Historicando

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04 dezembro 2011

Está a divorciar-se? Saiba o que NÃO fazer em tribunal

1. Evite gesticular quando o outro estiver a depor
Um processo de divórcio, sobretudo quando está em causa a custódia de uma criança, pode ser tão moroso que se torna difícil gerir as emoções. A advogada Edra J. Pollin deixa-lhe algumas dicas sobre como deve comportar-se em tribunal afim de não prejudicar a sua posição.
Não deve, em caso algum, gesticular durante o depoimento do seu companheiro. Talvez não acredite, mas a linguagem corporal diz muito de nós, e os juízes estão normalmente atentos a esta componente. Faça antes o seguinte: se não concorda com o que está a ouvir, anote e passe essas informações ao seu advogado. No momento oportuno ele poderá intervir.
2. Não se refira às crianças como "suas" mas "nossas"
Pollin defende que "um pai que está constantemente a utilizar o pronome possessivo relativamente às crianças é um pai que acredita de forma possessiva que deve criá-las", e essa atitude pode ser-lhe desfavorável.
3. Não traga a família inteira para a audiência
A maioria dos cônjuges dificilmente partilharia detalhes íntimos do relacionamento perante a presença da família inteira. Se precisar de apoio, Pollin aconselha-o a levar no máximo duas pessoas consigo, sob pena de dificultar a agilização do processo pela omissão de informação.
4. Vista roupa formal e esqueça as calças de ganga
Não imagine sequer ir a uma audiência de calças de ganga. Pollin defende que "os meses de preparação que teve vão desfazer-se num instante pela forma descontraída - e portanto menos séria - com que aparece ao juiz". As calças de ganga podem ser óptimas para o fim-de-semana, mas são certamente um desastre para estar em tribunal. Pense em alternativas.
5. Não fale dos "seus" desejos nem das "suas" vontades
Especialmente quando está em causa a custódia de uma criança, o que interessa são "os interesses superiores" dela, e não os seus, ou os do seu companheiro/a. A preocupação do tribunal será sempre e apenas essa.
6. Durante a audiência, não toque no telemóvel
Se quer que o juiz o leve a sério e oiça o seu depoimento, deve fazer o mesmo com a outra pessoa. Pollin ressalva que normalmente recebemos aquilo que damos. Portanto, saiba comportar-se.
7. Evita contar pormenores desnecessários
Pollin sugere-lhe que evite a tentação de contar minuciosamente os pormenores de qualquer quezília doméstica que na globalidade do processo acaba por não influenciar a decisão. Inevitavelmente, os juízes vão deixar de ouvi-lo a meio do discurso e acabará por perder credibilidade perante eles.
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