"As Origens do XadreZ
As verdadeiras origens do Jogo de Xadrez estão encobertas pelas brumas do tempo, dado que existem registos arqueológicos que remontam ao Antigo Egipto. Pensa-se, contudo, que o actual Jogo de Xadrez, ou um jogo muito parecido com ele, terá tido a sua origem no norte da Índia por volta dos finais do século VI d.C., tendo migrado para a Europa através da China e da Pérsia (actual Irão).
Parece não haver dúvidas de que este jogo, então chamado chaturanga, era muito parecido com o actual Jogo de Xadrez. Com efeito, o antigo jogo baseava-se na estrutura dos exércitos da Índia, tendo servido certamente de um passatempo para os governantes da época.
Utilizava-se um tabuleiro oito por oito, com seis tipos diferentes de peças. Alguns investigadores defendem que originalmente talvez envolvesse o uso de dados, os quais determinavam qual a peça a ser movida e assim por diante. Essa hipótese parece basear-se em pouco mais do que a coincidência de haver seis tipos de peças e seis números nos dados. É bem mais provável que os governantes preferissem exercitar um pleno controlo sobre os seus exércitos, assim como fariam no campo de batalha. O exército indiano era conduzido pelo Rajá (rei) e pelo seu conselheiro-chefe, o Mantri, às vezes chamado de Vizir. O exército era representado pela infantaria, cavalaria, carros de guerra e elefantes. Como não se podia passar o tempo todo a fazer a guerra, deve ter sido divertido para a realeza indiana fingir que estava a travar uma guerra quando não estava envolvida numa batalha real.
Foi no último período da Idade Média, que o Xadrez recebeu a sua denominação actual. O nome do jogo, em português Xadrez e em espanhol Ajedrez, parece porvir do árabe Shatranj. Em várias outras línguas europeias, o nome parece ter uma maior relação com a peça principal do jogo na Pérsia, o shah. São disso exemplos os nomes Chess (inglês), Shach (alemão) e Échecs (francês).
O processo de difusão do jogo ocorreu entre os séculos VI e IX, tendo chegado à Europa com a invasão da Península Ibérica, da Península Itálica e da Grécia.
Em Espanha, o jogo de Xadrez teve um grande desenvolvimento com o apoio oficial, como consequência da assimilação cultural entre os muçulmanos e os católicos. Durante o reinado de Afonso X, o Sábio, publicou-se o Libro de ajedrez, em 1232, da autoria do próprio monarca. No entanto, a obra intitulada Códice, da autoria do mesmo rei Afonso X, publicada em Sevilha em 1283, cujo original se conserva no Monastério de Escorial, é considerada a obra mais importante sobre o jogo do Xadrez na Idade Média.
Também em Espanha surgiram outros livros de importância para a História do Xadrez, como o de Lucena (1497) que contém três movimentos das peças antigas e o livro da Invención Liberal y del juego de Ajedrez (1561), do espanhol Ruy López de Segura.
A Península Itálica contribui com as obras de Carrera (1617) e de Greco (1688), que são considerados os precursores do Xadrez moderno.
No século XVIII surgiram outros autores, como o francês André Danican Philidor (1740) e os italianos Ercole do Rio, Loky e Ponziani.
Na época em que o jogo chegou à Europa, havia consideravelmente mudado e continuou a mudar até ao final do século XVII. As mudanças basicamente alteraram o jogo a fim de torná-lo mais familiar para os europeus. O Rajá tornou-se na peça que se chama Rei, o Mantri transformou-se na Dama ou Rainha, a infantaria nos Peões, a cavalaria nos Cavalos, os carros de guerra nas torres e os elefantes nos bispos (nota: em chinês, a pronúncia da palavra «bispo» é a mesma da palavra «elefante», que é uma coincidência interessante). O jogo permaneceu essencialmente estável desde aquele tempo (século XVII).
Nos dias de hoje, o Xadrez é jogado no mundo inteiro, com as mesmas regras, sob o controlo de Fédération Internationale des Échecs (FIDE), a denominação francesa para a Federação Internacional de Xadrez. "
As verdadeiras origens do Jogo de Xadrez estão encobertas pelas brumas do tempo, dado que existem registos arqueológicos que remontam ao Antigo Egipto. Pensa-se, contudo, que o actual Jogo de Xadrez, ou um jogo muito parecido com ele, terá tido a sua origem no norte da Índia por volta dos finais do século VI d.C., tendo migrado para a Europa através da China e da Pérsia (actual Irão).
Parece não haver dúvidas de que este jogo, então chamado chaturanga, era muito parecido com o actual Jogo de Xadrez. Com efeito, o antigo jogo baseava-se na estrutura dos exércitos da Índia, tendo servido certamente de um passatempo para os governantes da época.
Utilizava-se um tabuleiro oito por oito, com seis tipos diferentes de peças. Alguns investigadores defendem que originalmente talvez envolvesse o uso de dados, os quais determinavam qual a peça a ser movida e assim por diante. Essa hipótese parece basear-se em pouco mais do que a coincidência de haver seis tipos de peças e seis números nos dados. É bem mais provável que os governantes preferissem exercitar um pleno controlo sobre os seus exércitos, assim como fariam no campo de batalha. O exército indiano era conduzido pelo Rajá (rei) e pelo seu conselheiro-chefe, o Mantri, às vezes chamado de Vizir. O exército era representado pela infantaria, cavalaria, carros de guerra e elefantes. Como não se podia passar o tempo todo a fazer a guerra, deve ter sido divertido para a realeza indiana fingir que estava a travar uma guerra quando não estava envolvida numa batalha real.
Foi no último período da Idade Média, que o Xadrez recebeu a sua denominação actual. O nome do jogo, em português Xadrez e em espanhol Ajedrez, parece porvir do árabe Shatranj. Em várias outras línguas europeias, o nome parece ter uma maior relação com a peça principal do jogo na Pérsia, o shah. São disso exemplos os nomes Chess (inglês), Shach (alemão) e Échecs (francês).
O processo de difusão do jogo ocorreu entre os séculos VI e IX, tendo chegado à Europa com a invasão da Península Ibérica, da Península Itálica e da Grécia.
Em Espanha, o jogo de Xadrez teve um grande desenvolvimento com o apoio oficial, como consequência da assimilação cultural entre os muçulmanos e os católicos. Durante o reinado de Afonso X, o Sábio, publicou-se o Libro de ajedrez, em 1232, da autoria do próprio monarca. No entanto, a obra intitulada Códice, da autoria do mesmo rei Afonso X, publicada em Sevilha em 1283, cujo original se conserva no Monastério de Escorial, é considerada a obra mais importante sobre o jogo do Xadrez na Idade Média.
Também em Espanha surgiram outros livros de importância para a História do Xadrez, como o de Lucena (1497) que contém três movimentos das peças antigas e o livro da Invención Liberal y del juego de Ajedrez (1561), do espanhol Ruy López de Segura.
A Península Itálica contribui com as obras de Carrera (1617) e de Greco (1688), que são considerados os precursores do Xadrez moderno.
No século XVIII surgiram outros autores, como o francês André Danican Philidor (1740) e os italianos Ercole do Rio, Loky e Ponziani.
Na época em que o jogo chegou à Europa, havia consideravelmente mudado e continuou a mudar até ao final do século XVII. As mudanças basicamente alteraram o jogo a fim de torná-lo mais familiar para os europeus. O Rajá tornou-se na peça que se chama Rei, o Mantri transformou-se na Dama ou Rainha, a infantaria nos Peões, a cavalaria nos Cavalos, os carros de guerra nas torres e os elefantes nos bispos (nota: em chinês, a pronúncia da palavra «bispo» é a mesma da palavra «elefante», que é uma coincidência interessante). O jogo permaneceu essencialmente estável desde aquele tempo (século XVII).
Nos dias de hoje, o Xadrez é jogado no mundo inteiro, com as mesmas regras, sob o controlo de Fédération Internationale des Échecs (FIDE), a denominação francesa para a Federação Internacional de Xadrez. "