Historicando

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03 abril 2014

Chumbos no ensino obrigatório custam 250 milhões de euros por ano ao Estado


Apenas um quarto dos municípios garantem sucesso escolar, conclui estudo da associação Empresários pela Inclusão Social e do Cesnova que é apresentado esta quarta-feira.
Mais de um terço dos estudantes que frequentam o ensino obrigatório já chumbaram pelo menos uma vez e o fenómeno tem um custo de 250 milhões de euros anuais para os cofres do Estado.
“A solução não passará necessariamente por proibir a retenção ou de a iludir pela busca de sucesso a qualquer custo”. Os investigadores propõem que o combate ao insucesso escolar passe pela prevenção, mas, sobretudo, por “contrariar a cultura dominante” que aceita as reprovações dos alunos como algo “natural”. O sistema de ensino português “não está concebido para promover o sucesso e a equidade”, lê-se nas conclusões do documento.
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/chumbos-no-ensino-obrigatorio-custam-250-milhoes-de-euros-por-ano-ao-estado-1630623
Blá, blá, blá … E continua assim o resto do artigo. Uma no cravo, outra na ferradura.
Quando será que estes iluminados do ensino se dignam ir falar com quem está no terreno? Aí encontrariam quem lhes dissesse que o problema é multifacetado. Programas não exequíveis. Manuais infantilizados. Cargas horárias desajustadas. Excesso de disciplinas. Alunos rebeldes. Alunos que só lhes interessa a socialização dentro do espaço escola. Alunos que repudiam a aprendizagem compulsivamente. Alunos que vão dormir para a escola. Alunos com problemas de higiene. Alunos com fome. Alunos sem dinheiro ao lado de outros com dinheiro. Alunos com maus hábitos. Etc, etc.
Porque não admitir que fazer turmas da forma actual é um erro? Sempre ouvi dizer que misturar alhos e bugalhos não dava certo!
Porque não admitir que dentro do ensino obrigatório deveria existir dois níveis de turmas: as turmas de frequência para alunos de baixo rendimento, e as turmas de progressão para alunos de médio/ alto rendimento. A reprovação estaria excluída à partida. Só existiria para os casos de abandono escolar ou exclusão escolar por motivos disciplinares graves.
Nem uns nem outros se andariam a atrapalhar na vida. A inclusão num desses níveis, através de testes de capacitação/ conhecimentos, não impediria a transição futura para o outro nível por alteração comprovada de condição.
Querem apostar que o ‘clima’ que se vive nas escolas melhorava?