O nível de preços médio em Portugal é cerca de 20 por cento mais baixo do que o da média da União europeia a 15 (UE-15).
Mas portugueses ganham menos 40%.
Ou seja, para comprar um cabaz de bens que, a preços médios europeus custe 100 euros, os consumidores portugueses teriam de gastar apenas 82 euros, segundo o «Diário Económico». Boas notícias? Nem por isso. É que se o nível de preços é inferior ao da UE15 em quase 20%, o poder de compra dos portugueses é, ainda assim, bem inferior ao da média comunitária: os últimos dados da OCDE mostram que os portugueses ganham menos 40% do que a média comunitária e são mesmo os mais mal pagos da UE15. Luxemburgo é o país comunitário com maior poder de compra. Só nove países impõem um limite mínimo salarial.
Atendendo ao custo de vida nos vários países, as contas da Direcção-Geral de Estudos, Estatística e Planeamento (DGEEP) indicam que é em Portugal que estes trabalhadores têm o menor poder de compra. Em Espanha, por exemplo, cada pessoa a receber o salário mínimo tem uma capacidade de compra superior em 200 euros à portuguesa e, no caso dos gregos, a diferença aumenta para 260 euros.
O nível de vida dos portugueses que recebem o salário mínimo nacional é o mais baixo da União Europeia (UE) a quinze. O poder de compra nacional chega a ser inferior ao de Malta e da Eslovénia, dois países que só aderiram à UE em 2004, de acordo com o Gabinete de Estatísticas da UE, Eurostat.
Quase 285 mil portugueses vivem com 385 euros por mês, ou seja, 5,5% dos cerca de cinco milhões de trabalhadores. Ao salário mínimo subtraem-se os descontos para o IRS e para a Segurança Social. As contas são da Direcção-Geral de Estudos, Estatística e Planeamento, que indicam ainda que Portugal tem um poder de compra inferior ao espanhol em 200 euros e inferior ao grego em 260 euros.
O Luxemburgo é o país comunitário com o poder de compra mais elevado, sendo o salário quase três vezes mais alto do que o português. Dos 25 membros da União Europeia, a Letónia é quem tem o salário mínimo mais baixo, recebendo cada trabalhador menos de metade do rendimento de um português.
Há seis países da UE a 15 onde não é imposto o salário mínimo, ao contrário de Portugal, Espanha, Grécia, França, Irlanda, Reino Unido, Bélgica, Holanda e Luxemburgo.