Historicando

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19 abril 2014

Dívida pública


A “dívida pública” não é uma dívida de uns países para com outros países, nem sequer é uma dívida no sentido ortodoxo do termo,  nem é muito menos uma dívida pública: É um processo de extorsão sistemático dos contribuintes que gera uma “dívida” impagável de todos os países (quase sem excepção) para com os Bancos privados e centrais que têm o direito exclusivo a emitir moeda e crédito.
A “dívida pública” é impagável pela simples razão que existe sempre mais dívida do que existe dinheiro real, e portanto para este mecanismo de exploração continuar, a dívida tem que ser reestruturada periodicamente.
Porém estas são medidas  que os políticos alguma vez poderiam defender, pois resultariam numa verdadeira reestruturação não só da dívida, mas de todo o sistema financeiro, económico e político, e a uma subsequente reconfiguração das relações de poder à escala global. E isso não interessa de todo a quem está no topo do sistema presente, nem a quem detém posições de privilégio na defesa do mesmo.
O maior problema está na falta de conhecimento, sobre o que é o dinheiro, por parte dos cidadãos, afinal os cidadãos falam e olham para o dinheiro como se ele fosse um bem tangível, existente na natureza mas o dinheiro é uma invenção, é criado pelos bancos que o fazem de acordo com os interesses políticos da ocasião, nem sequer existe como em tempos uma relação entre a quantidade de moeda circulante e o ouro.
Se a UE quisesse de um dia para o outro a crise ia às urtigas, até porque a UE é excedentária na produção de bens, nomeadamente de bens agrícolas (o que comemos!).
Mas tal não vai acontecer pois esta crise foi montada e tem objectivos concretos a saber: o empobrecimento dos povos, a par de um enriquecimento desmesurado de alguns cidadãos, fixação da dualidade patrões/assalariados, mandantes e mandados, nivelamento das condições de vida tomando por referência alguns dos países ditos em desenvolvimento, para o que terá de haver uma perda real de direitos dos trabalhadores, redução da esperança média de vida, enfim um refinamento e aprofundamento do neo capitalismo – banksters UE/EUA (Corporações Internacionais).