Historicando

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21 julho 2012

"Moralistas"

Alguns dicionários definem moral como "conjunto de regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo”.
O falso moralista é aquela pessoa, que fala uma coisa, mas faz outra. Gente do tipo: "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".
O falso moralista é uma pessoa, que prega a moral e os bons costumes, porem no seu dia-a-dia não pratica a moral que defende, ou julga correta.
Falar sobre moral é uma coisa muito complicada, pois cada um sabe o que é certo ou errado, e isso pode variar de acordo com cada cultura, criação etc. O mais correto é termos nossas convicções, conversar sobre elas, debater e até mudar, e na medida do possível seguir uma linha que adotamos como a mais correta.
Pregar para todo mundo o que acha certo ou errado pode te colocar em situações embaraçosas, pois certa altura você mesmo irá cair em contradições, e na primeira hora em que você sair daquilo que acha o certo e moralmente aceite, vai ser tachado de falso moralista, pois o que defende não foi aquilo que fez.
Já Platão, retratou muito bem que os valores que conduziam nossa moralização sempre eram justificados ou por serem “naturais” e, sendo naturais, eram valores a serem louvados, ou “artificiais” e “convencionais”, em geral tomados como falsos valores ou, talvez, necessários e úteis, mas ainda assim não tão legítimos quanto os primeiros. Os hábitos e costumes de todos, para situações de âmbito privado, foram circunscritos por regras, que deveriam garantir sua condição benfazeja, isto é, o de serem naturais. Nossos deuses pedagogos seriam responsáveis por nos lembrar que, saindo dos limites dessas regras, iríamos sentir algo estranho, algo jamais sentido antes: a vergonha e, em seguida, quase que simultaneamente, a culpa.
Quando moralizamos nem sempre somos exclusivamente morais, somos talvez ou sempre moralistas!
Muitas das questões aqui abordadas – tem a ver com a educação e vice versa.