Historicando

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25 março 2008

Sérgio M. Carvalho - "Dream Team" S.C.L.M.




Só agora li, n´ "O Leme", e soube que o meu conterrâneo Sérgio Marques de Carvalho deixou-nos e partiu para a sua última morada, em 29/02/2008.


Grande atleta, homem simples, sem vedetismos, campeão anos seguidos pelo "dream team" de basquetebol do Sporting de Lourenço Marques.


Tive a honra e o proveito de jogar e aprender com esse maravilhoso basquetebolista.


A minha sincera homenagem. Até sempre "leão"!

24 março 2008

Texto


O texto é longo. Mas ao lê-lo reconheci muitas das minhas dúvidas, reflexões, inquietações. Transcrevo-o.

"Os alunos não aprendem e a culpa é dos professores que não sabem ensinar??!!!Esse foi o lema durante o meu estágio feito há mais de 20 anos!Durante uma aula assistida, um aluno perguntou-me que horas eram, e aqui d’el-rei que o menino estava enfastiado! Para bem dos meus pecados ainda tinha 27 alunos interessados na aula, que me valeram para “abafar o incidente”!Como “o professor é um actor”, fazia-se o pino, entoavam-se as palavras, passeava-se pela sala organizada em grupos de mesas, gesticulava-se, levavam-se resmas de imagens, bonecos, retroprojector, diapositivos… cada aluno era um mundo e o professor tinha que se desdobrar por 28 / 30 pequenos mundos por hora…Não interessava muito o produto final, mas sim os processos, os percursos que cada aluno percorria durante o ano lectivo.Trabalho de Projecto; trabalho em grupo; pedagogia Freinet; nada de autoridades; muita motivação; as aquisições não são obtidas pelo estudo de regras e leis, mas sim pela experiência; o fracasso inibe, destrói o ânimo e o entusiasmo… enfim tudo era motivador.Cada Unidade de Trabalho começava sempre por “sensibilização dos alunos ao problema de…”E os alunos ficavam sensibilizados.Resultou? Sim resultou. Durante muitos anos este tipo de pedagogia resultou nas minhas aulas e nas dos meus colegas. Os alunos respondiam aos desafios, experimentavam, eram curiosos, interessados e aprendiam.E agora? Como é agora?Se na pedagogia Freinet tudo era centrado nos interesses das crianças, porque é que agora não resulta? Quais são afinal os interesses das crianças e dos adolescentes de hoje?Passou quase um século, desde Freinet…Agora os interesses mudam todos os dias. Mudam muito mais depressa do que antigamente. Mudam dois dias antes de se pôr em prática a melhor pedagogia, a melhor metodologia, as melhores estratégias…Ah! O zapping! Agora está na moda o zapping!Hoje gosta-se disto, amanhã gosta-se daquilo. Não presta, deita-se fora, troca-se, compra-se novo, desfaz-se, muda-se de emprego, de casa, de canal de TV, de marido, de mulher, de amigos… tudo ao alcance de um click!Estamos na era do zapping, do imediatismo, do facilitismo, “do quero ter já e depois logo se vê”!As novas tecnologias, os novos sistemas de comunicação, entram-nos pelos olhos, pelos ouvidos, pela nossa casa dentro, todos os dias e a toda a hora. E não é mau. Usamo-las. Já não dispensamos o nosso ipod, a Tv, o PC, o telemóvel, o pocket PC, o iphone, a PSP, a pendrive… e tantos outros gadgets que nos inundam o dia a dia.E de repente, toca para a aula e entram-nos 20/30 alunos por uma porta que se sentam em frente de um quadro negro (ou verde), virados para uma criatura que os proíbe de utilizar os Mp3 e os telemóveis, e lhes pede que estejam sentados a conjugar os verbos, a fazer equações, a ouvir contar os descobrimentos…E eles que já nascem com a cabeça levantada, que com menos de um ano de idade percorrem os corredores dos hipermercados em alcofas e cadeirinhas penduradas nos carrinhos de compras, a levar com outdoors, cartazes, luzes, sons …Eles que desconhecem o que quer dizer “concentração”, porque já nascem com “concentração dispersa”, eles que conseguem estar atentos a 4 ou 5 coisas ao mesmo tempo, eles que já nascem hiperactivos, têm que permanecer sentados numa sala de aula a aprender matérias que não percebem bem “para quê?”Para quê ler, se viajam mais e melhor através da Net?Para quê memorizar aquela quantidade de nomes ou a tabuada, se pode estar ao alcance de um click? Para quê?Hoje já não “disfarço” os conteúdos como antigamente fazia. Eles não gostam. Acham que é tratá-los como atrasados mentais. E têm razão. Para quê projectar “a caixinha” na aula de Matemática, que é construída em Ed. Tecnológica, é pintada na aula de Ed. Visual, é cantada em Ed. Musical, é escrita no Português, traduzida em Inglês e reciclada em Ciências Naturais?Dar “a seco” os conteúdos, porque afinal assim eles “sabem” o que estão a aprender.Também já há salas repletas de computadores, onde os alunos se atiram vorazmente a cada PC, surfando indiscriminadamente na Net ou utilizando o MSN e outros programas do género, onde costumam passar horas a conversar com os próprios vizinhos do lado…Já não conversam muito entre eles. Falam teclês na Internet, por SMS…Afinal o que é que querem?Quais são os seus interesses?Porque é que as famílias os depositam nas escolas onde sabem estarem seguros?Porque é que ao mesmo tempo certos pais desvalorizam a escola?Porque é que os alunos não aprendem?O que é que afinal quereriam aprender? Ou deveriam aprender?Porque estão cada vez mais agressivos, mais violentos?Porque é que os pais não os educam?Porque é que os profs têm que “tomar conta deles” mesmo depois das aulas?Porque é que muitos têm famílias desestruturadas e por isso mesmo gostam cada vez mais da escola, do recreio da escola?Porque é que os profs têm que competir com a televisão, os MP3, os computadores…. etc?Porque é que já não conseguimos sensibilizá-los para nada?Porque é que já não se encantam com um bom livro que a professora lhes mostrou? Uma imagem? Uma exposição? Um filme? Uma aula que levou horas a preparar?Afinal temos que competir com os gadgets que eles trazem no bolso?!!Afinal para que é que todos temos o telemóvel no bolso, se temos que o ter desligado?E se o meu filho precisa de mim e telefona? E a minha mãe, que está doente e sozinha?E porque é que não posso ouvir música ao mesmo tempo que o prof. fala, se lá em casa todos trabalham no PC, com a TV ligada, o CD a tocar, os miúdos a gritarem….?A comunicação mudou.A comunicação mudou?As matérias são uma seca. A professora é uma seca. Diz o meu filho em casa.Temos que pensar o que é que queremos. Não para amanhã, mas o que queremos para daqui a 10, 20 anos.Temos que reflectir sobre muita coisa.Temos que reformar muitas coisas.Temos que nos actualizar.Temos que aprender outras coisas.Temos que ouvir os adolescentes de hoje.Temos que ser ajudados.Temos que nos entre ajudar.Temos que nos equipar.Temos que experimentar outras coisas.Temos que “inventar” novas aulas, novas salas de aula.Temos que nos adaptar aos novos alunos, às novas famílias, às novas profissões, aos audiovisuais, às novas formas de comunicação, até ao zapping!Temos que aprender novas maneiras de ensinar.Temos que aprender novas maneiras de aprender.Mas, de repente, cai-nos um país em cima que diz que está tudo mal e que a culpa é nossa e por isso temos que ser castigados!Também somos pais, que diabo!Acabo de ver na Internet o tal vídeo da aluna aos gritos e puxões à professora, só porque esta lhe retirou o telemóvel enquanto decorria a aula. Uma turma inteira a faltar ao respeito a uma professora, que tenta desesperadamente desempenhar o seu papel, que com certeza já trabalha há muitos anos. Reparo agora que não é só este, mas centenas deste género de vídeos que mostram cenas em salas de aula onde se passa tudo, menos ouvir o professor! São escolas em Portugal, em Inglaterra, no Brasil e pelos 4 cantos do mundo. Mas afinal o que é que se está a passar?! De repente todos os professores perderam a autoridade na sala de aula?! E os valores? Ainda são os mesmos valores que perduram? Respeito é sempre respeito. Falta de respeito há 20 anos é a mesma falta de respeito hoje?Aqui em Portugal, de há 3 anos para cá tem sido uma alegria com alguns políticos a denegrirem a imagem dos professores. Nos outros países não sei. Será que a culpa é dos telemóveis?São verdadeiros génios os professores que conseguem manter a disciplina e o interesse dos alunos (uma turma inteira – 28 alunos) numa sala de aula durante um dia!Perguntemos aos pais de hoje se conseguem manter os vossos filhos quietos sentados à mesma mesa a conversar? Quanto tempo dura o vosso jantar lá em casa? No meu tempo era a hora sagrada em que estávamos com os nossos pais a conversar à mesa.São os vossos próprios filhos – devem conhecer-lhes os interesses, caramba! Quanto tempo conseguem estar à conversa com eles, ou a ensinar-lhes qualquer coisa? Nem que seja só as boas maneiras? Quanto tempo conseguem prender a atenção dos vossos filhos adolescentes?É que eu já tenho dificuldade em fazer isso mesmo com os meus próprios filhos!Então, percebam o que é que se pode conseguir sem equipamento nenhum. Só com uma sala cheia de mesas e cadeiras, um quadro negro de giz… e 28 pessoas diferentes.Entretanto proliferam livros e documentários sobre pequenas crianças ditadoras e pais que pedem ajuda… O que é que se passa afinal?! Os pais estão a demitir-se e pede-se à escola que os substituam também?São tantas as questões que gostava de ver debatidas, analisadas, reflectidas em conjunto com pais, professores, alunos, governantes…Claro que queremos ser avaliados. Claro que temos sido avaliados. Há listas de graduação a nível nacional. Estágios, formação anual, antiguidade… más condições e péssimos salários, agora congelados…Para quando as Reformas a sério?Uma coisa eu tenho a certeza, não se conseguirá nada sem o envolvimento de todos.Sou mãe de 3 filhos e professora há 28 anos. Nunca tive problemas de indisciplina nas minhas aulas, mas tem-me saído do pêlo e do tempo que tiro à minha própria família, dedicando-me à escola a tempo inteiro, mas até quando?Os alunos que me aparecem nas aulas são cada vez mais problemáticos. O seu desinteresse, a falta de empenho e de trabalho crescem avassaladoramente. As forças vão-me faltando e os resultados são cada vez menos positivos. E não, não estou a falar dos resultados do aproveitamento, mas dos resultados das estratégias que utilizamos para ganhar o interesse dos alunos. Esses são para mim os mais importantes, porque os outros decorrem naturalmente dos primeiros.São os programas, as matérias, os fracos recursos de que dispomos, a própria estrutura em que se sucedem as aulas, as vidas familiares turbulentas e desequilibradas, a grande disparidade entre a vida lá fora e o comportamento que se pretende numa sala de aula, que provocam este desinteresse nos alunos de hoje.Mudar? Sim. Mas como? Para onde? De que maneira?Pensar uma escola a longo prazo e no que queremos destes cidadãos daqui a 20 anos, parece-me ser o caminho mais certo. Não interessam reformas para hoje, nem para eleições. Não é só encher as escolas de computadores, se não se souber para que os queremos ou como usá-los.A tecnologia avançou largamente estes últimos 20 anos. E a educação? A escola? É por decreto que se faz a escola do século XXI? São os professores os culpados por todo este estado de sítio?!

Isabela "
In blog Tempo de Teia

HISTÓRIA

«Tento encontrar na História o que é positivo porque se ficarmos sempre a olhar para o passado perdemos o futuro», defendeu Cavaco Silva, que iniciou hoje uma visita oficial de três dias a Moçambique.

Flexiprof


O retrato de um "flexiprof ": Mais reactivo, mais fluido em sua carreira, presente no estabelecimento, disponibilizado de acordo com as necessidades e sob a pressão dos "resultados ".

A comissão propõe cenários de: a bivalência (o ensino de duas matérias), a anualidade das horas de ensino; o recurso às horas adicionais, etc. A maioria das sugestões vai na direcção de uma flexibilidade maior, numa lógica "liberal" e "administrativa".

- Livro Verde da comissão para o desenvolvimento da profissão docente, (Le Monde, 1er février 2008).

23 março 2008

Entrevista

Jorge Sampaio, em entrevista concedida ao jornal Sexta de 20/03/2008:
«No nosso século XXI, esquerda e direita tornaram-se conceitos ambíguos. Por isso, sempre que ouço esse género de comentários, interrogo-me, “mas o que significa mais à esquerda ou mais à direita em termos de políticas concretas e sustentáveis?”. A meu ver não podemos ficar reféns de debates ideológicos, cujo conteúdo deixou de ser claro. Importa, sim, contribuir para a renovação da prática governativa e para lhe dar novos conteúdos.»

Avaliação

Nenhuma escola pode decidir não avaliar os professores, diz ministra da Educação

Feliz Páscoa


Setúbal - campeão


Vitória de Setúbal é o primeiro vencedor da Taça da Liga
Um jogo sofrido entre o Vitória de Setúbal e o Sporting, no Estádio do Algarve, em Faro, que culminou em grandes penalidades, acabou por levar a primeira Taça da Liga de futebol para as mãos do clube sadino, com um resultado final de 3-2.

22 março 2008

Dia Mundial da Poesia


Você não existe mais!

Chorar nem pensar.

Lastimas? Não vales…

Você me decepcionou? Não...

Eu me enganei,

vi amor, aonde não

havia nem coração.

Você não é culpada,

eu sim, me iludi.

Por quê?

carência...

falta de afecto...

Isto sim,

foi a minha busca.

Mas com você


fui ao inferno,

mas de lá retornei.

E novamente vou em

minha busca continuar.

Salário dos professores. Dados da OCDE


Dados da OCDE
Chart D3.2. Teachers' salaries (minimum, after 15 years experience, and maximum) in lower secondary education (2005)Annual statutory teachers' salaries in public institutions in lower secondary education, in equivalent USD converted using PPPs, and the ratio of salary after 15 years of experience to GDP per capita

21 março 2008

Perdão


Podemos afirmar que a obra de Cristo se resume no perdão que Ele nos trouxe e mostrou durante toda a sua vida. Perdão de Deus aos homens, dizendo-nos que Ele é Pai e perdoa sempre e sem condições, e que os nossos pecados estavam, por isso, completamente perdoados. Veio dizer-nos que Deus é Pai amoroso que deseja ver que os seus filhos se reconheçam como irmãos entre eles, sobretudo no perdão que devem pedir e conceder.
Cristo veio também, e ao mesmo tempo, conceder o perdão para os homens entre si, vencendo, pela cruz, todas as barreiras de cor, raça ou crenças: «Cristo é a nossa paz […] Na sua carne derrubou o muro da separação: o ódio. Ele quis, a partir do judeu e do pagão, criar em Si mesmo um homem novo. Quis reconciliá-los com Deus num só corpo, por meio da cruz; foi nela que Cristo matou o ódio» (Ef 2, 14-16).
Mas Cristo não Se contentou, de modo nenhum, com anunciar o perdão, mas mostrou-o bem claramente durante toda a sua vida, por palavras, mas sobretudo por obras.
Muitas parábolas de Cristo andam à volta do perdão: a parábola da ovelha perdida (Lc 15, 3-7), a parábola do Bom Pastor (Jo 10, 1-6.11-18), do devedor sem piedade (Mt 18, 23-35), e sobretudo do Filho pródigo (Lc 15, 11-32), certamente a parábola mais maravilhosa que aparece no Evangelho e que mais «baralha» os nossos esquemas de amor e perdão.
E para além das parábolas, todas as palavras de Cristo eram imbuídas de perdão e esta palavra aparece inúmeras vezes na boca de Jesus. Quando Pedro pergunta a Cristo quantas vezes devia perdoar, Ele é bem claro ao declarar que devemos perdoar setenta vezes sete, ou seja, sempre.
Mas foi sobretudo nas suas obras que Jesus Cristo exerceu o verdadeiro perdão. Não podemos apontar um único caso em que Cristo não tenha concedido o seu perdão. Perdoa à mulher adúltera que trazem junto d’Ele, perdoa ao homem que depõem aos seus pés, antes mesmo de o curar da sua incapacidade de andar… E morre perdoando àqueles que Lhe infligiam tormentos e O matavam: «Pai perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem» (Lc 23, 34).

Símbolos III


Estas letras, do alfabeto grego, correspondem em português a C e R. Unidas, formam as iniciais da palavra CRISTÓS (Cristo). Esta significação simbólica é, porém, ignorada por muitos.

Símbolos II


São as iniciais das palavras latinas Iesus Nazarenus Rex.

Símbolos


Iniciais das palavras latinas Iesus Hominum Salvator, que significam: Jesus Salvador dos homens. Empregam-se sempre em paramentos litúrgicos, em portas de sacrário e nas hóstias.

O que tem a morte de Jesus a ver com não se comer carne?


Uns por convicção, outros por tradição. Muitos católicos optam, hoje, por se abster de comer carne, optando por se alimentar de peixe. Em dia de Sexta-Feira Santa, a Igreja Católica recomenda, na sua doutrina tradicional, que os crentes recordem a morte de Jesus também através da alimentação. Mas o que tem o peixe a ver com o facto de Jesus ter morrido?Num estudo sobre as origens desta tradição, o teólogo Cyrille Vogel (em Eucharisties d"Orient et d"Occident, ed. Cerf, Paris), propõe que o peixe, mais que um substituto da carne, era, entre os primeiros cristãos, um elemento de uma refeição sagrada. Possivelmente, uma tradição herdada do judaísmo, em primeiro lugar, e de outras religiões.
No caso cristão, o peixe como "alimento sagrado" está também fortemente filiado em várias das refeições de Jesus contadas nos evangelhos - e, em especial, nas refeições após a ressurreição, quando Jesus se encontra com os seus companheiros mais próximos. Terá sido na Síria, diz Vogel, que pela primeira vez o peixe como simbólica cristã foi introduzido. "Olha-se muitas vezes para o cristianismo como religião do sofrimento, do sacrifício e da reparação", diz João Eleutério, padre e professor de Teologia dos Sacramentos na Universidade Católica, referindo-se à proposta tradicional da abstinência. "Mas o ponto de partida devem ser as refeições pascais de Jesus, após a ressurreição. É sobretudo a liberdade de Jesus, na entrega que ele livremente faz de si mesmo, que está em causa, e não um qualquer fatalismo."Terá sido Tertuliano (180-220 d. C.), um cristão romano que não conhecia o judaísmo, a travestir a tradição e a propor a abstinência de carne como alimento. Já em meados do século V, Eznik de Kolk escreve que, como Jesus comeu peixe depois de ressuscitar, os cristãos devem seguir-lhe o exemplo. O peixe tinha outro simbolismo entre os cristãos: a palavra grega, ichthys, servia de acróstico para Iesus Christus Theos Yctis Soter, ou seja, Jesus Cristo Filho de Deus Salvador. A evolução histórica e a codificação normativa fizeram o resto e o peixe, em vez da carne, passou a ser a norma para os dias de jejum e abstinência obrigatórios - hoje limitados a Quarta-Feira de Cinzas (primeiro dia da Quaresma, o tempo de preparação da Páscoa) e a Sexta-Feira Santa. Em dois documentos, de 1982 e 1985, a Conferência Episcopal Portuguesa diz que "a abstinência consiste na escolha de uma alimentação simples e pobre". Mas o texto oscila, depois, recordando que "a sua concretização na disciplina tradicional da Igreja é a abstenção de carne". O padre Pedro Ferreira, director do Secretariado Nacional de Liturgia, da Igreja Católica, afirma que o espírito deve ser o de se abster de comer "alguma coisa em benefício de outro mais necessitado". Reconhecendo que falta uma pedagogia mais contemporânea, João Eleutério concorda: "Estamos presos a uma tradição, precisamos de entrar na lógica de que queremos fazer determinado gesto por opção positiva, por oblação, e não como sacrifício no mau sentido."
Público, 21/03/2008

Tradição hebraica

A ideia da calcular a data da Páscoa através do mês lunar surgiu da tradição hebraica. “O povo hebreu celebrava a Páscoa para marcar a saída de Abraão do Egipto”, que foi feita numa época de lua cheia e no início da Primavera. Factos que não aconteceram por acaso: sem iluminação artificial, “as viagens e circulações em massa tinham de ser feitas em lua cheia” e a Primavera marca o início dos “tempos amenos”, explica Rui Agostinho.
A data ganhou relevância para a religião católica uma vez que Cristo foi morto e ressuscitou quando foi comemorar a Páscoa hebraica a Jerusalém. Acontece que, segundo os escritos bíblicos, a ressurreição deu-se num domingo. “É possível ler no Velho Testamento que quando Cristo morreu estava lua cheia”, conta o director do Observatório Astronómico de Lisboa.
Rui Agostinho realça que durante algum tempo as “comunidades católicas espalhadas pelo mundo” não comemoravam a Páscoa no mesmo dia. Foi no Concílio de Nicéia, no ano de 325, que a Igreja estabeleceu a celebração da data no primeiro domingo depois da lua cheia no início da Primavera. “Com isto tenta-se reproduzir ao máximo a morte e ressurreição de Cristo”, explica.
Público

20 março 2008

Bento XVI modifica oração de Sexta-feira Santa


Bento XVI modificou a oração de Sexta-feira Santa pelos judeus, contida no Missal Romano de 1962, cujo uso foi “liberalizado” com o Motu proprio "Summorum Pontificum", em Julho de 2007.
O jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, publica na sua edição de hoje uma nota da Secretaria de Estado na qual se anunciam as referidas modificações, que entram em vigor já a partir do dia 21 de Março.
O Oremus et pro Iudaeis do Missal anterior ao Concílio Vaticano II, publicado no pontificado de João XIII, já não incluía a expressão “pérfidos judeus”, mas pedia a oração dos fiéis para o Senhor retirasse dos seus corações “a cegueira” e a “obscuridão”. O novo texto de Bento XVI pede a oração pelos judeus para que o Senhor “ilumine o seu coração” para que reconheçam em Jesus “o salvador de todos os homens” e todo o povo de Israel “seja salvo”.

Primavera


Começou a Primavera!

Avaliação e Burocracias

"Todos os sistemas burocráticos têm um problema com a avaliação. Querem ao mesmo tempo duas coisas: (1) avaliação “objectiva” e (2) avaliação que faça sentido. Estes dois objectivos são contraditórios. Nenhuma avaliação objectiva faz muito sentido e nenhuma avaliação que faça sentido é totalmente objectiva.
A melhor solução burocrata para este problema é a senioridade. É objectiva (reduz-se a um número simples, o número de anos que a pessoa trabalhou) e tem alguma ligação com a capacidade de trabalho.
Outra solução já tentada foi o de contar as formações. O resultado foi o aparecimento de milhares de “formações” idiotas. (…) Tal como a moeda má afasta a moeda boa; o enfâse na contagem das formações, desvalorizou as formações.
Não há verdadeiramente outra solução numa burocracia. Quando estas duas soluções falham, há pouco que se consegue fazer.
Uma avaliação subjectiva é inaceitável. (…)
No entanto, a decisão final é feita por uma decisão pessoal que é mais do que a aplicação de uma fórmula matemática. As burocracias gostam de fórmulas matemáticas.
Uma burocracia lida muito mal com avaliações subjectivas. Em qualquer grande organização, estas tornam-se disfuncionais. (…)
Assim, um sistema subjectivo numa grande burocracia estatal funcionará mal. (…) Não há solução burocrática para o problema da avaliação da burocracia."
March 9th, 2008 ·
Rabbit’s blog

Avaliação deixa de ter observação de aulas

"Parâmetros como a observação de aulas, as notas dos alunos e a planificação de actividades deixam de ser obrigatórios na avaliação que o Ministério da Educação quer fazer, este ano lectivo, dos cerca de sete mil professores contratados e em vias de progressão na carreira. “Para que estes professores sejam avaliados este ano lectivo, bastarão a ficha de auto-avaliação e depois a ficha do presidente do conselho executivo”, explicou Álvaro Santos, presidente do Conselho de Escolas (CE), adiantando alguns dos compromissos alcançados na reunião mantida ontem com o ME.
Deste modo, deixará de ser necessária a “ficha” do coordenador/avaliador, “que implicava a observação de aulas, a planificação de actividades e uma outra série de dimensões, como a relação com o meio e a relação pedagógica”, especifica Álvaro Santos. De acordo com este responsável, as notas dos alunos e a avaliação dos pais também podem desaparecer. “Se as escolas assim o entenderem”, adiantou, explicando que “a avaliação passará a ser feita dentro das condições observáveis em cada escola”.O ME ter-se-á ainda comprometido a garantir a formação dos avaliadores, nomeadamente dos presidentes dos conselhos executivos. “Este ponto assumiu agora um carácter de urgência”, adiantou o presidente do CE. No ano lectivo 2008/09, quando a avaliação se alargar a todos os professores do quadro, “será atribuído um crédito horário às escolas que implicará horas equiparadas à componente lectiva, ou seja, no pré-escolar e no primeiro ciclo, por exemplo, o coordenador/avaliador ficará dispensado de dar aulas”.“Nestas condições acordadas”, diz Álvaro Santos, que representa os conselhos executivos das 1200 escolas do ensino básico e secundário do país, “torna-se exequível a avaliação nas escolas”, mais ainda porque “ficou a garantia de total apoio por parte do ministério às escolas que tiveram dificuldades em elaborar os instrumentos de avaliação”.
Publicado por JoaoMiranda em 13 Março, 2008
Avaliação simplificada

Declaratiõne

Este blog pretende ser um portfolio digital no qual constarão pesquisas, comentários, registos, opiniões, links..., enfim, ferramentas para a partilha de um professor real.

Opinião

“(…)Sobre a génese do que se veio a passar, deixei escrito, há 16 anos: “No desrespeito pelos professores licenciados, o Estatuto da Carreira Docente integrou num quadro único licenciados e bacharéis, leccionando do ensino infantil ao ensino secundário, sem ter na devida conta as estaturas científicas, técnicas e pedagógicas dos respectivos docentes, transformando anões em gigantes e gigantes em anões! (“Jornal de Notícias”, 25.Junho.1992).(…)”
Rui Baptista in blog De Rerum Natura -15/03/2008

Indisciplina grave - II

Repost do video original no YouTube que entretanto havia sido retirado. O video está também disponível no Sapo.

Indisciplina grave

Video "9º C em grande - pp vs stora françes" (sic) - da autoria de Isaac Daniel Martins
Escola Secundária Carolina Michaellis, Porto?
Colocado no YouTube em 13-3-2008 sob a categoria "Comedy"

How we judge the thoughts of others


De um artigo publicado na revista Nature, intitulado “How we judge the thoughts of others”, que atribui a diferentes divisões do cérebro a capacidade para nos relacionarmos bem ou mal com as pessoas ou com os objectos.
Pelo que entendi, o nosso cérebro selecciona ou capta logo as afinidades e de certo modo desconsidera os diferentes, por assim dizer, o que é uma maneira muito mais sólida de explicar o velho ditado que diz que “o coração tem razões que a razão desconhece”. Afinal, não é o coração, esse pobre órgão vilipendiado à séculos, ele afinal não percebe nada de nada, o nosso cérebro, inteligente como é, trata de resolver logo tudo à partida, avançando com a zona que cuidará de proteger os congéneres e relegando os pobres diferentes para uma zona muito mais crítica, que olhará impiedosamente os que não emitirem logo sinais de serem afins.

posted by Suzana Toscano

19 março 2008

Óbito


Escritor, ficcionista, um dos meus preferidos. Quem não se lembra de "2001 Odisseia no Espaço"?

Aniversariante


A Sr.ª Ministra da Educação completa hoje o seu 52º aniversário. Sinceros parabéns!

Exposição de trabalhos do 5ºC




Data incorrecta nas fotos. A exposição teve início em 11/03/2008.

Trabalhos realizados pelo 5º C em Área de Projecto, sob coordenação dos professores Eulália Amaro e Luís Bernardo.

Yeshua



Nova geração de notas de euro

A nova geração de notas de euro, a ser introduzida no mercado no início da próxima década, vai ter segurança redobrada, segundo o Banco Central Europeu (BCE) que iniciou trabalhos preparatórios para a produção da próxima série de notas tendo em conta tecnologias de ponta, para evitar a contrafacção que está cada vez mais avançada. As novas notas terão um desenho igualmente inspirado no tema «Épocas e Estilos na Europa», como a série actual, de forma a garantir a continuidade. A substituição do novo dinheiro será efectuada de forma gradual, demorará vários anos desde o seu lançamento para que se substitua a totalidade da série actualmente em circulação.

Avaliação do Desempenho Docente

Acção:
I - Autonomia das Escolas e Avaliação do Desempenho Docente
Destinatários: Elementos de Conselhos Executivos (1 por escola)
Encontros Temáticos
Locais (turmas): 3 Norte, 2 Centro, 3 LVT, 1 Alentejo, 1 Algarve
Calendário e Horário: a publicar
Informações: dsie@dgidc.min-edu.pt e correio@dgrhe.min-edu.pt
A INSCRIÇÃO PARA ESTA ACÇÃO DE FORMAÇÃO É FEITA ATRAVÉS DO LINK https://concurso.dgrhe.min-edu.pt/AEADC, NÃO SERÃO ACEITES INSCRIÇÕES ENVIADAS PELO MODELO FICHA DE IDENTIFICAÇÃO E INSCRIÇÃO DE FORMANDO.

Curso de formação para professores de História: Portugal na segunda metade do século XX – da ditadura à democracia

A DGIDC, no âmbito da cooperação que tem vindo a estabelecer com a Associação 25 de Abril (A25A), informa que se encontram abertas as inscrições para um curso de formação dirigido a professores de História, subordinado ao tema: Portugal na segunda metade do século XX – da ditadura à democracia. Este curso, realizado em parceria com a Associação de Professores de História (APH), tem lugar no Porto e em Coimbra. Para mais informações e inscrição consulte www.25abril.org.

Literacia

PLANO NACIONAL DE LEITURA
O Plano Nacional de Leitura tem como objectivo central elevar os níveis de literacia dos portugueses e colocar o país a par dos nossos parceiros europeus.

Poesia

Dia Mundial da Poesia - 22 de Março, no CCB

Normas para Colaboradores

A revista Noesis é publicada em duas versões: em papel e on-line.
A consulta da revista on-line é livre e está disponível em www.dgidc.min-edu.pt , no campo “Revista Noesis”.
A publicação on-line está aberta a colaborações, pretendendo fazer a divulgação de boas práticas, materiais produzidos pelos professores, projectos de escolas, artigos teóricos, etc. Para tanto inclui os campos “Da escola para a escola” e “Pensar, falar, fazer educação ” Os trabalhos devem ser submetidos através do email revistanoesis@min-edu.pt.
Os artigos não devem exceder os 70 000 caracteres (artigos teóricos), ou 1 MB. Pode, em alternativa, estabelecer-se um link com uma página ou site de origem.
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Pais!



18 março 2008

Formação - Aplicação do modelo

"Maria de Lurdes Rodrigues esteve ontem reunida durante a tarde com este grupo constituído há oito dias. Jorge Nascimento, responsável pelos centros de formação do Norte e um dos elementos do grupo, disse ao DN que serão definidos quatro programas de formação dirigidos a presidentes do conselho executivo, coordenadores de departamento, professores titulares avaliadores e docentes avaliados.
"Não vamos fazer nenhum curso intensivo. A formação terá apenas 12 a 15 horas. Pretende-se que sejam discutidas questões relacionadas com a aplicação do modelo. E é desejável que todos os avaliadores tenham acesso a esta formação", disse. Para os docentes avaliados, diz o Ministério, serão organizadas acções de formação em metodologias e técnicas de auto-avaliação. Jorge Nascimento não adiantou quando começarão as acções, mas acredita que até ao fim do ano lectivo muitos professores possam beneficiar delas."

Fado

Com o descongelamento da progressão das carreiras, a partir de Janeiro, a suspensão do Decreto Regulamentar nº 2/2008 criaria um vazio legal e todos os professores que reunissem condições teriam de progredir. Mas com que legislação? A anterior. Era muita gente a progredir e o Ministério das Finanças não deixa.

17 março 2008

Profissão: Professor


Porque será que de uma profissão que dizem tão privilegiada, também dizem que só a têm aqueles que não encontram mais nada?

Magistrados públicos em solidariedade com os professores

Os magistrados públicos manifestaram hoje «total solidariedade» com os professores, justificando que as reformas educativas do Governo são «apenas uma das faces de uma política que visa destruir o aparelho de Estado».
Cerca de 100 mil professores, segundo os sindicatos, participaram hoje na «Marcha da Indignação», exigindo a demissão da ministra da Educação, a renegociação do Estatuto da Carreira Docente e a suspensão do processo de avaliação de desempenho.
Numa moção, hoje aprovada em Assembleia-Geral, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público defendeu que «a prática do Governo ao atentar contra a escola pública é apenas uma das faces de uma política que visa destruir o aparelho de Estado e privilegiar os interesses económicos dominantes».
Os magistrados públicos argumentaram, no mesmo documento, que «a sistemática atitude do Governo de falta de diálogo e de respeito para com os professores não se diferencia de idêntica atitude que tem vindo a assumir perante os magistrados».
O sindicato reforçou mesmo que tal atitude «mais não reflecte que a tentativa de condicionar a autonomia e a liberdade de pensamento de corpos sociais capazes de reflectir».
Como tal, os magistrados do Ministério Público decidiram «saudar a grandiosa manifestação dos professores de Portugal, e manifestar-lhes total solidariedade».
Diário Digital - 08-03-2008

Escola Portuguesa de Moçambique


Nos dias 13 e 14 de Março ocorreu no Maputo Shopping Center a II Feira da Educação, na qual a EPM-CELP esteve presente. Em sua representação, estiveram os alunos do 9ºC , Cristina Brito, Inês Campos, Eduarda Ferreira, Ivan Martins, Bruno Pepe e Stefano Gomes que tiveram a função de explicar aos muitos estudantes das diversas escolas de Maputo sobre as temáticas expostas. Os trabalhos expostos foram de autoria das turmas do 9ºC e do 10ºA, realizados nas disciplinas de Área Projecto com o professor Arsénio Sitoe e de Biologia com a professora Ana Catarina respectivamente. Os temas expostos foram Curiosidades Cíentificas e Profissões. Este evento contou também com a participação do Gabinete de Psicologia.

Privilégios

"Em vez de o extinguir, como devia, o Governo resolveu aumentar o famigerado subsídio de habitação dos magistrados. Não existe nenhuma justificação razoável para este subsídio universal. Tal como noutros casos no sector público, o subsídio de habitação deveria beneficiar somente quem reside demasiado longe do local onde exerce funções e limitar-se à indemnização dos custos adicionais causados pela necessidade de ter um segundo alojamento. O princípio da igualdade manda tratar de forma desigual as situações desiguais.Quando em todo o sector público, incluindo os órgãos de soberania, todos compartilham solidariamente das restrições financeiras ao aumento de remunerações, há pelos vistos quem consiga aumentos privativos por portas travessas. Decididamente, a disciplina financeira não é igual para todos..."
[Publicado por Vital Moreira] [12.3.08]

16 março 2008

Mundo

O Nyasa Times afirma que a feitiçaria está a tornar-se um fenómeno "brutal" (sic) no Malawi, país com o qual Moçambique faz fronteira pelas províncias do Niassa, da Zambézia e de Tete. Nas comunidades abundam as histórias do aparecimento de fantasmas. Funcionários do Estado, incluindo professores e polícias, acreditam na feitiçaria. O governo não revitaliza o Acto da Feitiçaria, o que permitiria à polícia a tomada de decisões drásticas. Confira aqui. Se quer ler em português, use este tradutor.

A ilusão de que o PS já perdeu a maioria absoluta

"É uma ilusão. Primeiro, porque as sondagens que o dão a perder a maioria absoluta, dão-no por uma pequena percentagem, nalguns casos dentro da margem de erro. Segundo, porque ainda falta ano e meio e a memória das muitas dezenas de milhares na rua, pode ser daqui a uma ano, apenas isso, uma memória. O governo ainda tem muita coisa na caixinha das surpresas, como por exemplo, uma descida de impostos e regalias diversas a distribuir. Nunca pode ser muito, mas pode ser o suficiente. E terceiro e último, não se perde a maioria apenas porque há usura do governo, tem que haver alternância. E quanto a isso, a alternância que está à vista pode contribuir muito significativamente como factor de rejeição a dar mais uns votos ao PS. Em 2005, o PS potenciou e muito os seus ganhos com votos de rejeição contra a “oferta” que o PSD dava ao eleitorado. Há alguma razão para pensar que em 2009 vai adorar o que rejeitou em 2005? Nenhuma."
Pacheco Pereira, in Blog Abrupto

Proposta

O que propôs a Plataforma Sindical para desbloquear a actual situação?
1. Suspensão do processo de avaliação do desempenho, sem prejuízo para qualquer docente;
2. Não aplicação, no corrente ano escolar, de qualquer procedimento decorrente do novo diploma de gestão escolar;
3. Negociação de regras para elaboração dos horários dos docentes no próximo ano lectivo (consideração efectiva da formação contínua como integrada no horário laboral e consideração de um período mínimo de 9 horas semanais para a componente individual de trabalho);
4. Respeito pelas decisões e sentenças dos tribunais.
A Plataforma Sindical considerou, ainda, importante a reabertura, em 2009, de processos negociais de revisão do Estatuto da Carreira Docente, da direcção e gestão das escolas e do regime de Educação Especial.

Três anos depois



15 março 2008

Pecados


Tribunal do Vaticano anuncia quatro novos pecados:
Pesquisa genética, drogas, injustiças sociais e crimes contra o meio ambiente, agora são pecados sociais.

14 março 2008

Divulgação científica


A Comissão Europeia, entendeu distinguir Nuno Crato, com um dos European Science Awards, pelo mérito de este saber divulgar a ciência, particularmente a Matemática, com um estilo próprio, que designaram como "abordagem Crato".
O matemático e divulgador português Nuno Crato foi um dos agraciados hoje em Bruxelas com um dos European Science Awards (ex-Descartes prize), numa cerimónia pública tida esta tarde no Flagey Building, com a participação do Comissário Europeu para a Ciência e a Investigação, Janez Potocnik, do ministro em exercício na presidência europeia, Mojca K. Molinar, de representantes da imprensa europeia e de todo o mundo, e de centenas de convidados.

Da educação

«Chegamos assim, queridos amigos de Roma, talvez ao ponto mais delicado da obra educativa: encontrar um justo equilíbrio entre a liberdade e a disciplina. Sem regras de comportamento e de vida, feitas valer dia após dia também nas pequenas coisas, não se forma o carácter e não se está preparado para enfrentar as provas que não faltarão no futuro. Mas a relação educativa é antes de tudo o encontro de duas liberdades e a educação com sucesso é formação para o recto uso da liberdade. Mas à medida que a criança cresce, torna-se um adolescente e depois um jovem; portanto devemos aceitar o risco da liberdade, permanecendo sempre atentos a ajudá-lo a corrigir ideias e opções erradas. O que nunca devemos fazer é favorecê-lo nos erros, fingir que não os vemos, ou pior partilhá-los, como se fossem as novas fronteiras do progresso humano. Portanto, a educação nunca pode prescindir daquela respeitabilidade que torna credível a prática da autoridade. De facto, ela é fruto de experiência e competência, mas adquire-se sobretudo com a coerência da própria vida e com o comprometimento pessoal, expressão do amor verdadeiro. Portanto, o educador é uma testemunha da verdade e do bem: sem dúvida, também ele é frágil e pode falhar, mas procurará sempre de novo pôr-se em sintonia com a sua missão. Caríssimos irmãos de Roma, destas simples considerações sobressai como é decisivo na educação o sentido de responsabilidade: responsabilidade do educador, certamente, mas também, e na medida em que cresce com a idade, responsabilidade do filho, do aluno, do jovem que entra no mundo do trabalho. É responsável quem sabe responder a si mesmo e aos outros. Além disso, quem crê procura responder a Deus que o amou primeiro. A responsabilidade é em primeiro lugar pessoal, mas existe também uma responsabilidade que partilhamos juntos, como cidadãos de uma mesma cidade e de uma nação, como membros da família humana e, se somos crentes, como filhos de um único Deus e membros da Igreja. De facto as ideias, os estilos de vida, as leis, as orientações gerais da sociedade em que vivemos, e a imagem que ela dá de si mesma através dos meios de comunicação, exercem uma grande influência sobre a formação das novas gerações, para o bem mas muitas vezes também para o mal. Contudo a sociedade não é uma abstracção; no final somos nós próprios, todos juntos, com as orientações, as regras e os representantes que elegemos, mesmo sendo diversos os papéis e as responsabilidades de cada um. Portanto, há necessidade da contribuição de cada um de nós, de cada pessoa, família ou grupo social, para que a sociedade, começando pela nossa cidade de Roma, se torne um ambiente mais favorável à educação. Por fim, gostaria de vos propor um pensamento que desenvolvi na recente Carta Encíclica Spe salvi sobre a esperança cristã: a alma da educação, como de toda a vida, só pode ser uma esperança certa. Hoje a nossa esperança está insidiada de muitas partes e corremos o risco de nos tornarmos, também nós, como os antigos pagãos, homens "sem esperança e sem Deus neste mundo" como escrevia o apóstolo Paulo aos cristãos de Éfeso (Ef 2, 12). Precisamente daqui nasce a dificuldade talvez mais profunda para uma verdadeira obra educativa: na raiz da crise da educação está de facto uma crise de confiança na vida.»
Da Carta do Papa Bento XVI à diocese e cidade de Roma sobre a tarefa urgente da educação, Vaticano, 21 de Janeiro de 2008

Generoso...


A Bíblia está cheia de referências estimulando a generosidade. O livro de Provérbios exemplifica isso de modo abundante. Nele está escrito: “Quem dá alívio aos outros, alívio receberá”. Diz: “Quem é generoso será abençoado”. “Quem trata bem os pobres empresta ao Senhor, e Ele o recompensará”.
Referências bíblicas: Pv 11.25; 22.9; 19.17; 14.21; 2 Co 9.6

Manuais escolares

MANUAIS ESCOLARES
Ano Lectivo de 2008/2009
I. - Vigência da adopção
A vigência da adopção de manuais escolares para o próximo ano lectivo deverá ser estabelecida a partir do novo enquadramento legal e designadamente da regulamentação da Lei nº 47/2006, de 28 de Agosto, que integra as normas necessárias para o período de transição.
II. - Novas adopções
9.º ano - com excepção das disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Educação Tecnológica;
11.º ano - com excepção das disciplinas de Português, Matemática A, Matemática B, Matemática Aplicada às Ciências Sociais e História e Cultura das Artes.
III. - Prazos de adopção
9.º ano – 28 de Abril a 23 de Maio de 2008
11.º ano – 28 de Abril a 23 de Maio de 2008

Quadro comparativo ECD´s - II


Quadro comparativo ECD´s


13 março 2008

Cavaco Silva no Bazaruto



O Presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, estará dentro de dias na Ilha de Bazaruto a passar alguns dias de férias antes de iniciar a sua Primeira Visita oficial a Moçambique como Chefe de Estado, prevista para dentro de uma semana.Cavaco Silva é um grande de amigo de Moçambique, aqui viveu uma parte da sua juventude e fez muitos amigos.

MEDIA FAX - 12.03.2008

Visão


«Os professores e educadores deste país são um grupo decisivo para o futuro do país, um grupo porventura mais decisivo que os políticos, que os técnicos e os financeiros».

D. José Policarpo (Cardeal Patriarca de Lisboa)

11 março 2008

MULHER...


Um país, dois modelos


Aqui há uns anos, quando Hong-Kong voltou a ser integrado na China havia uma frase-slogan que se ouvia muito, afirmada pelas autoridades chinesas: “um país dois sistemas”.Tanto quanto eu entendia era um piscar de olho a Taiwan, dando a crer que se podiam integrar todos na mesma nação, porque não era difícil fazer conviver no “mesmo país” dois sistemas económicos diferentes. Muito diferentes!
Portugal segue-lhe o modelo, no referente à Educação.
No Continente aplica um modelo, nas Regiões Autónomas aplicam-se outros!

10 março 2008

Maioria das escolas pede adiamento do processo de avaliação

Maioria das escolas pede adiamento do processo de avaliação
10.03.2008 - 19h21 Lusa
A maioria dos estabelecimentos de ensino pediu o adiamento do processo de avaliação dos professores, alegando "grandes dificuldades" na sua aplicação este ano lectivo, revelou o presidente do Conselho das Escolas (CE), Álvaro Almeida dos Santos.
"A maior parte das escolas afirma não estar em condições de avançar e, por isso, solicita que a aplicação do processo arranque apenas em 2008/09", afirmou Almeida dos Santos.
Segundo o responsável deste órgão consultivo do Ministério da Educação (ME), as "grandes dificuldades" sentidas pelas escolas e invocadas para justificar o pedido de adiamento prendem-se com "a falta de maturação dos instrumentos, a ausência de recomendações específicas do Conselho Científico [para a Avaliação de Professores] e a complexidade de todo o processo". Os problemas reportados levaram o CE a requerer à tutela uma reunião extraordinária, a realizar quarta-feira, na qual vai salientar "a necessidade de serem dadas condições para o desenvolvimento mais eficaz da avaliação".

Resultados - 8/3/2008


Os articulistas e colunistas podem fazer coro. Mas os professores são muitos, têm influência social e estão em todo o lado. São fazedores de opinião descentralizados. E dois terços deles vieram a Lisboa manifestar-se.
Quem não souber medir a dimensão do problema que tem entre mãos está enganado na vida que escolheu.

8/3/2008


8/3/2008


07 março 2008

Joel Serrão


Morreu Joel Serrão, renovador da historiografia portuguesa

Figura incontornável da historiografia portuguesa, Joel Serrão faleceu anteontem, em Sesimbra, vitimado por uma doença. Tinha 88 anos, muitos dos quais dedicados à investigação e à escrita. Publicou dezenas de obras, como o "Dicionário de História de Portugal", cuja primeira edição data dos anos 60 e ainda hoje é fonte de consulta obrigatória. Mas também escreveu monografias de cariz económico e social, além de textos sobre poetas. Foi pioneiro no estudo da História do século XIX em Portugal.

À obra de Joel Serrão - por muitos lembrado também como uma pessoa simples e civicamente interveniente - se deve, a par da de contemporâneos seus, a primeira aproximação às correntes historiográficas europeias do pós-guerra, sobretudo à revista francesa "Annales", fundada por Marc Bloch e Lucien Febvre. Hoje, é unânime a opinião de que foi um dos investigadores que mais contribuíram para uma visão de conjunto da história moderna portuguesa.

Nascido no Funchal em 1919, Joel Serrão licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Foi professor do ensino secundário em várias cidades do país e também deu aulas em duas universidades da capital, tendo ainda sido membro do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian.

Chegou a 4ª vaga


"Em termos de educação é esperado que as escolas preparem os jovens para vidas produtivas; mas enquanto os negócios mudam muito rapidamente as escolas mudam muito muito devagar."
Alvin Toffler

O que eles dizem - IV

(...) "Acho estranho que ainda ninguém tenha aparecido a dizer que o movimento dos professores é um movimento social de tipo novo, espontâneo e não tutelado por partidos ou sindicatos. O que é uma boa indicação de que pode ser mesmo um movimento de tipo novo. Tão novo que os adeptos das causas e dos movimentos sociais não o conseguem entender ou capturar.
(...) Estas manifestações organizadas por blogs e SMS são aquilo com que uma certa esquerda sempre sonhou. Só que aquilo está um bocado fora de controlo. Não pode ser facilmente apropriado pelas forças políticas oficiais. Não existem interlocutores fiáveis. Nenhuma negociação é possível."
Publicado por JoaoMiranda em 4 Março, 2008 - Publicado em Geral

O que eles dizem - III

"Há quem tenha a ilusão de que uns milhares de professores na rua arrastam a demissão da ministra da educação. Não se dão conta de duas coisas elementares: (i) Maria de Lurdes Rodrigues já deu sobejas provas de que não se deixa impressionar pela contestação; (ii) Sócrates nunca poderia ceder aos protestos de uma classe profissional, ainda por cima sem apoios na população em geral.De resto, para além de justa em si mesma, a reforma da educação rende mais votos do que os que faz perder... "
[Publicado por Vital Moreira] [2.3.08] [Permanent Link]

O que eles dizem - II

(...) "Mesmo assim estou convencido que há muitos professores disponíveis para dar o seu melhor pela qualidade do ensino e o sucesso dos seus alunos, professores que merecem chegar ao topo de carreira independentemente de quotas. Mas parece que a ministra confundiu as circunstâncias com os intervenientes, isto é, pensou que porque o sistema permite a incompetência todos serão incompetentes." (...)
In Blog "O Jumento", às 12:30 links para este post