Historicando

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15 abril 2014

Europeias. Cada partido ou coligação pode gastar até 2,9 milhões

Há 18 partidos a concorrer às eleições europeias de Maio, o maior número de sempre.
Há 16 candidaturas, duas das quais são coligações – Aliança Portugal (PSD/CDS-PP) e CDU (PCP e Os Verdes) – aos 21 lugares no Parlamento Europeu (PE) que se disputam em Portugal no próximo dia 25 de Maio.
Partido Nova Democracia
Movimento Partido da Terra (MPT)
PAN (Partido pelos Animais e pela Natureza),
PDA (Partido Democrático do Atlântico, formado nos Açores),
PTP (Partido Trabalhista Português, com maior incidência na Madeira)
PPV (Portugal pró Vida)
Livre
Movimento Alternativa Socialista (MAS)
BE
PS
E outros…
A lei prevê que o limite máximo de despesas é de 300 salários mínimos mensais nacionais por cada candidato apresentado, fixando assim para 21 candidatos efectivos e o máximo de suplentes, oito, um tecto de 2.964.960 euros.
Os partidos e coligações podem gastar até 2,9 milhões de euros cada um na campanha eleitoral para o Parlamento Europeu, um montante que varia apenas em função do número de suplentes.
Escândalo! Num país com a ‘corda na garganta’, em que se discute (com o intuito de não aumentar) o ordenado mínimo nacional inferior a 500 euros, com 17% de desempregados (números oficiais, porque os verdadeiros são superiores a isso), etc, etc, vão-se gastar numas eleições europeias qualquer coisa como 47 milhões, quatrocentos e trinta e nove mil, trezentos e sessenta euros… BRUTAL!
Bora lá formar mais um partidozito para ‘mamar’ na mesa do orçamento…
E não há quem ponha fim a esta vergonha? Só podia (repito: podia, não digo: devia) ser ajudado pelo orçamento quem tivesse tido em eleição anterior 5% ou mais de votos validamente expressos. Quem ficasse abaixo desse patamar, paciência! Fosse mais persuasivo para a próxima vez, mais eficaz, mais inteligente.
Assim, isto é um roubo legalmente consentido.