"A Galp Energia, parceira do consórcio para a exploração da Área 4 na bacia do Rovuma, no offshore de Moçambique, anuncia a execução bem-sucedida da campanha de avaliação na descoberta Agulha, na parte sul da Área 4", diz em comunicado enviado ao mercado.
O poço em causa é o Agulha-2, onde foi comprovada a existência de uma coluna de gás com 25 metros "em reservatórios de arenito de boa qualidade, tendo confirmado a extensão sul do campo". O poço fica a cerca de 80 quilómetros da costa de Cabo Delgado e foi perfurado 12 quilómetros a sul do poço descobridor, chamado de Agulha-1.
Segundo a Galp, este foi o 12º poço a ser perfurado com sucesso na Área 4 de Moçambique, onde o total de recursos descobertos está estimado em aproximadamente 85 Tcf de gás, ou seja, 2406 bcm (biliões de metros cúbicos) que é a medida usada na Europa.
Depois do Brasil, Moçambique é a segunda maior descoberta de recursos naturais que a Galp fez desde que se focou no negócio na exploração petrolífera e não só deverá haver mais gás nesta zona como poderá existir também petróleo. Neste momento, depois da perfuração do Agulha 2, o consórcio está agora a perfurar o poço Dugongo-1 "e a avaliar a perfuração de um possível poço subsequente na área".
A empresa portuguesa tem uma participação de 10% no consórcio de Moçambique que tem como líder, com 70%, a italiana Eni, companhia que foi uma das maiores accionistas da Galp.
Os restantes participantes no consórcio são as moçambicanas Kogas e ENH, cada uma delas com 10%.
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