Primeiro, esperança, depois o anúncio da guerra

A 1 de Agosto de 1939, DN tinha uma foto de um grupo de crianças inglesas de mão dada. Na segunda edição, o DN já prescindia dessa ilusão e só tinha duas fotos, de soldados polacos e tanques ingleses – é essa capa que está na página ao lado, no centro. Em ambas as edições, o DN aposta numa réstia de esperança: ‘Enquanto se espera o milagre’, titula o editorial. Mas derrotado pelos factos, o DN, nesse dia, publica um suplemento, dizendo: ‘A Guerra’.
http://150anos.dn.pt/2014/08/30/primeiro-esperanca-depois-o-anuncio-da-guerra/
75 anos depois do eclodir da 2ª Guerra Mundial estamos às portas de nova guerra na Europa.
A ambição desmedida de certos chefes de estado não pressagia nada de bom para os próximos tempos.
Querer estabelecer novas fronteiras com a desculpa de sonhos temerários de antanho, de impérios desmedidos, de recalcamentos do subconsciente, dá nisto: estarmos mais do que inquietos com o desfecho da situação no Leste da Europa.
Eleger chefes com perfis estranhos é perigoso. Mais cedo ou mais tarde arrastam os seus povos para guerras bárbaras, inúteis, prolongadas, que semeiam a destruição, a morte, a miséria, enquanto suas excelências ‘brincam’ nas salas de comando com as vidas de milhões em nome de quimeras…