A webquest "As Civilizações Clássicas" destina-se a alunos do 7º ano de escolaridade.
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Hodie mihi, cras tibi. "Artigo 19.° Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão." Declaração Universal dos Direitos Humanos
27 novembro 2006
26 novembro 2006
Homenagem poética a Mário Cesariny
ALI
Bailam as pútridas franjas
do cadáver
açoitado pela luz e a noite.
Os ventos da solidão
o perderam;
a melodia do cansaço
o deixou gasto...
Agora o baile é sereno.
Sereno
sereno como uma morte distante
e ao acaso...
Onde todos estão
já não está ninguém.
Agora o baile é sereno.
Pó
Ergueram-me uma estátua.
Dizem que sou eu
quando vivo...
E agora, quando morto,
como sou?
Eu queria uma estátua
de mim,
quando morto!
Pintor e poeta português, natural de Lisboa. A sua formação artística inclui o curso da Escola de Artes Decorativas António Arroio e estudos na área de música, com Fernando Lopes Graça. Mais tarde, viria a frequentar a Academia de La Grande Chaumière, em Paris, cidade onde conheceu André Breton, em 1947. Rapidamente atraído pelas propostas do movimento surrealista francês, tornou-se um dos mais importantes defensores do movimento em Portugal. Ainda nesse ano, integrou o Grupo Surrealista de Lisboa. Cesariny, figura sempre inquieta e questionadora, afastava-se assim, de maneira definitiva, do movimento neo-realista. Passou a adoptar uma atitude estética de constante experimentação, logo visível nas suas primeiras colagens e pinturas informalistas realizadas com tintas de água, e distribuídas no suporte de forma aleatória. Seria este princípio anárquico que conduziria a obra de Cesariny ao longo da sua vida (incluindo a sua produção poética, que o autor considerava construir a partir deste desregramento inicial das suas experiências na pintura). A continuidade da sua prática plástica levá-lo-ia, portanto, a seguir uma corrente gestualista, por vezes pontuada de um corrosivo humor. Dinamizador da prática surrealista em Lisboa, Cesariny iria criar «antigrupos», com a mesma orientação mas questionando e procurando um grau extremo de espontaneidade, tentativa também visível na sua obra poética. Participou, em 1949 e 1950, nas I e II Exposições dos Surrealistas, pólos de atenção de novos pintores, mas ignoradas pela imprensa. Crescentemente dedicado à escrita, Cesariny viria a publicar as obras poéticas Corpo Visível (1950), Discurso Sobre a Reabilitação do Real Quotidiano (1952), Louvor e Simplificação de Álvaro de Campos (1953), Manual de Prestidigitação (1956), Pena Capital (1957), Nobilíssima Visão (1959), Poesia, 1944-1955 (1961), Planisfério e Outros Poemas (1961), Um Auto para Jerusalém (1964), As Mãos na Água a Cabeça no Mar (1972), Burlescas, Teóricas e Sentimentais (1972), Titânia e a Cidade Queimada (1977), O Virgem Negra. Fernando Pessoa Explicado às Criancinhas Naturais & Estrangeiras (1989), e a obra de ficção Titânia (1994). A edição da sua obra não segue linearmente a cronologia da sua produção. Corpo Visível é o volume em que as características surrealistas são já dominantes — em textos anteriores, a denúncia social aproximava-se, por vezes, do neo-realismo, embora já em Nobilíssima Visão esta escola fosse objecto de um olhar crítico. O humor, o recurso ao non-sense e ao absurdo, são marcas da escrita de Cesariny, de uma ironia por vezes violenta, que incide sobre figuras e mitos consagrados da cultura portuguesa e ocidental. Da sua obra escrita sobre a temática do surrealismo, que analisou e teorizou em vários textos, fazem parte A Intervenção Surrealista (1958), a organização e autoria parcial da Antologia Surrealista do Cadáver Esquisito (1961), a antologia Surreal-Abjection(ismo) (1963), Do Surrealismo e da Pintura (1967), Primavera Autónoma das Estradas (1980) e Vieira da Silva – Arpad Szènes, ou O Castelo Surrealista (1984).
24 novembro 2006
Aprendendo História - O documento iconográfico
O DOCUMENTO ICONOGRÁFICO
Por documento iconográfico entende-se toda a imagem pintada, desenhada ou esculpida que nos transmite informação sobre a História e, através da qual, podes conhecer melhor uma realidade específica.
A análise de um documento iconográfico é semelhante à análise dos documentos escritos.
Conhecer o autor e a data da realização de um documento iconográfico é importante para a sua própria análise histórica. Todavia, muitas vezes é impossível identificar o seu autor num documento deste tipo e, nesse caso, dizemos que se trata de um autor anónimo. relativamente à datação dos documentos deves fazer o possível para indicar, pelo menos, o século em que este terá sido produzido.
No caso concreto o autor é o pintor moçambicano Malangatana. Quanto à data de produção ocorreu na segunda metade do século XX.
A descrição de um documento iconográfico é importante para a sua análise histórica e artística. Por isso, deves descrever a imagem ao pormenor, identificando personagens, objectos, símbolos, lugares, tudo o que for capaz de dar informações a partir das quais possas elaborar a explicação da imagem.
Deves ainda tomar atenção a eventuais textos explicativos auxiliares que podem de algum modo ajudar-te a compreender a imagem e todo o seu contexto histórico-artístico.