardíacas
• Aneurisma cardíaco
• Ruptura cardíaca, seja do septo interventricular, seja da parede externa do coração
• Pericardiopatias
• Tromboembolia pulmonar
• Tromboembolia sistêmica
• Choque cardiogênico
O meu muito obrigado a todas as equipas médicas, de enfermagem e de auxiliares do Hospital do Litoral Alentejano, que me tem socorrido desde 4 de Março corrente. Quando temos a vida por um fio, damos valor a esses profissionais abnegados como nunca o tinhamos pensado antes.
Os meus agradecimentos sinceros a todos os que me tem visitado, telefonado ou enviado mensagens. Bem hajam!