Para começar, nada melhor do que lembrar o ditado de Cícero, orador e político em Roma antiga, séc I a.C. Disse Cícero em latim – Historia Magistra Vitae – História mestra da vida, sugerindo que deveríamos estudar a história para aprender com os exemplos do passado como melhor nos comportarmos no presente.
Essa idéia e suas derivações desempenharam (e ainda têm) um papel importantíssimo em toda a história do ocidente. Durante muito tempo se acreditava que a importância do estudo da história estava em aprender com os grandes homens no passado. Estudando as guerras que arruinaram nações no passado, líderes poderiam evitá-las ou vencê-las no presente.
Embora hoje em dia essa relação pouco crítica com o estudo da história seja bastante questionada pelos historiadores, não há como negar que ela persiste em diversos setores da sociedade e publicações. Ainda associamos, com muita freqüência, a disciplina história aos grandes nomes, aos grandes heróis e vilões do passado. De qualquer forma, seja tentando lembrar o que nos causou aquela ressaca ou o nome daquela pessoa, seja procurando entender algum acontecimento maior e mais complicado em nossas vidas, o passado individual e coletivo é parte fundamental do presente, constituindo ambos duas dimensões da mesma realidade.