O resultado foi de 121-106, fixando o parcial da final em 4-1 a favor de Miami. Para LeBron James, foi uma noite de sonho, ele a quem chamam King mas que, apesar das muitas qualidades que lhe são atribuídas, nunca tinha sido coroado campeão da NBA. Conseguiu-o agora, juntando ao título da equipa uma distinção pessoal – James foi eleito o melhor jogador da final, disputada à melhor de sete partidas e resolvida em cinco.
“Isto é tudo para mim”, exultou James, antes de saber que seria nomeado melhor jogador. Atleta que divide opiniões, não evitou uma referência à decisão de ter deixado para trás a equipa que o lançou, Cleveland Cavaliers. Foi com a camisola dos Cavaliers que James perdeu a final de 2007, contra San Antonio, repetindo a derrota na final de 2011 com a camisola dos Heat frente a Dallas. Porém, à terceira presença na final foi de vez.
“Tomei a difícil decisão de deixar Cleveland mas eu sabia que o meu futuro passava por aqui. Sabia que teríamos um futuro risonho aqui (em Miami). É a realização de um sonho, é o momento em que somos compensados por tudo”, acrescentou James, em declarações citadas pela ESPN online.
O atleta, que aufere um salário anual acima dos 16 milhões de dólares, é apenas o quinto jogador da história da NBA a conseguir um triplo-duplo no jogo do título, igualando o feito de Tim Duncan (2003), James Worthy (1988), Larry Bird (1986) e “Magic” Johnson (1982 e 1985). A seguir à partida, muitos comentadores que seguem a competição perguntavam se era desta que LeBron James cala os críticos.
O feito de James não se resume a ser o melhor da final: o jogador que se estreou em 2004 como rookie (novato) do ano, foi também eleito jogador do ano, uma distinção que se refere à prestação de toda a época.
Oklahoma City Thunder conquistara o primeiro jogo desta final, mas não teve força para travar Miami, que se fez valer, de novo, da força de um trio constituído por LeBron James (cumpriu um triplo-duplo, isto é, três resultados de dois dígitos: 26 pontos, 13 assistências e 11 ressaltos), Dwyane Wade (20 pontos, três assistências e oito ressaltos) e Chris Bosh (24 pontos, sete ressaltos).
Shane Battier e Mario Chalmers completaram o “cinco” inicial que alinhou perante 20.003 espectadores na Arena de Miami, e do banco saltou Mike Miller (23 pontos, cinco ressaltos, que foi nesta partida o “joker” da formação treinada por Erik Spoelstra, 42 anos, norte-americano com raízes holandesas, irlandesas e filipinas.
Spoelstra está há 15 anos em Miami e desde 2008 é o treinador principal, tendo agora conduzido o emblema dos Heat até ao segundo título da NBA, após o de 2006.
Do lado dos derrotados, o melhor homem foi Kevin Durant, que anotou 32 pontos, registou três assistências e conquistou 11 ressaltos. Porém, não teve equipa que o ajudasse a lutar contra os Heat. “Isto dói”, disse o jogador. “Somos todos irmãos nesta equipa e dói muito sair desta maneira. Chergámos à final, o que foi bom para nós, mas queríamos mais. Infelizmente perdemos. É duro”, referiu.
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