A estatística oficial diz que Portugal recebeu meio milhão de “retornados” de África, mas o Tenente-general na reforma Gonçalves Ribeiro, que coordenou as operações de acolhimento dos desalojados, reconhece que talvez seja “um número subdimensionado”.
Os profissionais liberais e funcionários públicos, “de uma maneira geral, não se recensearam nem se socorreram” do Instituto de Apoio ao Retorno dos Nacionais (IARN) e, por isso, não estão no meio milhão.
Simultaneamente, a certa altura a lei restringiu os apoios a quem tinha antepassados portugueses, o que excluiu boa parte da população negra.
Alto-comissário para os Desalojados entre 1976 e 1979, o militar admite, portanto, que o "meio milhão de gente, vinda sem passado, sem presente e sem futuro, é capaz de ser um número subdimensionado”.
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