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28 março 2014

Governo português "presta contas a três empregados da Troika"

O Governo português continua a "prestar contas a três empregados da Troika, mas deveria antes estar presentes nas discussões do Conselho Europeu", defendeu em Lisboa o professor e ensaísta Adriano Moreira.
"Não suporto ver ministros portugueses a prestar contas a três empregados de três organizações que ajuda a pagar, quando sei que há empregados com uma qualificação seguramente superior capazes de discutir com eles".
"Os ministros portugueses deviam antes estar no Conselho Europeu a discutir o destino da Europa, a situação da Europa, e a exercer uma coisa fundamental que é o poder da palavra contra a palavra do poder", defendeu.
Implacável face ao "neoliberalismo repressivo" que, afirmou, também tem destruído a "sociedade dos afectos", Adriano Moreira traçou na sua intervenção um cenário pouco abonatório do actual estado do mundo.
E concluiu com uma alegoria histórica. "A situação que encontramos é que os caminhos por onde os bárbaros desceram para invadir o império (romano) são os que os nossos jovens, sem emprego e sem futuro sobem, à procura de emprego e de futuro".
"Isto discute-se no Conselho da Europa (europeu), é aí que os ministros portugueses deviam estar. Não têm tempo porque têm de falar com os empregados da Troika que lhes vêm perguntar como se estão a comportar. Julgo que não é o melhor caminho", insistiu.
http://www.oje.pt/noticias/nacional/governo-portugues-presta-contas-a-tres-empregados-da-troika