No passado domingo realizou-se, em Perton, Inglaterra, a 25ª edição do `Tough Guy Challenge´, um desafio que, tal como o nome indica, foi criado a pensar em homens rijos, apesar de contar com participantes do sexo feminino.
Conhecida como a corrida mais dura do mundo, o evento consiste numa corrida de obstáculos de 13 quilómetros. Alguns deles com nomes bastante sugestivos e que deixam antever o sofrimento dos participantes: os campos de morte, a batalha de Somme e a câmara de tortura vietcongue.
No final da corrida, para além do cansaço e de uma boa história para contar aos netos, os corredores levam consigo as `marcas de guerra´: nódoas negras, arranhões, queimaduras, choques eléctricos. E frio, muito frio.
Se mergulhar em lagos lamacentos, saltar barricadas de fogo e arame farpado e mergulhar em água gelada não fosse já suficientemente exigente, os organizadores, devidamente fardados de militares, disparam projécteis de artilharia inofensivos – provocam o mesmo ruído ensurdecedor, mas sem ferir ninguém – e granadas de fumo.
Ao contrário do que fariam prever todas estas dificuldades, o número de participantes aumenta todos os anos. Nesta edição participaram mais de 6 mil pessoas, oriundas de mais de 20 países diferentes. Mas apenas um terço deles chega à linha da meta.
Vestidos a rigor, antes da partida são obrigados a assinar um documento que iliba os organizadores de qualquer responsabilidade por ferimentos ou até mesmo a morte. Mas nem por isso descuram a segurança do evento, que conta com vários funcionários que acompanham os concorrentes durante o percurso.
A primeira edição da corrida ocorreu em 1986 e o criador – um homem de bigode enorme chamado `Mr. Mouse´ – promete mais desafios originais para os próximos anos.
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