O novo contexto de migração progressiva da televisão clássica, ou generalista, para o digital, originará um complexo mas também “amigável” sistema de comunicação, integrado por uma rede matricial de plataformas e terminais, onde o modo tradicional de ver e produzir televisão, que caracterizou de um modo geral a segunda metade do Século XX, tenderá progressiva, mas inexoravelmente, para um termo.
Os sinais de mudança estão já a ser dados por aquilo a que já se chama, algo metaforicamente. a migração do broadcasting para o “egocasting”, isto é, para a edição e “difusão” de fragmentos de histórias individuais, de reportagens de “jornalistas-cidadãos”, de fotografia móvel, de arquivo “web”, de vídeo doméstico – do mais ao menos narcísico -, de blogs e vlogs, pela procura de conteúdos diversíssimos facilitados pelas novas capacidades de câmaras integradas nos telemóveis, etc., onde, naturalmente, a chamada Web 2.0, bem como tecnologias como o WiMax, ou websites como o You Tube são cruciais para a sua distribuição.
Todos seremos centros do mundo e com essa mutação todos os velhos centros do mundo, porventura, fenecem e crepitam.
In Irreal tv