Hodie mihi, cras tibi. "Artigo 19.° Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão." Declaração Universal dos Direitos Humanos
20 dezembro 2010
A partilha da África e da Ásia
Existiam, ainda, outros factores que tornavam a política colonialista atraente para os governos europeus: a possibilidade de transferir colonos para as regiões conquistadas, resolvendo o problema de superpopulação na Europa. Além disso, a mão-de-obra barata das colónias interessava aos investidores, pois a classe trabalhadora europeia, organizada em poderosos sindicatos e partidos políticos, tinha conseguido garantir bons salários e melhores condições de trabalho.
A propaganda em favor do imperialismo, vital para o desenvolvimento do capitalismo, baseava-se em teorias pseudo-científicas. Essas teorias, em geral, estabeleciam uma hierarquia entre os diferentes povos, classificados como “mais” ou “menos” civilizados. O primeiro lugar, naturalmente, cabia à sociedade europeia, modelo para o resto do mundo. Assim, a dominação de outros povos seria uma contribuição para o progresso da humanidade.
A conquista da Ásia
O comércio entre a Ásia e a Europa remontava ao império romano. A primeira era uma tradicional fornecedora de artigos de luxo ao continente europeu.
Após a Revolução Industrial, essa relação se alterou. A expansão da indústria têxtil inglesa provocou a estagnação do artesanato asiático. Depois disso, a Ásia passou de vendedora a compradora dos produtos europeus, especialmente os britânicos. Esse foi o primeiro passo para a conquista colonialista europeia.
A conquista da Índia
Já na segunda metade do século XVIII, a Inglaterra iniciou a colonização dessa região. Após conquistar o litoral, o governo inglês, auxiliado pela Companhia das Índias Orientais, iniciou a investida para o interior. Valendo-se das rivalidades que dividiam os principais estados da Índia, a Inglaterra, ora aliando-se, ora dominando pela força, impôs sua autoridade sobre todos os reinos.
Em 1857, estourou a revolta dos sipaios, última tentativa de resistência à conquista britânica, duramente reprimida pelo exército colonialista. Em 1876, a rainha Vitória, da Inglaterra, foi coroada imperatriz da Índia. O domínio britânico na Índia permaneceu inabalável até 1919.
A China
Até a primeira metade do século XIX, o , comércio da China com o Ocidente era realizado quase que exclusivamente no porto de Hong-Kong. Os europeus nada tinham a vender aos chineses em troca de imensas quantidades de chá, seda e outras mercadorias chinesas.
A situação começou a se modificar quando a Companhia das Índias Orientais passou a contrabandear ópio para a China. O ópio era produzido na Índia e na Birmânia, em grandes plantações exploradas pelos europeus, e seu tráfico para a China gerava enormes lucros.
O governo chinês apelou para o governo inglês, na tentativa de evitar o contrabando. Como não obtivesse resultados, tomou medidas mais enérgicas: em 1839, na cidade de Cantão, foram queimadas 20.000 caixas de ópio. A Inglaterra reagiu prontamente, declarando guerra à China.
Vencido pelo poderio naval inglês, o governo chinês assinou o Tratado de Nanquim, em 1842. A Inglaterra anexou Hong-Kong ao seu império; cinco portos chineses foram abertos ao comércio inglês; e os cidadãos ingleses tornaram-se imunes às leis e à justiça chinesa.
Depois dessa derrota, a China se transformou em alvo de outras potências imperialistas. Em fins do século XIX, Inglaterra, Alemanha, Japão, Estados Unidos, França e Itália dividiam entre si os lucros vindas da exploração chinesa.
Em 1851, estourava na China uma grande revolta popular, liderada pelo movimento Taiping, “a grande paz”. Essa revolta só foi debelada em 1864. Mas sua herança não se perdeu e, em 1901, outro movimento estourava na China: era a Revolta dos Boxers, assim conhecida porque seus integrantes utilizavam-se das artes marciais chinesas para atacar os europeus. Também foi duramente reprimida.
As outras regiões da Ásia
Na segunda metade do século XIX, o Sudeste asiático foi reduzido à condição de colónia francesa. Em 1859, após 57 anos de lutas, a França conseguiu dominar as cidades de Saigon e Tourane. Pouco tempo depois, valendo-se da rivalidade entre os governos do Camboja e do Sião, o império colonialista francês converteu o Camboja em seu protectorado (1863).
Com o avanço das fronteiras coloniais francesas para o oeste, a Inglaterra impôs sua autoridade à Birmânia (1886).
Para garantir a supremacia britânica sobre a Índia, a Inglaterra fomentou a formação de “estados intermediários”, independentes mas sob a protecção britânica, isolando as fronteiras do império colonial inglês das regiões disputadas por outras potências. Foi o caso cio Nepal (1816), do Butão (1865) e do principado de Sikkin (1890).
A conquista da África
Até o início do século XIX, o interior da África era desconhecido para os europeus. Em meados desse século, com a divisão de quase todo o território asiático completada, os governos europeus voltaram seus interesses para o continente africano. Foram organizadas as primeiras missões religiosas e expedições exploradoras para esse continente.
Em 1867, foram descobertas as jazidas de diamantes do Transvaal. Logo depois, importantes reservas de cobre foram encontradas no território da futura Rodésia. Iniciou-se então a partilha do território africano. Em troca de álcool ou algumas garrafas de gim, os chefes ou reis, induzidos pelos exploradores, cediam todo o seu território às sociedades anónimas.
Atrás das companhias, vinha o governo, organizando a infra-estrutura para a exploração da colónia, preservando os direitos de exploração do território da concorrência estrangeira e submetido os nativos “rebeldes”. Assim, em menos de 20 anos, todo o território ao sul do Saara foi submetido ao colonialismo europeu.
A partilha
A França foi um dos primeiros países a conquistar colónias na África. Em 1830, a Argélia foi ocupada com o auxilio da legião estrangeira, corpo expedicionário criado pelo governo francês e composto por criminosos, desertares, imigrados políticos e aventureiros. Em 1844, o Marrocos foi parcialmente submetido ao controle francês e, em 1854, foi a vez do Senegal. Partindo desses pontos, a França avançou para o interior do continente, conquistando a Guiné, o Gabão, uma parte dos territórios do Congo e do Sudão. Em 1910, esses territórios formavam a África Ocidental Francesa.
Na mesma época, Madagáscar e a Tunísia foram incorporados ao império colonial francês, apesar da disputa com a Itália pela Tunísia.
O projecto colonial inglês, definido na expressão “do Cairo ao Cabo”, era unificar numa única colónia todos os territórios compreendidos entre a colónia do Cabo (Sul da África) e o Egipto (Norte da África).
A construção do canal de Suez impulsionou a Inglaterra em direcção ao Egipto, apesar da presença francesa na região.
A colonização inglesa no Sul do continente africano foi iniciada por Cecil Rodhes, que explorava as reservas de ouro e diamantes encontradas nessa região. Em 1888, a companhia dirigida por Cecil Rodhes iniciou a conquista da Rodésia.
Entre 1888 e 1891, o Quénia, a Somália e Uganda foram incorporados ao império britânico. Em 1899, os ingleses tornaram o Sudão da França e o Transvaal dos bóeres, população de origem holandesa que lá estava desde o século XVIII.
Mas as pretensões coloniais inglesas esbarraram em um empecilho – a Alemanha, que reclamava para si o território de Zanzibar. Além dessa colónia, a Alemanha havia conquistado, entre 1884 e 1885, os territórios de Camarões, Togo e Namíbia (Sudoeste africano).
Não podemos esquecer Portugal, que havia muito tempo tinha colonizado a costa de Angola e Moçambique, Guiné-Bissau e as ilhas de Cabo Verde.
A região central do continente africano era disputada por vários países europeus. Para decidir a questão, foi organizado um congresso internacional em Berlim. Foi a denominada Conferência de Berlim (1884-1885).
O congresso reconheceu a soberania belga sobre o Congo, garantindo liberdade de comércio para todos os países presentes no congresso. A ocupação desse território foi uma das mais sangrentas da história do colonialismo europeu. A população local foi escravizada, milhares de pessoas morreram de fome, pelos trabalhos forçados, pelas doenças trazidas pelos brancos e pelos massacres colectivos promovidos contra as aldeias que se rebelavam.
O resultado da colonização
No final do século XIX, praticamente todo o mundo estava dividido e dominado pelas potências imperialistas da Europa Ocidental. Em geral, os povos conquistados eram sociedades praticamente auto-suficientes, com uma produção capaz de suprir suas necessidades.
A penetração do capitalismo nessas regiões quebrou esse equilíbrio. As colónias tinham, para os conquistadores, funções económicas específicas: suprir a metrópole das matérias-primas necessárias e absorver grande parte do capital excedente da metrópole. Para atender à primeira função, os nativos tiveram que sacrificar suas plantações de subsistência e passar a trabalhar nas plantações de produtos que interessavam à metrópole como matéria-prima. Em segundo lugar, toda a economia dos países colonizados foi reestruturada em função das novas necessidades criadas pelos investimentos nas actividades de exportação: ferrovias foram construídas, ligando o interior a portos, sem respeitar as necessidades de integração regional de cada continente.
Mas não foi só na Ásia e na África que o neocolonialismo aconteceu. As potências imperialistas disputavam também o mercado que os países independentes da América Latina ofereciam.
Por Paulo Henrique Matos de Jesus; Pesquisa e revisão de LCB
19 dezembro 2010
Estados Unidos da América – Séc. XIX – XX
Doutrina Monroe. A guerra contra o Reino Unido ampliou e solidificou a consciência nacional dos Estados Unidos, criou forte oposição ao colonialismo europeu e lançou as bases de um dos princípios básicos da política externa daquele país: a América é área sob protecção e controle dos Estados Unidos.
Data dessa época, durante o governo James Monroe, o surgimento da doutrina que leva seu nome, segundo a qual os Estados Unidos não admitiriam nenhuma agressão externa a qualquer país do continente. O slogan "as Américas para os americanos" propiciou equívocos políticos, militares e económicos que se prolongariam até o final do século XX. Considerando qualquer tentativa de intervenção europeia no continente como um ato hostil aos Estados Unidos, a doutrina Monroe dirigia-se principalmente contra a Espanha, então uma potência imperialista, e a quem a Santa Aliança e outras monarquias europeias tentavam ajudar. Contando com a cobertura da marinha britânica, a doutrina Monroe se impôs, sobretudo porque, ao reconhecer a independência dos países sul-americanos, automaticamente o Reino Unido obtinha clientes para seus produtos, e não a Espanha.
Guerra contra o México. O território do Texas, embora pertencente ao México, fora povoado por colonos originários dos Estados Unidos, que em 1836 proclamaram a república do Texas, após derrotar as tropas comandadas pelo general Antonio López de Santa Anna, na batalha de San Jacinto. A seguir, solicitaram ao presidente Jackson reconhecimento e anexação ao território americano, obtendo apenas o primeiro. No governo de James Know (1845), o Texas passou a integrar a federação, o que tornou inevitável a guerra contra o México.
Os Estados Unidos actuavam movidos pela crença no "destino manifesto", a qual justificava, sem maiores explicações, a expansão territorial. Mas, em tese, esta se fazia em nome da necessidade de estender aos demais países o sistema de governo americano. A ideologia justificava o processo de absorção de terras e serviu de base às acções militares e políticas que repetiam, com precisão, a acção imperialista europeia à época.
Em Abril de 1846 iniciou-se a guerra contra o México, que durou até Setembro de 1847 e culminou com a ocupação da capital mexicana pelo general Winfield Scott. Pelo Tratado de Guadalupe-Hidalgo (2 de Fevereiro de 1848), firmado pelo general Santa Anna, o México foi obrigado a ceder metade de seu território – dois milhões de quilómetros quadrados - perdendo as regiões a sudoeste das montanhas Rochosas, incluindo os actuais estados da Califórnia, Novo México, Utah e Arizona. Em contrapartida, os Estados Unidos indemnizaram o México em 15 milhões de dólares. O rio Grande passou a ser a fronteira entre os dois países.
Logo após a absorção da Califórnia, em 1848, descobriram-se veios de ouro naquela região, o que provocou a célebre gold rush (corrida do ouro), que não só atraiu milhares de pessoas como provocou o povoamento de áreas limítrofes, com intensa afluência de imigrantes europeus e asiáticos.
Guerra de secessão. A actividade económica bipartia-se entre o norte industrializado e anti-escravatura e o sul, baseado na monocultura (algodão, fumo, arroz, cana-de-açúcar, todas a exigir muitos braços) e na mão-de-obra escrava. A expansão para o oeste só fez acentuar essa oposição. O debate, por parte dos novos estados, sobre aceitarem ou não a escravatura, tornou-se um tópico económico e político que mobilizou todo o país. A eleição, em 1860, pelo Partido Republicano Nacional, de Abraham Lincoln, conhecido e combativo abolicionista, materializou a ruptura entre ambas as facções. A Carolina do Sul (escravatura) separou-se da União em Dezembro de 1860. Os estados do sul (Carolina do Sul, Flórida, Louisiana, Mississippi, Alabama, Texas e Geórgia) uniram-se sob a bandeira da Confederação dos Estados da América. Jefferson Davis assumiu a presidência da confederação, que estabeleceu a capital em Richmond, Virgínia. A União reagiu e em 12 de Abril de 1810 começou a guerra: o sul, sob o comando do general Pierre Toutant de Beauregard, atacou os nortistas do forte Summer. Três dias depois, Lincoln declarou guerra aos sulistas, tendo como principal objectivo não a questão da escravatura, mas a manutenção da unidade do país. Os estados de Kentucky, Delaware, Maryland e Missouri declararam-se neutros. Virgínia, Arkansas, Tennessee e Carolina do Norte uniram-se aos confederados.
Como parte do esforço para manter coesas as forças que apoiavam a União, Lincoln baixou decreto (mais tarde incorporado à constituição como a 13ª emenda) libertando os escravos. A 14ª emenda estendeu os direitos civis a todas as pessoas nascidas nos Estados Unidos ou naturalizadas. Essa norma incluía os negros, antes considerados coisas. A 15ª emenda, que implantou o sufrágio universal, viria mais tarde, com Ulysses Grant.
A guerra de secessão é considerada, após as guerras napoleónicas, a mais importante do século XIX, em face do volume de homens e armamentos nela envolvidos. O sul inicialmente teve a iniciativa e conquistou vitórias, mas o poderio industrial do norte e suas reservas humanas acabaram por reverter a situação. As batalhas de Shiloh, Vicksburg e Gettysburg foram decisivas para a vitória da União. A rendição dos exércitos sulistas, sob o comando do general Robert Lee, ao general Ulysses Grant ocorreu em Appomattox (9 de Abril de 1865). Lincoln foi reeleito e, seis dias após a rendição, em 15 de Abril, o actor John Wilkes Booth o assassinou, no teatro Ford, em Washington.
Reconstrução e crescimento económico. A guerra de secessão deixou 600.000 mortos e esfacelou a economia sulista ou confederada. A libertação dos escravos, em meio ao conflito, causou séria crise social, já que eles estavam despreparados para exercer trabalhos que não fossem manuais. Os escravocratas, grandes proprietários rurais, organizaram-se para combater a abolição, o que gerou inúmeros conflitos armados, saques e perseguições a negros e seus defensores. Nessa época surgiram organizações secretas racistas, como a temível Ku Klux Klan, e muitas vezes peque-nos conflitos resultavam em linchamentos de negros.
Eleito presidente em 1868, Ulysses Grant deu início aos planos de reconstrução económica e reconciliação política e social do país, cuja face fora mudada pela guerra civil. Antes dela, a fraqueza do poder central gerava sérios problemas estruturais. A maior parte das funções governamentais - educação, saúde, transporte e segurança pública - era exercida por autoridades estaduais ou municipais. O que mantinha o país unido era um débil sentimento de lealdade ao governo em Washington, a umas poucas instituições nacionais, como as igrejas e os partidos políticos, e à memória comum dos fundadores da nação. Com a vitória da União, os laços da unidade nacional reforçaram-se substancialmente.
O processo de reconstrução do sul perdurou até por volta de 1900, comandado inicialmente por governadores militares indicados pelo governo federal. Embora a recuperação económica tenha sido prejudicada por calamidades naturais, foi eficiente o bastante para sanar com o tempo as feridas deixadas pela guerra. O sul recuperou-se, mas sem perder sua característica essencialmente agrícola. O país em nenhum momento interrompeu o processo de expansão territorial, e em 1867 o Alasca foi comprado à Rússia por 7,5 milhões de dólares. O esforço de guerra ao longo de quatro anos deu extraordinário impulso à vocação industrial do norte, estabelecendo as bases para que o país se tornasse no início do século XX uma potência emergente. Os Estados Unidos passaram de importadores a exportadores de bens de capital e a agentes financeiros internacionais. As ferrovias estendiam-se sem parar, e no final do século XIX já havia quatro linhas transcontinentais. O capitalismo afirmava-se, tendo John Pierpont Morgan e David Rockefeller como paradigmas. O governo federal iniciou um processo de saneamento, com o fim de eliminar a corrupção e o nepotismo que imperavam. Nove milhões de imigrantes, na maioria europeus, entraram no país nas duas últimas décadas do século.
Durante o governo de William McKinley (assassinado em 1901), os Estados Unidos, em Abril de 1898, declararam guerra à Espanha, então em decadência como nação colonialista. Os espanhóis perderam as Filipinas, Cuba, Porto Rico e as ilhas Guam, recebendo em troca uma indemnização de vinte milhões de dólares. O arquipélago do Havai foi incorporado aos Estados Unidos como território.
A razão para a guerra foi a necessidade de serem resguardados os interesses americanos na região do Caribe. A extensão da guerra ao Pacífico (Filipinas, sobretudo) deveu-se à intenção de intensificar a participação no mercado asiático, principalmente China e Japão. Com este último, os Estados Unidos haviam estabelecido relações em 1854, com o Tratado de Kanagawa.
Início do século XX. Em 1901, o vice-presidente Theodore Roosevelt assumiu o governo em razão do assassinato do presidente William McKinley. Roosevelt interveio na questão do Panamá, então território colombiano. Visto que o governo dessa república sul-americana negava-se a conceder autorização para a abertura do canal, as tropas americanas, aproveitando uma revolta popular, intervieram e a região se tornou independente. A autorização para a abertura do canal foi imediatamente concedida pela nova república.
Roosevelt intensificou a oposição aos abusos cometidos pelos trustes (cartéis) que dominavam a economia do país, embora desde o governo de Benjamin Harrison (1888-1892) existisse a Sherman Anti-Trust Act (lei antitruste).
A doutrina Monroe foi aplicada à exaustão por Roosevelt: os Estados Unidos intervieram no México, Nicarágua, Honduras, Haiti, República Dominicana. Credita-se a Theodore Roosevelt a criação do "corolário" do "destino manifesto" dos Estados Unidos, pelo qual lhes era permitido intervir na política interna de qualquer país do continente, a fim de evitar acções de potências europeias. No rastro dessa política veio a "diplomacia do dólar", nada mais do que financiamentos ou empréstimos a fundo perdido em troca de favores políticos e comerciais.
O governo de Woodrow Wilson procurou amenizar esse espírito intervencionista, embora tenha interferido na guerra civil mexicana. Coube a Wilson estender à mulher o direito de votar e ser votada. A "lei seca" (Prohibition) – proibição de fabricação e consumo de bebidas alcoólicas - foi promulgada em seu período presidencial.
O fato mais marcante do governo de Wilson foi a entrada dos Estados Unidos na primeira guerra mundial (6 de abril de 1917), por causa do afundamento de navios americanos por submarinos alemães. O objectivo, do ponto de vista geopolítico, era manter o equilíbrio de poder na Europa, isto é, evitar a supremacia de uma potência sobre as demais. As forças americanas somavam dois milhões de homens, sob o comando do general John Joseph Pershing. A decisiva participação no final da guerra e o enfraquecimento europeu levaram os Estados Unidos ao primeiro plano político e económico, e o país passou a ser um dos quatro grandes do mundo, ao lado da França, Itália e Reino Unido. O Japão detinha a liderança no Oriente.
Wilson apresentou, em seu programa de 14 pontos, projecto de criação da Liga das Nações. Entretanto, com a derrota do democrata James Cox na eleição de 1920, o partido de Wilson passou o poder ao republicano Warren Harding, de tendência conservadora e isolacionista. Os Estados Unidos assinaram a paz em separado com a Alemanha, recusaram-se a ratificar o Tratado de Versalhes (da rendição alemã) e ficaram fora da Liga das Nações. O governo Harding também criou limitações à entrada de imigrantes não europeus.
Depressão e New Deal. O republicano Herbert Hoover venceu a eleição de 1928. No ano seguinte eclodiu a crise na "sexta-feira negra", 24 de Outubro de 1929, quando a bolsa de Nova York despenhou, em consequência de desastres económicos que arrasaram a ordem capitalista. A depressão provocada pelo crash (quebra) da bolsa causou o desemprego de 17 milhões de pessoas e a queda generalizada da produção. Tal situação perdurou até 1932, quando foi eleito o democrata Franklin Delano Roosevelt, que implantou o plano de reconstrução económica conhecido como New Deal (novo acordo). O plano baseava-se na forte actuação do estado na economia mediante a desvalorização do dólar, ampliação das obras públicas, como o gigantesco projecto da Tennessee Valley Authority (Autarquia do Vale do Tennessee), limitação de excedentes agrícolas e industriais, programas de financiamento a fazendeiros e rigoroso controle da actividade creditícia e financeira, cuja indisciplina foi uma das principais causas da crise. A reconstrução do país foi coordenada pela National Recovery Administration (Administração de Recuperação Nacional).
A tensão mundial (intervenção japonesa na China, 1932; intervenção italiana na Etiópia, 1935; guerra civil na Espanha, 1936; intervenção da Alemanha na Áustria, 1938) provocou uma corrida às armas, expandindo o sector bélico da indústria e, concomitantemente, injectando capitais na economia americana. Com o objectivo de manter e ampliar mercados e melhorar o perfil imperialista e intervencionista dos Estados Unidos, Roosevelt lançou a "política da boa vizinhança", dirigida à América Latina, com substanciais melhoras em relação ao cenário anterior. Os países latino-americanos passaram a ter igualdade jurídica, intervenções eram repudiadas, os governos legitimamente eleitos seriam reconhecidos.
Segunda guerra mundial. A invasão da Polónia pela Alemanha, em 1º de Setembro de 1939, determinou o início da segunda guerra mundial. Os Estados Unidos mantiveram-se oficialmente neutros até o ataque japonês, de surpresa, à base de Pearl Harbour, no Havai, em 7 de Dezembro de 1941, que destruiu boa parte da Marinha americana e provocou uma comoção nacional. Quatro dias depois os Estados Unidos declararam guerra ao Eixo (Japão, Alemanha, Itália).
Além da tendência ao isolacionismo, própria da cultura política do país, a posição neutra amparava-se numa lei que obrigava a pagamento à vista no caso de venda de equipamento e material bélico. Apenas em 1941 Roosevelt conseguiu revogá-la, o que permitiu ajuda ilimitada às forças militares britânicas.
Declarada a guerra, as primeiras vitórias no Pacífico foram dos japoneses, que conquistaram as Filipinas, Guam e Wake. A impressionante capacidade de adaptação do parque industrial americano fez com que, em pouco tempo, decuplicasse a fabricação de munições, navios, aviões, carros de combate e outros armamentos leves e pesados, enquanto os centros de recrutamento e treino recebiam milhares de cidadãos. Mais de 15 milhões de homens e mulheres foram mobilizados pelas forças armadas e milhões de pessoas, inclusive donas de casa, mudaram de actividade, para trabalhar nas fábricas. A produção industrial americana quase dobrou entre 1939 e 1945. No fim da guerra, os Estados Unidos tinham produzido 6.500 aeronaves, 296.400 aviões e 86.330 tanques. A corrida armamentista impulsionou a pesquisa científica, fazendo surgir instrumentos como o sonar e o radar, e determinou o início da utilização de uma nova e poderosa fonte de energia, a atómica.
Os países aliados assumiram a iniciativa da guerra. Em 14 de Março de 1943, os exércitos inglês e americano venceram as forças ítalo-germânicas no norte da África. Em Junho de 1944 as forças aliadas desembarcaram na Normandia, enquanto as tropas soviéticas avançavam no sector oriental. A Alemanha se rendeu em 7 de Maio de 1945 e o Japão em 2 de Setembro, após o lançamento de bombas atómicas em Hiroxima e Nagasaki, nos dias 6 e 9 de Agosto. Na ocasião, morto Roosevelt, assumira o poder o vice-presidente Harry Truman.
Segunda metade do século XX. Com o final da guerra surgiu uma nova configuração geopolítica no mundo. Os grandes vencedores, Estados Unidos e União Soviética, emergiram como as duas superpotências mundiais. A Conferência de Potsdam, que reuniu Truman, Stalin e Churchill (depois Clement Attlee), decidiu o destino das potências derrotadas; em 24 de Outubro de 1945 instalou-se a Organização das Nações Unidas (ONU). Logo tornaram-se ostensivas as desavenças entre os aliados, surgindo os primeiros sinais do que seria a "guerra-fria", cristalização do conflito entre Estados Unidos e União Soviética ou, ainda, do capitalismo versus comunismo.
A Doutrina Truman, divulgada em 11 de Março de 1947, estabeleceu novo sistema de alianças bilaterais e multilaterais, sob a liderança dos Estados Unidos. Surgiu o Plano Marshall, assim denominado devido a seu principal arquitecto, o secretário de Estado George Marshall, e destinado à recuperação económica da Europa ocidental e do Japão.
A política de alianças fez surgir a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a SEATO (Organização do Tratado do Sudeste Asiático). Os Estados Unidos substituíram o Reino Unido, minado pela guerra, como sustentáculo económico e militar do mundo ocidental.
A guerra-fria dividiu o mundo em dois blocos. Em Junho de 1948, a União Soviética determinou o bloqueio de Berlim e os Estados Unidos responderam com a ponte aérea que durou até o fim do bloqueio, em Setembro de 1949. O episódio culminou com a divisão da Alemanha, então juridicamente um país ocupado pelos quatro grandes (Estados Unidos, União Soviética, França, Reino Unido): surgiram a República Federal da Alemanha e a República Democrática Alemã, a primeira ligada à aliança ocidental e a segunda aos países socialistas da Europa oriental.
Em 1º de Outubro de 1949 foi proclamada a República Popular da China, com apoio soviético. Os americanos ficaram ao lado do regime de Formosa (Taiwan). Em 1950 começou a guerra da Coreia. Os Estados Unidos apoiaram a Coreia do Sul, os soviéticos a do Norte.
Internamente, a guerra-fria provocou nos Estados Unidos um fenómeno que misturava oportunismo político e exploração da histeria colectiva face ao comunismo: o macartismo, encabeçado pelo senador Joseph McCarthy, que desencadeou verdadeira caça às bruxas, isto é, a comunistas, filo comunistas ou simplesmente indivíduos denunciados sem qualquer base concreta. McCarthy acabou desacreditado, mas um de seus principais aliados, Richard Nixon, chegaria mais tarde à presidência.
Em 1952, o republicano Dwight Eisenhower, comandante supremo das forças aliadas na Europa, elegeu-se presidente e no ano seguinte acabou a guerra da Coreia, sem que o sangrento conflito tivesse sido decidido pelas armas. O secretário de Estado John Foster Dulles articulou vários tratados e alianças. Os Estados Unidos continuavam a prosperar e eram a indiscutível potência do mundo capitalista, embora a questão racial provocasse periódicas tensões e agitações, sobretudo nos estados do sul. O grande líder negro pela integração pacífica, o pastor Martin Luther King, acabaria assassinado em 1968.
Em 4 de Outubro de 1957 os soviéticos colocaram em órbita o primeiro satélite artificial. Em Abril de 1961 lançaram o primeiro homem em órbita em volta da Terra. A comoção que tais fatos provocaram nos Estados Unidos levou à criação da NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço). O gigantesco esforço deu certo: em 1969 o primeiro homem a pisar na lua foi o americano Neil Armstrong. Ainda no governo Eisenhower, em 1959, a União admitiu dois novos estados, Alasca e Havai.
Eisenhower governou durante dois mandatos e foi substituído, em 1960, pelo democrata John Kennedy, criador da Aliança para o Progresso (1961), programa assistencial à América Latina, destinado a combater o antiamericanismo decorrente da vitória da revolução cubana. A Aliança teve efémera duração e mínimos efeitos, o mesmo ocorrendo com outro projecto integracionista, o Corpo de Voluntários da Paz (Peace Corps). Em Abril de 1961, malogrou a tentativa de exilados anticastristas, apoiados pelo governo Kennedy, de invadir Cuba, pela baía dos Porcos. Não foram bem-sucedidos. Em Outubro de 1962, depois de anunciar a instalação, pelos soviéticos, de bases de mísseis em Cuba, Kennedy determinou o bloqueio naval da ilha, conseguindo que as bases fossem desmontadas. No mesmo ano a OEA (Organização dos Estados Americanos) votou pela exclusão de Cuba. Kennedy também lançou o projecto Nova Fronteira, destinado a revigorar a economia e melhorar a imagem externa dos Estados Unidos.
Assassinado Kennedy em 1963, assumiu o vice-presidente Lyndon Johnson, que logo anunciou o projecto Great Society (Grande Sociedade), uma forma de reconstruir o New Deal de Franklin D. Roosevelt. Além disso, comprometeu decisivamente os Estados Unidos na guerra do Vietname. Seu sucessor, Richard Nixon, assumiu em 1969 e não pôde impedir a derrota americana no Vietname, consumada em Abril de 1975. A guerra do Vietname foi um dos fatos mais traumáticos da história dos Estados Unidos e dividiu o país. A oposição à guerra atingiu o clímax no inverno de 1967-1968, quando as baixas aumentavam e a vitória militar começava a ficar cada vez mais distante. A partir daí as manifestações de rua se sucederam, culminando com violentos distúrbios em Chicago. O conflito criou um profundo fosso entre "pombos" (pacifistas) e "falcões" (belicistas) e essa animosidade entre duas parcelas da população iria perdurar nos anos seguintes, como parte da crise social. O vice-presidente de Nixon, Spiro Agnew, foi obrigado a renunciar em Outubro de 1973, por sonegação do imposto de renda. O próprio Nixon acabou forçado a renunciar, em Agosto de 1974, devido ao escândalo político de Watergate, em que a imprensa desempenhou um papel investigatório decisivo. Seu sucessor, Gerald Ford, amnistiou-o de todos os crimes federais.
Em Janeiro de 1977 Jimmy Carter sucedeu a Ford na Casa Branca e destacou-se pela ênfase dada à política de protecção aos direitos humanos e aos esforços para obter a paz no Oriente Médio entre árabes e judeus. O acordo de Camp David, por ele patrocinado, foi um importante passo rumo ao entendimento, ao fazer cessar as hostilidades entre Egipto e Israel.
O governo Carter decidiu pela devolução da zona do canal do Panamá, marcada para 1999, e reconheceu o governo chinês, rompendo ao mesmo tempo com Formosa. Iranianos invadiram a embaixada americana em Teerão, fazendo 54 reféns. Uma tentativa de salvá-los redundou em fracasso.
A opinião pública reagiu elegendo, em 1980, o republicano Ronald Reagan, ex-actor de cinema e ex-governador da Califórnia, em cujo primeiro dia de governo os reféns foram libertados. Reagan convocou uma "revolução conservadora" e foi reeleito por ampla margem em 1984. Reagan levou a efeito uma política interna baseada na liberalização da economia e no controle da inflação, bem como uma política externa tendente a recuperar o prestígio dos Estados Unidos. Criou o programa estratégico de defesa conhecido como "guerra nas estrelas", oficialmente intitulado Iniciativa de Defesa Estratégica (Strategic Defense Iniciative), posteriormente abandonado.
Reagan estabeleceu boas relações com a União Soviética e a China, prosseguindo os esforços de presidentes anteriores. O presidente esteve envolvido no obscuro episódio conhecido como "Irangate", intrincado negócio ligado a armas, dinheiro e reféns, tendo como cenário o Irão, a Nicarágua e os "contras", opositores da revolução nicaraguense. O escândalo resultou na condenação de alguns acusados.
Na eleição presidencial de 1988 foi eleito o republicano George Bush, ex-embaixador na China e ex-director da CIA (Agência Central de Informações). Em seu governo houve um recrudescimento da crise económica, a dívida interna aumentou e adoptou-se uma agressiva política externa, em especial quanto à Líbia, o Iraque e a Síria. Repetindo uma atitude de Reagan, que optara pela ocupação da ilha de Granada, em Dezembro de 1989 Bush ordenou a intervenção militar no Panamá, a fim de depor o dirigente Manuel Antonio Noriega. Interveio também, com recursos financeiros, humanos e armamentos, nos negócios internos da Nicarágua. Em começos de 1991, tropas americanas lideraram uma força internacional que expulsou o Exército iraquiano do território do Kuwait, invadido em Agosto do ano anterior.
Em 1992 foi eleito o democrata Bill Clinton, que no ano seguinte promoveu na Casa Branca um fato de grande significado histórico: o reconhecimento do Estado de Israel por parte da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e, por parte de Israel, o reconhecimento de que a OLP era o único porta-voz do povo palestino. No plano interno, defrontou-se com a persistência da recessão. Na área externa, ocupou militarmente o Haiti em 1994, para reinstalar o presidente deposto.
Por Paulo Henrique Matos de Jesus; Pesquisa e revisão de LCB
18 dezembro 2010
16 dezembro 2010
Carlos Pinto Coelho
Carlos Nuno de Abreu Pinto Coelho (1944 – 2010) nasceu em Lisboa e foi viver para Moçambique ainda bebé. Aí viveu até aos 19 anos, altura em que trocou Lourenço Marques (actual Maputo) por Lisboa para estudar na universidade. Ao quinto ano desistiu de Direito e ingressou no jornalismo.
Carlos Pinto Coelho cumpriu a sua missão (faleceu).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Pinto_Coelho
15 dezembro 2010
12 dezembro 2010
A lição de Mourinho

Não se é o melhor de nada, se não se souber História.
José Mourinho, um dos melhores treinadores de futebol de sempre, deu uma lição e mostrou como a História está sempre presente no quotidiano, ao impertinente jogador Daniel Alves.
Abra a hiperligação do link e veja como foi:
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/NoticiasDesporto/2010/12/jose-mourinho-responde-a-criticas-de-arbitro-e-de-daniel-alves11-12-2010-171321.htm
06 dezembro 2010
Mundos Paralelos

Você, leitor, acredita que o Poder Central manda em tudo? Olhe que não! Apesar disso, manda, e manda muito. Por vezes demais. Mete o nariz onde não é chamado. Controla as finanças, a economia, a educação, a saúde, a defesa, a representação do Estado, sei lá que mais…
Mas você, leitor, já ouviu falar no adágio popular: longe da vista, longe do coração? É o que se passa longe da capital, onde estão instalados os Poderes Locais, tão queridos quando queremos glosar os excessos do centralismo, mas tão mesquinhos quando se ateiem ao compadrio, à cunha, à maledicência, à protecção dos afilhados da força política localmente dominante.
E as pessoas, o que acontece às pessoas?
Rejubilam ou definham conforme são ou não da cor dominante.
Calculo que haverá muita hipocrisia, muito ressentimento, muita inveja, por esse país fora, apesar de serem da mesma cor do centrão. Agora imaginem o que é viver e trabalhar numa zona ao avesso do Poder Central, nestes últimos 34 anos!
O Poder Local esmaga, tritura, quem não for dos deles. Estão a pensar que isso se fica pelo domínio político? Não, não fica. Invade a esfera familiar, social, cultural, laboral… Primeiro identificam, depois cercam, por fim reduzem a pó quem ousa pensar diferente. Por isso tantos se acobardam, tantos fingem, uns poucos resistem. O centrão está tão entretido, com jogos de poder, nas capelinhas da capital, que não quer saber verdadeiramente daqueles outros que são a sua seiva. Lembram-se apenas de 4 em 4 anos…
Então para quê resistir? Coerência, resiliência, formação, espinha vertical, é o que explica, apesar de tudo, que homens e mulheres tão maltratados aguentem com estoicismo e vivam e trabalhem nestes Mundos Paralelos.
05 dezembro 2010
25 novembro 2010
Um País de Pessoas
Um País de Pessoas

Eles não ouviram as pessoas, perseguiram as pessoas, calaram as pessoas, falaram pelas pessoas, pensaram pelas pessoas, decidiram contra as pessoas, humilharam as pessoas, desanimaram as pessoas, desvitalizaram as pessoas, comeram as pessoas. E o país definhou! Eles criaram um deserto de faraós, uma democracia de faiança pobre feita de “eles” e “nós”.
Porém, as pedras preciosas deste país são as pessoas. Sem petróleo, sem minas de ouro ou de diamantes, as pessoas são o tesouro mais bendito: é da força, da imaginação, da inteligência e do coração das pessoas que este país há-de rebrotar. E há-de rebrotar, quando as pessoas resgatarem a sua humanidade.
Publicada por Luís Costa em Quarta-feira, Novembro 24, 2010
Etiquetas: crise, democracia, pessoas, poder
http://dndanacao.blogspot.com/
22 novembro 2010
18 novembro 2010
Longe, cada vez mais longe… na busca incessante do infinito perfeito… DEUS.

A equipa internacional que trabalha na experiência ALPHA, no CERN, publicou os seus resultados na revista científica "Nature", e relata ter conseguido aprisionar 38 átomos de anti-hidrogénio durante pouco mais de um décimo de segundo — o que é muito pouco, mas ainda assim suficiente para poder ser estudado.
Público, 17/11/2010
13 novembro 2010
06 novembro 2010
31 outubro 2010
Parabéns
30 outubro 2010
Antonio Mourão Ó Tempo Volta Para Trás
2010 (Novembro), 2011 e seguintes…
Se o Orçamento for publicado em Novembro, todas as progressões a partir da data de publicação ficam congeladas (apreciação intercalar, inclusive). Estava previsto para 8 de Agosto de 2012. Agora …
Redução remuneratória liquida:
- Redução no salário bruto – 7%
- Aumento do IRS em 1,5% e actualização dos escalões
- Aumento da comparticipação em 1% para a CGA
- Diminuição das comparticipações da ADSE
- Aumento do IVA – 2%
- Outros aumentos de taxas administrativas
Total: +/- 15%
Conclusão: A partir de Janeiro de 2011 regresso à remuneração anterior a Maio de 2004
2004
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
2004 foi um ano bissexto iniciado na quinta-feira do Calendário Gregoriano. Celebraram-se naquele ano:
• Ano Iberoamericano do Portador de Deficiência
• Ano Internacional do Arroz (pelas Nações Unidas)
• Ano Internacional para Comemorar a Luta Contra a Escravidão e a sua Abolição (pela UNESCO)
29 outubro 2010
China disponível para comprar títulos portugueses

Vejam o meu post de 13 de Outubro.
A China manifestou-se esta quinta-feira, 28/10/2010, disponível para comprar títulos do tesouro português e «participar no esforço de recuperação económica e financeira» de Portugal.
«A situação económica e financeira em Portugal tem sido sempre o centro das nossas atenções», disse a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros chinesa, Fu Ying, ao ser questionada pela agência Lusa em Pequim sobre a possibilidade de a China adquirir parte da dívida portuguesa.
24 outubro 2010
Linha do Tâmega
Quado vi este pequeno vídeo, bateu-me a saudade. Nasci e cresci a ver comboios como este...
20 outubro 2010
18 outubro 2010
República dos Marajás
15 outubro 2010
Ranking 2009/2010
Pos. Escola - Concelho - Exames - Média - Português - Matemática - Distrito
1 Colégio Minerva Barreiro 30 3,80 3,73 3,87 Setúbal
7 Esc. Sec. com 3º Ciclo Manuel da Fonseca Santiago do Cacém 85 3,27 3,14 3,40
21 Esc. Bás. dos 2º e 3º Ciclos de Cercal do Alentejo Santiago do Cacém 42 2,86 3,00 2,71
28 Esc. Sec. com 3º Ciclo António Inácio da Cruz Grândola 70 2,81 3,06 2,57
29 Esc. Sec. com 3º Ciclo de Poeta Al Berto Sines 164 2,80 2,94 2,67
38 Esc. Bás. dos 2º e 3º Ciclos de Vasco da Gama Sines 42 2,74 2,90 2,57
39 Esc. Bás. dos 2º e 3º Ciclos de Bernardim Ribeiro Alcácer do Sal 22 2,73 2,82 2,64
41 Esc. Sec. com 3º Ciclo de Padre António Macedo Santiago do Cacém 116 2,70 2,88 2,50
48 Esc. Bás. dos 2º e 3º Ciclos Frei André da Veiga Santiago do Cacém 66 2,64 2,55 2,73
59 Esc. Bás. dos 2º e 3º Ciclos de Santo André Santiago do Cacém 48 2,52 2,46 2,58
62 Esc. Bás. Integrada D. Jorge de Lencastre Grândola 110 2,50 2,91 2,09
78 Esc. Bás. dos 2º e 3º Ciclos de Pedro Nunes Alcácer do Sal 168 2,37 2,47 2,25
86 Esc. Bás. dos 2º e 3º Ciclos de Alvalade do Sado Santiago do Cacém 56 2,13 2,25 2,00
91 Esc. Bás. Integrada com Jardim de Infância de Monte da Caparica Almada 64 1,83 2,16 1,50
Ranking do Secundário 2009/2010
Pos. Descrição Esc. Concelho Exames Média
1 Colégio Nossa Senhora do Rosário Porto 490 147,86
132 Esc. Sec. Manuel da Fonseca Santiago do Cacém 281 111,67
193 Esc. Sec. Padre António Macedo Santiago do Cacém 268 107,81
285 Esc. Sec. Poeta Al Berto Sines 271 103,83
377 Esc. Sec. António Inácio da Cruz Grândola 289 99,33
555 Esc. Sec. de Alcácer do Sal Alcácer do Sal 295 85,44
596 Esc. Sec. Fonseca Benevides Lisboa 25 48,24
13 outubro 2010
Portugal Yuan RMB...

As reuniões do FMI no passado fim-de-semana saldaram-se num verdadeiro fracasso.
No xadrez global, a China quer, de facto, mudar a correlação de forças, no FMI, no Banco Mundial, no G20, no sistema de câmbios das principais divisas. Procura aliados, vira-se para a Europa e estende uma mão aos países altamente endividados do sul. Se comprar dívida grega ou portuguesa, espanhola ou irlandesa, jogando com as suas imensas reservas, está a ajudar a estabilizar as contas públicas destes países, a baixar a desconfiança e os juros na Zona Euro e a reforçar o outro contrapeso à hegemonia cambial norte-americana.
Por muito que a estratégia incomode os EUA, na situação em que nos encontramos, isso provocaria um imenso suspiro de alívio lá para as bandas do Terreiro do Paço. E com ondas por toda a Europa.
Os que são da minha idade decerto se lembrarão de um livro dos anos setenta intitulado, O DESPERTAR DA CHINA. A China começou a abrir os olhos. O Ocidente que se cuide pois ou eu me engano muito ou o feitiço vai virar-se contra o feiticeiro. Os Estados Unidos e sobretudo a Europa terão de se adaptar a novas realidades e reformular todo o sistema social, financeiro e económico e terão de fazê-lo em muito pouco tempo. A China está ás portas da Europa. A Grécia; a Irlanda; a Espanha e Portugal serão, a breve prazo, portas de entrada caso a União Europeia continue de olhos fechados.
O FMI e os seus apologistas são já um produto caduco, desfasado desta época e deste tempo. E por consequência, fora da realidade, não servindo já a verdade da economia.
11 outubro 2010
Hoje não existiu …428 anos!

Em 1582, durante o papado de Gregório XIII (Ugo Boncampagni, 1502-1585), o equinócio vernal já estava ocorrendo em 11 de Março, antecipando muito a data da Páscoa. Daí foi deduzido que o ano era mais curto do que 365,25 dias (hoje sabemos que tem 365,242199 dias). Essa diferença atingia 1 dia a cada 128 anos, sendo que nesse ano já completava 10 dias. O papa então introduziu nova reforma no calendário, sob orientação do astrónomo jesuíta alemão Christopher Clavius (1538-1612), para regular a data da Páscoa, instituindo o Calendário Gregoriano.
As reformas, publicadas na bula papal Inter Gravissimas em 24.02.1582, foram:
- tirou 10 dias do ano de 1582, para recolocar o Equinócio Vernal em 21 de Março. Assim, o dia seguinte a 4 de Outubro de 1582 (quinta-feira) passou a ter a data de 15 de Outubro de 1582 (sexta-feira).
Acórdão 141/2002
Trata-se do Acórdão 141/2002, proc. 198/92, lavrado em PLENÁRIO do Tribunal Constitucional, disponível em
http://w3.tribunalconstitucional.pt/Acordaos/Acordaos02/101-200/14102.htm
e publicado no Diário da República, 1.ª série-A, de 9 de Maio de 2002.
Acórdão do Tribunal Constitucional nº 141/2002
a. declarar, com força obrigatória geral, a inconstitucionalidade da norma constante do artigo 11º da Lei nº 2/92, de 9 de Março (Lei do Orçamento do Estado para 1992), na medida em que operou uma redução da remuneração global auferida por pessoal por ela abrangido e que se encontrava já em exercício de funções à data da sua entrada em vigor, por violação do princípio da confiança, ínsito no princípio do Estado de direito democrático, consagrado no artigo 2º da Constituição;
b. declarar, com força obrigatória geral, a inconstitucionalidade da norma constante do artigo 9º da Lei nº 30-C/92, de 28 de Dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 1993), na medida em que manteve a referida redução da remuneração global auferida pelo mesmo pessoal antes da entrada em vigor da Lei nº 2/92". - Acórdão do Tribunal Constitucional nº 141/02
09 outubro 2010
POR7UGAL { em núm3ros }
Fonte: http://bulimunda.wordpress.com/2010/10/07/por7ugal-em-num3ros-incrivel-a-ver-e-abrir-a-boca-de-espanto/
07 outubro 2010
06 outubro 2010
Fundação Champalimaud: Centro de Investigação inaugurado
A Fundação Champalimaud quer assumir uma posição de liderança e, em consequência, de responsabilidade. Mais do que nunca, é preciso ir ao encontro das grandes questões do presente. Uma delas é a insuficiente investigação clínica que hoje é praticada. É imperativo estimular e apoiar a interacção entre os investigadores científicos e os clínicos. A Fundação tudo fará para que haja mais investigação clínica, particularmente aquela que é desenvolvida por instituições sem fins lucrativos.
A Fundação Champalimaud apoia a investigação de ponta nas Ciências Médicas. Tem como prioridade estimular descobertas que beneficiem as pessoas, bem como apoiar a descoberta de novos padrões de conhecimento.
Fonte: Champalimaud Foundation
05 outubro 2010
02 outubro 2010
Cansado...

27 setembro 2010
07 setembro 2010
Rico...Lusitano...rico

Segundo os investigadores, Diocles angariou qualquer coisa como 35,863 milhões de sestércios, a que corresponderiam actualmente 11,6 mil milhões de euros. A maquia amealhada pelo desportista luso era o suficiente para abastecer de cereais a capital do Império Romano durante um ano.
Diocles participou em mais de quatro mil corridas da "Fórmula 1" dos romanos, tendo vencido quase 1.500 dos desafios. Por 815 vezes liderou as corridas desde o início, em 67 vezes conseguiu a liderança nas últimas voltas e em 36 ocasiões sagrou-se vencedor mesmo na recta final.
O corredor lusitano tornou-se profissional aos 18 anos e morreu aos 42. Está sepultado em Roma. Na lápide estão inscritas as estatísticas da sua carreira.
01 setembro 2010
Confrontos em Maputo
31 agosto 2010
17 agosto 2010
13 agosto 2010
31 julho 2010
António Feio
30 julho 2010
Photo-finish
11 julho 2010
Mundial futebol África do Sul
09 julho 2010
NADA COMO O TEMPO
Feliz Aniversário
20 junho 2010
Da Constituição da República Portuguesa
Artigo 37.º
Liberdade de expressão e informação
1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.
3. As infracções cometidas no exercício destes direitos ficam submetidas aos princípios gerais de direito criminal ou do ilícito de mera ordenação social, sendo a sua apreciação respectivamente da competência dos tribunais judiciais ou de entidade administrativa independente, nos termos da lei.
4. A todas as pessoas, singulares ou colectivas, é assegurado, em condições de igualdade e eficácia, o direito de resposta e de rectificação, bem como o direito a indemnização pelos danos sofridos.
José de Sousa Saramago (1922-2010)

Jorge Halperin, Conversas com Saramago. Reflexões a partir de Lanzarote, Icaria, Barcelona, 2002.
05 junho 2010
Ângelo Felgueiras escala Everest "por uma causa"

04 junho 2010
21 maio 2010
Nasceu a primeira forma de vida artificial

13 maio 2010
A importância da História...
O ideal cristão da universalidade e da fraternidade inspiravam esta aventura comum, embora a influência do iluminismo e do laicismo se tivesse feito sentir também. A referida tradição originou aquilo a que podemos chamar uma «sabedoria», isto é, um sentido da vida e da história, de que fazia parte um universo ético e um «ideal» a cumprir por Portugal, que sempre procurou relacionar-se com o resto do mundo.
Este «conflito» entre a tradição e o presente exprime-se na crise da verdade, pois só esta pode orientar e traçar o rumo de uma existência realizada, como indivíduo e como povo. De facto, um povo, que deixa de saber qual é a sua verdade, fica perdido nos labirintos do tempo e da história, sem valores claramente definidos, sem objectivos grandiosos claramente enunciados.
Fonte: Discurso de Bento XVI no Encontro com o Mundo da Cultura
11 maio 2010
17 abril 2010
João Garcia atinge o cume do Annapurna

O alpinista português João Garcia, de 43 anos, atingiu este sábado o cume do monte nepalês Annapurna, a última das 14 montanhas do mundo acima dos 8000 metros que se propôs escalar.
Ao conseguir este feito, João Garcia é o primeiro alpinista português e o décimo do mundo a completar os catorze picos do planeta acima dos 8000 metros, sem ajuda de oxigénio artificial.
12 março 2010
José Gil

Hoje é um dos filósofos da ribalta e considerado um dos 25 pensadores sistemáticos mais importantes do mundo, pela revista francesa «Nouvell Observateur».
Deu a sua última aula a 10 de Março de 2010.
Obra de referência: Portugal, Hoje: O Medo de Existir, Relógio d'Água, Lisboa, Novembro de 2004.
12 fevereiro 2010
08 janeiro 2010
Altos e Baixos

1- Os professores cujos índices salariais se posicionam, no supra mencionado ECD, entre o 1º e o 7º escalão, ficam prejudicados porque passaram a estar sujeitos nos 3º; 5º e 7º escalão a quotas, aulas assistidas obrigatórias e “guerra” pelas menções de Muito Bom e de Excelente (que são as únicas que os livram das quotas).
2- Os antigos professores titulares aparentemente não perdem nem ganham. Digo aparentemente porque os que estavam no índice 245, passam agora para o novo 6º escalão, e portanto têm problemas no acesso ao 7º escalão. Os outros ex-titulares progridem apenas com Bom, mas perderam “estatuto”.
25 dezembro 2009
17 dezembro 2009
Sismo
06 dezembro 2009
João Oliveira - ultramaratonista

09 novembro 2009
Muro de Berlim

30 outubro 2009
21 outubro 2009
Arcebispo português na Cúria Romana
Bento XVI nomeou o Arcebispo português Manuel Monteiro de Castro, de 71 anos, como novo Secretário da Congregação para os Bispos, na Cúria Romana.
O prelado, natural de Santa Eufémia (perto de Guimarães), é doutorado em Direito Canónico e desempenhava desde 2000 o cargo de Núncio Apostólico em Espanha e Andorra.
Esta congrecação foi fundada em 1588 com o objectivo de se ocupa-se das matérias que se referem “à constituição e à provisão das Igrejas particulares”, como a nomeação de Bispos, bem como ao exercício da missão de cada Bispo, à constituição das Conferências Episcopais e à revisão dos seus estatutos
Predispõe ainda tudo o que se refere às visitas “ad Limina” dos Bispos de todo o o mundo, examinando os seus relatórios e transmitindo aos Bispos diocesanos as conclusões referentes à própria diocese.
24 setembro 2009
02 setembro 2009
Globo celeste do século XVI


É uma raridade mundial que andava perdida, dizem os especialistas, baseados no pouco que já se sabe sobre a peça que já é candidata a tesouro nacional.