Historicando

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31 maio 2013

Até que enfim! - Governo afasta gestores das empresas públicas ligadas aos Swap

O Governo começou a chamar esta sexta-feira, um a um, os funcionários envolvidos nos chamados contratos Swap, para os informar de que, no seu entender, já não estão reunidas as condições objectivas para a permanência nos respectivos cargos. Presidentes executivos, administradores e gestores financeiros das empresas envolvidos neste tipo de contrato foram hoje afastados dos seus cargos.
De acordo com o Expresso, os «presidentes executivos, administradores e gestores financeiros das empresas públicas de transportes, Metro de Lisboa e do Porto, Carris, STCP, CP e EGREP - Entidade Gestora de Reservas de Produtos Petrolíferos envolvidos na contratação de swaps tóxicos, foram hoje afastados dos seus cargos pelo Governo».
http://www.tvi24.iol.pt/503/economia---economia/swap-governo-contratos-tvi24/1455659-6377.html?fdf

Portugal não aproveitou o dinheiro da Europa para preparar o futuro

Um estudo sobre os 25 anos de integração de Portugal na Europa mostram um país que evoluiu face ao passado, mas que não conseguiu impulsionar um crescimento sustentado.
As conclusões que se retiram da análise a 25 anos de integração europeia, de 1986 a 2011, não diferem grandemente das conclusões que se tiram da História portuguesa. Antes, como em tempos mais recentes, choveram milhões sobre o país, ora vindos do
Brasil ora vindos de Bruxelas. Mas contrariando o dito popular que diz que "riqueza gera riqueza", os rios de dinheiro escorreram entre os dedos, melhoraram momentaneamente a vida nacional, mas não impulsionaram um crescimento sustentado, que evoluísse sem dependências de bolsos alheios.
A comparação foi feita por Alexandre Soares dos Santos, presidente da Jerónimo Martins, durante a apresentação do estudo 25 Anos de Portugal Europeu, coordenado por Augusto Mateus para a Fundação Francisco Manuel dos Santos e apresentado ontem em Lisboa. "Primeiro vivemos das ex-colónias, depois da Europa. Habituámo-nos à dependência e a confiar na sorte e, quando esse sonho de riqueza foi interrompido,
acabámo-nos a zangar com a sorte e com a Europa", disse. Foram quase 81 mil milhões de euros que fluíram para o país de 1986 a 2011. Mas "muitas andorinhas não fazem a Primavera", disse Augusto Mateus, que considera que este quarto de século de Portugal na Europa se traduziu num "semi-falhanço". A falta de uma estratégia para a aplicação dos fundos comunitários levou a melhorias, mas não lançou o país na senda do desenvolvimento consequente.
"Estamos melhores, fizemos coisas bem feitas, mas cansámo-nos a meio do caminho", afirmou Mateus. "Desaprendemos de crescer, desconstruímos o que construímos na Europa e hoje somos um país extremamente corporativo, com os interesses focalizados no que o Estado faz ou deixa de fazer", acrescentou.
No estudo são analisados dezenas de indicadores que dão conta da evolução da sociedade e economia portuguesas, com enfoque para os resultados da aplicação dos fundos estruturais. O resultado é um país mais evoluído, mas aquém, muito aquém, do ideal. "Uma geração não foi suficiente para sairmos de uma situação de país de coesão", disse.
Para o coordenador do estudo, Portugal falhou ao não prosseguir políticas autónomas, com uma estratégia e caminhos concertados, reduzindo essas políticas à mera gestão dos fundos. Exemplificando: investiu-se na ciência, no conhecimento - foram 26 mil milhões de euros só para cursos de formação profissional -, mas não nas empresas que poderiam pôr esse conhecimento em pratica. E seguiu-se uma tendência de mimetismo - se algo dá certo, imita-se, repete-se, até que o modelo de sucesso se esgota.
Mas, sobretudo, e em virtude da ausência de uma linha clara por onde caminhar, houve uma enorme fragmentação nos apoios. "Não contivemos o entusiasmo do 'eu também quero, eu também quero'", disse Mateus, acrescentando que houve uma dispersão dos fundos por uma multidão de projectos, tendo mais presente a preocupação em chegar a todo o país do que definir áreas-chave em que se deveria apostar com os olhos postos na internacionalização.
E exemplificou: "Houve, há uns anos, uma tentativa de revitalizar a indústria têxtil e, juntamente com a Coreia, Portugal pôs de pé um plano com esse objectivo. No caso da Coreia, decidiu-se focar os apoios numa única região têxtil e financiaram-se 17 projectos, em Portugal, foram apoiados 2518 projectos."
Num momento em que se discute o novo pacote de fundos europeus, o estudo (disponível em www.ffms.Pt) pretende apontar os erros para se tentar corrigir opções feitas. Esses erros, ao longo de 25 anos, nunca foram superados "por razões genéticas", disse o ex-ministro da Economia. "Por falta de cultura de prestação de contas, porque há um problema de escrutínio na gestão dos dinheiros públicos", sustentou.
O facto é que há mais de uma década que o país, por mais que tenha evoluído, começou a divergir da Europa, notou Marina Costa Lobo, comissária da conferência 25 Anos de
Portugal Europeu. Basta olhar para os indicadores para que esta divergência salte à vista. Produtividade ou criação de riqueza ficaram aquém da média europeia. Noutros indicadores, o resultado foi o oposto, com destaque para as estradas, em que se começou de uma base muito baixa para, em 25 anos, se ultrapassar largamente a média europeia - foram feitos 9468 quilómetros de vias por todo o país. O consumo, por seu lado, aproximou-se da média europeia, mas como não foi acompanhado, na mesma medida, por criação de riqueza, criaram-se importantes desequilíbrios.
Foi tudo mau? Não, claramente não. Portugal evoluiu em muitos indicadores, a sociedade modernizou-se a atenuaram-se desigualdades. Só que esta evolução não foi feita de forma sustentável -resolveram-se problemas do presente, mas lançaram-se poucas sementes para colheitas futuras.
Viveu-se "uma história de ilusões, de facilidades e de incompreensões".
E hoje, o cidadão, vítima de um défice de informação e de transparência, não sabe quem responsabilizar pelos problemas que vive, salientou Soares dos Santos. É esta lacuna que este estudo pretende colmatar, dando informação ao cidadão para que possa perceber o caminho que até agora se trilhou e tentar evitar desenganos futuros, salientou António Barreto, presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-31/0/5_2053479_339FADE39E8B80658D750A7CC3625283.pdf


Austeridade

  • “Em Portugal, os sociais-democratas sempre foram do centro ou do centro-esquerda, como o próprio Sá Carneiro defendia".
  • "Senhor Presidente [Cavaco Silva], se o povo se manifesta quase todos os dias contra um Governo, este não pode nem deve ser considerado legítimo".

MÁRIO SOARES, EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA na conferência "Dois anos de troika – Libertar Portugal da austeridade", que decorreu na Aula Magna, em Lisboa.


Austeridade

30 maio 2013

Alforreca pode integrar dieta alimentar e inverte o envelhecimento

O consumo alimentar de medusas, comummente designadas como alforrecas, é a nova sugestão da agência das Nações Unidas para a Alimentação para enriquecer a dieta humana, até porque algumas variedades deste ser marinho têm propriedades que invertem o processo de envelhecimento.
De acordo com um documento da FAO (Food and Agriculture Organization) divulgado nesta quinta-feira, em Roma, a melhor forma de combater a proliferação destes seres marinhos, cujo aumento populacional está a ser determinado pela pesca excessiva de peixes predadores – sobretudo no Mediterrâneo e no Mar Negro –, é comê-los, como já se faz na China.
A espécie Turritopsisi nutricula, conhecida como a "medusa imortal", é capaz de inverter o processo de envelhecimento e pode ser objecto de estudos para a elaboração de produtos rejuvenescimento de uso humano.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=636459


Corpo de Deus sem feriado assinalado hoje pela 1ª vez

Hoje, dia do Corpo de Deus, não será feriado em Portugal pela primeira vez e as celebrações religiosas passam para domingo, na sequência da decisão do Governo de suspender o feriado durante cinco anos.
Este feriado deixa de existir a partir deste ano e pelo menos até 2017.
Até este ano, o Corpo de Deus era um feriado nacional religioso móvel, que se celebrava na segunda quinta-feira a seguir ao domingo de Pentecostes (60 dias após a Páscoa).
No entanto, em 2011, o Governo decidiu reduzir os feriados nacionais, impondo como regra o fim de dois religiosos e dois civis, com o objectivo de aumentar os esforços para superar a crise económica e financeira que o país atravessa. (Não vale a pena: a crise económica e financeira em vez de diminuir, aumentou!).
No início de Maio do ano passado, a República Portuguesa e a Santa Sé chegaram então a acordo sobre a redução dos feriados religiosos e decidiram suspender por cinco anos o feriado do Corpo de Deus e o de Todos os Santos (01 de Novembro).
Os dois feriados civis abolidos foram o 5 de Outubro (Implantação da República) e o 1 de Dezembro (Restauração da Independência).
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3247538

29 maio 2013

Observatório acusa Governo de enviesar contas para justificar cortes nas pensões

O Observatório sobre Crises e Alternativas acusa o Governo de ter critérios diferentes na leitura de projecções económicas com o objectivo de desconsiderar intencionalmente o sistema público de pensões. Baseando-se em contas “enviesadas”, diz esta estrutura do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, o executivo sobrevaloriza o peso das pensões na despesa pública.
No último número do Barómetro de Crises, divulgado esta semana, o observatório defende que o Governo de Pedro Passos Coelho parte de pressupostos inconsistentes para defender os cortes nas pensões – que representam a maior fatia das poupanças de 4800 milhões de euros previstas pelo executivo a partir do próximo ano.
O Observatório sobre Crises e Alternativas defende que o Governo parte de “pressupostos de crescimento optimistas quando se trata de argumentar a sustentabilidade da dívida pública (por exemplo) e [de] pressupostos pessimistas quando se quer sugerir a insustentabilidade da Segurança Social”. A isto acrescenta que as contas do Governo se revelam também “enviesadas” porque este apresenta “a despesa em pensões no seu valor bruto, e não o seu valor já descontado da carga fiscal”.
http://www.publico.pt/economia/noticia/observatorio-acusa-governo-de-enviesar-contas-para-justificar-cortes-nas-pensoes-1595869


benfiquista fanatico

28 maio 2013

Esperar até Setembro e Outubro para desfrutar do calor

A má notícia chegou na semana passada através do canal francês de meteorologia Meteo: este ano poderá ser um ano sem verão. Relatório vaticina que estamos prestes a sentir um dos Verões mais frios e húmidos dos últimos 200 anos.
Segundo o relatório apresentado pelo canal francês de meteorologia esta probabilidade acontecerá devido a um inverno longo que levou a um arrefecimento do mar e também à elevada presença de partículas vulcânicas na atmosfera, libertadas pelas fortes erupções ocorridas nos últimos anos em vários pontos do planeta, que servem de 'filtro' aos raios solares, reduzindo o aquecimento provocado pelo Sol. Esta combinação poderá ter um efeito directo sobre o clima durante os meses do verão, explica o jornal espanhol 'Liberdade Digital'.
Algumas estimativas consideram que em 2013, no verão, as temperaturas poderão cair, em média, um a três graus na Península Ibérica. Também haverá precipitação.
Significa isto, de acordo com as previsões do canal Meteo que há 70% de probabilidades de que haja uma ausência completa de verão na Europa Ocidental.
Revelou ainda o Meteo que haverá períodos de calor mas serão de curta duração, com alterações do clima até final de Agosto.
Assim os meses mais quentes não serão, como habitualmente, Julho e Agosto e haverá que esperar até Setembro e Outubro para desfrutar do calor.
O último ano em que não houve verão foi em 1816.
http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=3243303&page=2


Recém-nascido resgatado de cano de esgoto



Os bombeiros chineses resgataram um recém-nascido que estava preso num cano debaixo de uma sanita, num edifício residencial em Jinhua, depois de os vizinhos terem alertado para o choro de um bebé, revelou a televisão pública.
Os bombeiros tiveram que retirar o cano e levá-lo até ao hospital mais próximo, para que os médicos pudessem cortá-lo com cuidado e salvar o bebé, do sexo masculino. A criança encontra-se bem, estando a polícia a procura dos pais.
O abandono de crianças é comum na China, sendo o problema atribuído a um número elevado de jovens mães que não se apercebem que estão grávidas, o nascimento de meninas numa sociedade que dá maior valor a um bebé do sexo masculino ou à política de planeamento familiar chinesa.
Veja as imagens da televisão chinesa, numa reportagem da britânica ITN

Diplomacia de caridade

É positivo que as empresas portuguesas possam receber apoio do banco de fomento alemão, KfW. É importante que o ministro Schãuble se preocupe com os jovens desempregados em Espanha e em Portugal. Mas que a Alemanha resolva adoptar medidas bilaterais avulsas em vez de mudanças sistémicas na sua estratégia é apenas mais um episódio da tragédia europeia em curso.
O fracasso da liderança alemã na resposta à crise é duplo. Em primeiro lugar, teme emendar as causas estruturais que aprofundam a actual fragmentação financeira na Zona Euro, o que leva a que, por exemplo, uma empresa alemã medíocre tenha acesso a um crédito muito mais barato do que uma empresa portuguesa, mais inovadora e com mais potencial. Em segundo lugar, Berlim procura negar a sua paternidade na prossecução duma austeridade que no fim da estrada poderá levar os países "periféricos" à indigência, e os seus credores a arcarem com um monumental calote. Os empresários portugueses receberão os empréstimos a uma taxa de juro ligeiramente superior à da dívida pública alemã. Com isso, ficarão também contentes os exportadores alemães, representados na associação das câmaras de comércio (DlHK), que manifestaram o seu pessimismo com a queda das exportações para a Zona Euro (que regrediu 0,2% no primeiro trimestre). Mas haverá que seguir um ritual de vassalagem: o Bundestag tem de dar um aval formal. A boa vontade da iniciativa alemã apenas sublinha que passámos, na Europa, da lógica multilateral entre Estados iguais para a lógica bilateral da balança de poder entre potências desiguais. O federalismo, sempre evitado por retirar poder aos governos para o conceder aos cidadãos, deu lugar à diplomacia de caridade da potência hegemónica para com os seus protectorados.
VIRIATO SOROMENHO-MARQUES, Professor universitário
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-28/0/5_2051711_FD2C8DA88E5E3DA7FE7144C391F1725D.pdf


Posso ser despedido por afirmações ou comentários feitos no Facebook?

A questão colocada envolve um tema muito sensível que se situa no âmbito dos direitos fundamentais do trabalhador e do empregador. Com efeito, os comportamentos extra laborais do trabalhador podem, em certos casos, ter repercussão no cumprimento dos seus deveres perante a empresa, na liberdade de iniciativa económica do empregador ou na imagem que este apresenta perante o público em geral.
O ponto de partida para a resposta reside na dignidade da pessoa humana e no respeito recíproco pelos direitos alheios, a que o trabalhador não constitui, naturalmente, excepção.
Assim, este goza de liberdade de expressão e de reserva da sua vida privada, donde, em princípio, a sua actuação numa página pessoal do Facebook não diz respeito ao empregador, que não pode controlar o seu conteúdo, excepto no caso de o acesso ser realizado na própria empresa e com os instrumentos de trabalho, hipótese em que pode ser limitado ou mesmo impedido esse acesso.
No entanto, mesmo estando fora do seu local e horário de trabalho, há certos deveres do trabalhador cujo cumprimento não depende da execução efectiva da prestação laboral.
É este o caso da lealdade e do respeito em relação ao empregador, cuja inobservância poderá, em casos particularmente graves, suscitar uma actuação disciplinar. Assim, tanto uma ofensa ao empregador como uma afirmação lesiva da imagem da empresa, seja ela feita no local de trabalho ou divulgada numa página pessoal de uma rede social ou num blogue, poderão constituir infracção disciplinar.
Acontece que não é qualquer comentário do trabalhador que poderá ter este efeito. A conduta tem de ser apreciada em concreto, sendo relevante não apenas a actividade desempenhada e o respectivo nível hierárquico, como também o contexto em que a afirmação foi feita, o desempenho do trabalhador e o seu passado disciplinar na empresa. Além do mais, do ponto de vista externo, será de atender às circunstâncias em que a afirmação foi proferida, como, por exemplo, se se trata de uma página de acesso reservado ou de livre acesso para qualquer pessoa. A eventual existência de uma relação de especial proximidade ou mesmo familiaridade com o empregador será, igualmente, de atender.
Em suma, neste domínio vigora como regra a liberdade de expressão do trabalhador, sem prejuízo de, em certos casos concretos, se poder constatar que tal liberdade foi utilizada em termos que consubstanciam uma violação dos deveres laborais, em especial tendo em conta a liberdade de iniciativa económica do empregador.
Como em todos os casos, o equilíbrio na apreciação de direitos fundamentais em conflito e a consideração de todas as circunstâncias específicas do caso serão bons fios condutores para a decisão final.
Cláudia Madaleno, Membro do Instituto de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, CONSULTÓRIO DO DIREITO DE TRABALHO, Direitos de personalidade.
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-28/0/5_2051725_DEBF8255E8536F7A4DEDE27983344B59.pdf




Seguro insiste num novo Governo para Portugal

O secretário-geral do PS defendeu que os desafios de Portugal requerem um Governo com uma nova legitimidade democrática, advertindo que os políticos têm de ter consciência que não podem prometer tudo a toda a gente. Estas posições foram defendidas por António José Seguro numa conferência intitulada "Next Left e os movimentos sociais", iniciativa que foi promovida pela Fundação Respublica e pelo Instituo Renner na Reitoria da Universidade de Lisboa.
Num discurso com cerca de 20 minutos, o líder socialista abordou a questão da tensão existente nas sociedades democráticas entre realidade e ideal – tema em que condenou as falsas promessas feitas por responsáveis políticos, considerando que essas falsas promessas mais agravam a desconfiança e a distância entre os cidadãos e os partidos.
Partindo desse mesmo ponto, António José Seguro defendeu para Portugal "um novo Governo com legitimidade democrática renovada", argumentando que está a aumentar a distância entre a democracia real e a democracia ideal. "As pessoas olham para os atores do processo democrático e não se revêem muitas das vezes nas atitudes e nos comportamentos, sentindo que os seus problemas estão a aumentar e que não há uma resposta das instituições, e isso leva ao afastamento dos cidadãos em relação ao processo democrático, leva à desafectação, à desilusão e desfiliação", sustentou o secretário-geral do PS.
Para o líder socialista, no caso português, os líderes políticos, estejam no Governo ou na oposição, "têm de aproximar o discurso da realidade, porque se houver afastamento, a consequência é que, no plano imediato, ou quando se chegar à função governativa, gerar-se-á desilusão e desconfiança". "É isso que se passa em Portugal, com um Governo que prometeu precisamente o contrário do que está a fazer. Além de se colocar o problema da legitimidade do contrato eleitoral, há também problemas de desafectação, desilusão e desconfiança.
Como o país tem problemas sérios que precisam de uma abordagem mais profunda do que tradicionalmente, isso convoca a necessidade de uma legitimidade democrática para poder fazer o que é necessário fazer", advogou.
Para António José Seguro, quando em campanha eleitoral se fazem promessas em que há a certeza de não se poderem cumprir, "caso do actual Governo, isso significa que se aumenta a distância entre discurso político e a realidade". "Quem está hoje na vida pública e ambiciona governar o país, tem de possuir a consciência de que não se pode prometer tudo a toda a gente.
Em cada momento, é preciso ter a noção que é preciso falar verdade, sem cortar a esperança às pessoas, mas simultaneamente propondo aquilo que é necessário ser feito para gerar confiança e para resolver os problemas concretos das pessoas", concluiu o líder do PS.
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-28/0/5_2051823_F9BC536F07A0D22132AF1E4EFF726210.pdf


Krugman: O que se está a passar em Portugal é inaceitável

A Europa tem que mudar as políticas que levaram ao pesadelo que Portugal está a viver, defende o economista americano Paul Krugman num artigo de opinião publicado hoje no New York Times.
Referindo-se ao "retrato profundamente deprimente das condições em Portugal", sobretudo das empresas familiares, feito pelo Financial Times, o economista pergunta "como e porquê se está permitindo que este pesadelo esteja a acontecer de novo três gerações depois da Grande Depressão".
E rejeita pôr as culpas da situação portuguesa nas "más políticas do passado e nos problemas estruturais profundos", já que é um quadro que afecta todos os países.
Para Krugman, a resposta para os problemas que Portugal enfrenta está na "expansão monetária e na política fiscal", a que não pode recorrer por não ser dono da sua moeda. Alerta, assim, que "ou o euro acaba ou alguma coisa tem que ser feita para pô-lo a funcionar, porque o que estamos vendo (e os portugueses estão a viver) é inaceitável", afirma.
Na opinião de Krugman, uma expansão muito mais forte na zona euro e uma inflação mais alta nos principais países europeus poderia ajudar. "O abrandamento da política monetária poderia ajudar a atingir estes objectivos, mas é preciso ter em conta que o BCE, tal como a Fed, é basicamente contra uma taxa de juro zero", considera o economista e acrescenta que "tal pode e deveria ser tentado para promover políticas não convencionais, mas necessita de toda a ajuda possível  também da política fiscal - não uma situação em que a austeridade na periferia é reforçada pela austeridade no núcleo também".
E condena que o que esteja porém a acontecer sejam "três anos em que a política europeia tem estado totalmente focada nos supostos perigos da dívida pública", exortando a uma mudança de políticas.
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO162017.html?page=2

27 maio 2013

A ALTA

Na primavera de 2012 tive o privilégio de ter sido convidado para almoçar com o senhor Presidente da República. Durante a conversa que antecedeu o almoço fui por ele questionado sobre como via eu a economia portuguesa no final do período de resgate. Ao que eu lhe respondi: "Qual resgate, senhor Presidente? O primeiro ou o segundo?"
Sorrindo, respondeu-me: "Está a ser provocador..."
Já na altura senti que o colossal esforço que nos impunham e o resultado que antevia não eram compatíveis com uma saída fácil e rápida da situação de resgate, embora o desejasse, como continuo a desejar, ardentemente.
Além do objectivo inicial do resgate de transformar a economia portuguesa numa economia mais internacionalizada, mais aberta à iniciativa e ao investimento não-residente, era objectivo inicial obrigar um rápido ajustamento da dimensão do Estado e do seu défice orçamental, de modo a deixar o país em condições de poder manter essa posição e, assim, reganhando a confiança do mercado internacional, recuperar a soberania e a independência financeira.
E o que é que se passou? Infelizmente o défice teima em não se reconciliar com o que era inicialmente esperado, a ponto de levar a um inevitável reescalonamento de metas e prazos. E mesmo tendo em conta o extraordinário e polémico exercício da redução da despesa, a (in)esperada descida de alguma receita, acompanhada de uma subida do custo da dívida no orçamento leva-nos a captar cada vez mais impostos só para pagar juros.
A economia afunda-se cada vez mais, o investimento nacional é uma miragem, o internacional não dispara, as exportações estão agora e cada vez mais a darem sérios indícios de preocupação e a dívida acumula-se. Apesar disto, os juros para a dívida pública, para grande assombro meu, têm mantido uma trajectória de constante descida. O BCE propõe-se comprar grandes quantidades de dívida pública de maturidades até aos três anos dos Estados cumpridores, mas os diferenciais das taxas de acordo com os prazos não parecem indicar que o mercado esteja a distinguir esta barreira de maturidades decretada pelo BCE.
Com uma economia mais debilitada, com um orçamento longe do equilíbrio no curto e no longo prazo, com um peso crescente do serviço da dívida e com indicadores económicos como o da última estimativa do INE para a evolução do PIB a mergulharem numa queda histórica de -3,9% face a 2012, como e em que condições iremos aos mercados financiar-nos?
A troika pode sair porque o FMI desiste do paciente, mas pelo menos a 'doika', parece-me, que terá de ficar... Para nos manter a soro comatoso. É improvável termos 'alta' neste estado.
E se a tivermos, o mais provável será um reinternamento em curto espaço de tempo.
João Duque, jduque@iseg.utl.pt
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-25/0/5_2050413_878D042BAE5FC791BA8FFC7704D68B8A.pdf


26 maio 2013

Benfica sagra-se campeão

O Benfica sagrou-se hoje campeão nacional de basquetebol pela 24.ª vez, depois de vencer a Académica, em Coimbra, por 91-77, no quarto jogo da final do «play-off» da liga portuguesa.
Depois de ter vencido os dois primeiros jogos em Lisboa, por 69-67 e 94-92, o Benfica tinha perdido sábado a primeira a oportunidade de assegurar a revalidação do título nacional, ao ser derrotado em Coimbra por 79-74 (após prolongamento), acabando por garantir hoje mais um campeonato com o terceiro triunfo sobre os «estudantes».
Este foi o quarto título do Benfica nos últimos cinco anos, desde que a Federação Portuguesa de Basquetebol retomou a organização do campeonato.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=635674

24 maio 2013

A primeira portuguesa já chegou ao topo do Evereste – MARIA CONCEIÇÃO


Maria Conceição, assistente de bordo de uma transportadora aérea do Dubai e criadora da Fundação Maria Cristina, tornou-se na primeira portuguesa a subir ao cume do monte Evereste.

O feito, alcançado na terça-feira às 09:13 locais (04:28 em Portugal), teve por motivação angariar um milhão de dólares (770 mil euros) para ajudar crianças que vivem nos bairros de lata do Bangladesh.
"Ainda estou a tentar interiorizar tudo. Foi a coisa mais difícil que fiz em termos físicos", disse à agência Lusa, em resposta hoje a perguntas enviadas por email.
Emocionada pela experiência, descreveu: "O cume do mundo é ainda mais bonito do que eu alguma vez poderia ter imaginado!"
A subida foi longa: demorou nove horas do campo 3 ao campo 4 e apenas descansou seis horas antes de atacar o resto dos 8,848 metros numa caminhada de 13 horas.
"Estava completamente desidratada", contou.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3238055




Passos nega que esteja previsto corte de 10% em reformas e pensões


O primeiro-ministro negou hoje a preparação pelo Governo de cortes ou contribuições extra de 10 por cento para reformados e pensionistas, em resposta ao secretário-geral do PCP, que o acusou de querer dar «marretadas» ou «punhaladas» aos portugueses.
«Registo que nem uma palavra disse sobre o mercado interno. Em vez disso, continua o ataque à função pública, aos reformados e aos pensionistas. Exemplos disso são os anunciados 10 por cento. A aplicação vai ser à marretada, com uma taxa, ou à punhalada, através de um corte?», questionou Jerónimo de Sousa, no debate quinzenal, no Parlamento.
Passos Coelho rejeitou a hipótese de estar a ser previsto o referido corte e reiterou que o executivo da maioria PSD/CDS-PP vai envidar todos os esforços para adoptar outras medidas que não a polémica e denominada taxa suplementar de sustentabilidade («TSU») nas reformas e pensões.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=635334


Facebook russo proibido "por erro"... ou como aviso


Na Rússia, a rede social onde toda a gente está não é o Facebook, é a VKontakte. E imagina o Facebook posto numa lista de sites proibidos e tirado da Internet? Esta sexta-feira, o VKontakte foi incluído numa lista de sites proibidos pelo Governo. Mas logo a seguir foi anunciado que se tratou de “um erro humano”.
Havia muito receio na Rússia desde o início do mês que as autoridades pudessem dar este passo, pois o fundador do VKontakte, Pavel Durov, de 28 anos, que tem sido comparado com Mark Zuckerberg (o fundador do Facebook), tem sido alvo do interesse do FSB, os Serviços de Segurança Federais que herdaram parte importante das funções do KGB soviético. O site de media social, com 210 milhões de utilizadores inscritos, tem sido muito usado pela oposição para organizar os protestos populares contra Vladimir Putin que se têm vindo a realizar desde Dezembro de 2011.
Várias regiões na Rússia não estão a conseguir aceder ao domínio vk.com – o que aconteceu logo depois de ter sido anunciado que o VKontakte tinha sido incluído no registo de sites proibidos (http://zapret-info.gov.ru). Em São Petersburgo, por exemplo, continua a não ser possível aceder ao site, diz a BBC Online.
Mas a agência reguladora russa para a Internet, Roskomnadzor, emitiu um comunicado a dizer que o VKontakte tinha sido colocado nesta lista “devido a erro humano”. Este registo é usado para banir da Internet sites que distribuem pornografia infantil, estupefacientes ou promovem o suicídio, mas na Rússia tem acontecido que frequentemente sites como o Google e a Wikipédia acabem também lá, “por erro”.
Um porta-voz da VKontakte, Georgi Lobushkin, disse à Reuters não ter qualquer informação sobre a decisão da Roskomnadzor.
O facto de o VKontakte ir parar à lista dos sites proibidos, por erro ou não, neste momento, não parece inocente. O seu fundador, Pavel Durov, está desaparecido desde 24 de Abril, depois de ter sido implicado num acidente de automóvel em que um polícia ficou levemente ferido. Um vídeo mostra o condutor a fugir do local do acidente – vestido de negro, no estilo característico de Durov, um aficionado do imaginário dos filmes Matrix.
Só que Durov não conduz e não tem carro. O FSB revistou vários escritórios da Vkontakte, e até a casa dos pais de Durov, sem o ter, no entanto, acusado de nada. Durov estará no estrangeiro.
Apesar de ser através do VKotankte que as pessoas se organizam para as manifestações de protesto contra Putin, o regime tinha deixado Durov mais ou menos em paz até há pouco tempo. Mas há sinais claros de que essa atitude está a mudar.
Este mês, logo a seguir a ter surgido o vídeo lançando as suspeitas sobre Durov de ter atropelando o polícia e fugido, o gestor de um fundo de investimentos próximo de Vladimir Putin comprou 48% das acções do VKontakte, surpreendendo a empresa. Outros 40% da empresa são do milionário russo Alisher Usmanov, que ajudou a lançar o VKontakte em 2006 e tem também acções no Facebook e na Apple, mas é um aliado de Putin. A Durov restam-lhe 12%.
Ilia Sherbovich, que adquiriu os 48% do VKontakte recentemente, é o tipo de homem em quem Putin confia para endireitar um negócio que saiu dos carris: no ano passado, recorda o jornal canadiano Globe and Mail, foi escolhido pessoalmente pelo Presidente para integrar o conselho de administração do gigante petrolífero russo Rosneft, depois de a maioria dos directores terem sido despedidos.
Sherbovich diz querer que Durov continue com as rédeas do negócio, mas também quer que reveja o conteúdo do site. “Vamos pôr estes temas na agenda”, disse em declarações à televisão russa.
http://www.publico.pt/mundo/noticia/facebook-russo-proibido-por-erroou-como-aviso-1595382




Jovens formados para emigrar


Estima-se que na Alemanha haja um défice de mais 100 mil engenheiros. Noruega e Bélgica – onde já há empresas especializadas em recrutar engenheiros do Sul da Europa – são outros países a precisar de licenciados na área.
A procura de pessoal qualificado é tão grande que, por isso, há casos em que excede a oferta. Em grupos de Facebook especializados em anúncios de emprego para o estrangeiro, como o Manda-te ou o Emprego pelo Mundo, muitas vezes há propostas a mais para os candidatos. «Há semanas, tive 30 vagas para enfermeiros no Reino Unido e soube que eles não conseguiram candidaturas suficientes», conta Filipe Amorim, do Manda-te.
Filipe acredita que «os enfermeiros portugueses já deram provas que são bons» e diz que é por isso que o Reino Unido não desiste de os contratar. «Há anúncios quase todas as semanas».
Se o que se promete no estrangeiro é aliciante, as perspectivas cá dentro não são animadoras. Carlos Matias Ramos diz que há ofertas para Portugal «colocadas de forma despudorada em portais oficiais na internet, com ordenados ultrajantes, nalguns casos de 500 euros», que são «um motivo adicional para que os engenheiros portugueses procurem outros mercados».
Médicos, engenheiros e enfermeiros estão cada vez mais a sair do país. Portugal tornou-se um dos maiores exportadores de jovens licenciados para países que precisam de mão-de-obra qualificada, como o Brasil, a Alemanha, a Noruega ou a França. Se não regressarem, o país perderá o investimento feito na sua formação.
Em média, o Estado gasta quatro mil euros por ano com cada universitário. No caso das engenharias, os custos estão entre os cinco e os oito mil euros. E na Medicina o valor pode chegar aos 10 mil euros por cada um dos seis anos de formação na Faculdade. Destes valores, apenas 1.037 euros - a propina máxima em vigor - são pagos directamente pelas famílias. O resto sai do Orçamento do Estado e das receitas das universidades.
Mas não é só o investimento na Educação que se perde. «Se saírem, não contribuem para a Segurança Social, para o sistema fiscal e para a economia no seu conjunto», alerta a especialista em Segurança Social, Manuela Arcanjo. «Estamos a perder uma geração», lamenta. Os dados do Inquérito ao Emprego do INE atestam, de resto, a tendência, revelando uma quebra de 131 mil jovens entre os 15 e os 35 anos na população activa em 2012.
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-24/0/5_2050059_DB5BA160BBECE02092683ACFC22D9005.pdf

Caminhada pelo coração



22 maio 2013

Será que o rapaz está normal?


O futebolista brasileiro do FC Porto Kelvin reconheceu, em declarações à agência Lusa, que quer que o Vitória de Guimarães vença o Benfica na final da Taça de Portugal, no domingo.
Já anteriormente a sua preferência foi para o clube estrangeiro Chelsea, na final da Liga Europa contra o clube português Benfica.
Este rapaz anda de tal modo desatinado que até afronta o seu patrão e presidente, que a propósito da final da Liga Europa dissera preferir que fosse ganha pelo Benfica…
A maconha é lixada…

Banco estatal alemão vai entrar nas PME portuguesas


O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou hoje em Berlim um acordo com o banco estatal alemão com vista ao financiamento da economia portuguesa. Em causa estão linhas de crédito e a possibilidade de participação indirecta em PME. O objectivo é reanimar a economia portuguesa e o emprego.
"Em termos de financiamento, as autoridades alemãs estão receptivas para ajudar Portugal. Foi feita uma colaboração com o Kfw que envolve a definição de linhas de crédito e uma participação indirecta em PME", disse Vítor Gaspar após a reunião de hoje com o seu homólogo alemão Wolfgang Schaeuble.
O KfW Bankengruppe (Grupo de bancos KfW) é um dos bancos de fomento líderes e mais experientes do mundo e está comprometido com a melhoria sustentável das condições de vida, focando nos âmbitos económico, social e ambiental.
Vítor Gaspar aproveitou ainda a conferência de imprensa após o encontro bilateral para agradecer "o apoio e amizade do governo alemão" que considera "um activo precioso", dirigindo a Wolfgang Schaeuble como "bom amigo".
http://economico.sapo.pt/noticias/banco-estatal-alemao-vai-apoiar-empresas-portuguesas_169731.html
Até tremo com estes ‘amigos de Peniche’…

Seguro na Alemanha


O secretário-geral do PS inicia esta quarta-feira uma visita de dois dias a Leipzig, na Alemanha, para participar nas comemorações dos 150 anos dos sociais-democratas germânicos e apoiar a candidatura a chanceler de Peer Steinbrück.
De acordo com o PS, a deslocação de António José Seguro, que surge na sequência de um convite dos sociais-democratas alemães (SPD), «enquadra-se no relacionamento histórico entre os dois partidos e representará o primeiro ato oficial de apoio ao SPD e a Peer Steinbrück na sua candidatura a chanceler alemão, nas eleições gerais de Setembro».
O PS considera que «o resultado das eleições alemãs poderá ser decisivo para derrotar as políticas de austeridade do Partido Popular Europeu (PPE), de que fazem parte a CDU/CSU da chanceler Angela Merkel», bem como os partidos da coligação governamental portuguesa, o PSD e o CDS-PP.
Ainda hoje, António José Seguro participa numa reunião de líderes europeus, a primeira deste ano e que será dominada pelos mais recentes desenvolvimentos na União Europeia e pela campanha para as eleições europeias de 2014.
http://www.tvi24.iol.pt/politica/antonio-jose-seguro-seguro-peer-steinbruck-alemanha-angela-merkel-tvi24/1452265-4072.html


Tutor e afilhado inseparáveis

Gaspar e Schauble


Pai de Passos Coelho assegura que filho “está morto por se ver livre disto”


António Passos Coelho, pai do actual primeiro-ministro, diz que não encarou bem a entrada do filho no mundo da política e que o alertou para as dificuldades.
“Temos de viver em austeridade, não há volta a dar” e que “toda a gente acha que isto está mau”.
“Nunca gostámos que ele fosse para onde foi, porque a ideia cá em casa, na família, é que isto não tem conserto. Há muitos anos, não é de agora.”
“A classe média é que está a pagar isto”.
António Passos Coelho adiantou que durante a campanha eleitoral das legislativas avisou o filho: “Vais-te lixar”. “Toda esta gente que está aqui vai vaiar-te. Agora estão aqui todos contigo, mas daqui a um ano vão vaiar-te. Não disse isto porque parecia mal na altura”.
“Julgam que o meu filho não sabe? Coitado, sabe Deus o que ele passa. Está morto por se ver livre disto. A gente vai fazer uma festa, cá na família, quando ele se vir livre disto. Vamos fazer uma festa, nem queira saber”.
Sobre o líder do partido da coligação, Paulo Portas, António Passos Coelho descreve-o como “um moço inteligente, um moço sobredotado”.
Por tudo isto, o médico antevê maus resultados para o PSD nas autárquicas.
http://www.publico.pt/politica/noticia/pai-de-passos-coelho-assegura-que-filho-esta-morto-por-se-ver-livre-disto-1595137

Tornado and Severe Thunderstorms Strike Oklahoma



21 maio 2013

Porto-Benfica 'comentado' por húngara

Dia europeu da ópera em Pamplona

O direito de compreenderem os documentos, por Sandra Fisher-Martins

Basquetebol: Jovem em trampolim faz um dos melhores «cestos» de sempre | Desporto : Modalidades | Diário Digital

Basquetebol: Jovem em trampolim faz um dos melhores «cestos» de sempre | Desporto : Modalidades | Diário Digital

Passos Coelho cede pressões externas. Devia rasgar memorando...


Crise: Mais de 80% dos portugueses quer rasgar ou alterar memorando. Sondagem conclui que Governo de Passos Coelho tem cedido demasiado às pressões externas.
A maioria dos portugueses está insatisfeita com a intervenção da ‘troika' em Portugal. 82,5% considera mesmo que o acordo assinado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE) deve ser renegociado ou até mesmo denunciado.
A solução para 41,5% dos inquiridos é denunciar o memorando e procurar alternativas, enquanto 41% acha que se deve "renegociar profundamente" o documento. Apenas 11% defende que se cumpra o acordo.
A conclusão consta de um inquérito da Eurosondagem, que será apresentado hoje na conferência "Troika – Ano II", na Universidade de Lisboa e que o Diário de Notícias e o jornal i tiveram acesso.
Dos inquiridos, quase metade considera que o memorando não devia sequer ter sido assinado, contra apenas 12% que dizem que o documento foi bem elaborado. 27% afirma que a negociação não levou em consideração as características próprias do país.
Relativamente ao relacionamento entre o Executivo e a ‘troika', 45,4% considera que o governo de Passos Coelho tem cedido excessivamente aos credores internacionais, enquanto 32,9% entende que a ‘troika' tem mostrado insensibilidade para com a situação da economia nacional. E somente 9,4% dos inquiridos considera que este relacionamento tem decorrido normalmente.
No que se refere às perspectivas, o pessimismo é cinco vezes maior que o optimismo. Ou seja, apenas 11,8% dos que responderam à sondagem acredita que todo o esforço de contenção e de reformas resulte em melhores perspectivas para Portugal findo o período de intervenção externa. Outros 14,4% referem que quando a ‘troika' sair do país nada de substancial se alterou, enquanto 55,1% acredita que vamos ficar em piores condições, com uma economia em colapso e mais desemprego.
http://www.clipquick.com/Files/Internet/2013/05-20/0/7_206943_2FED29C05264D110A935E540B18DA759.pdf

20 maio 2013

Mouros/ magrebinos/ sujinho/ penaltis inventados...


1- “Carlos Abreu Amorim @cabreuamorim
Magrebinos: curvem-se perante a Glória do Grande Dragão!
8:27 PM – 19 maio 2013”
2- “Carlos Abreu Amorim @cabreuamorim
Agora vou para a Baixa e para o Dragão com a canalha (já habituada) celebrar mais um campeonato! Thank You, Jesus!!!
8:53 PM – 19 maio 2013”
http://www.publico.pt/politica/noticia/vicepresidente-do-psd-chama-magrebinos-aos-lisboetas-e-desencadeia-coro-de-protestos-nas-redes-sociais-1594964
O deputado e vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Carlos Abreu Amorim, volta a gerar polémica ao chamar, via Twitter, “magrebinos” aos lisboetas e a agradecer (”thank you”) o título de campeão nacional do FC Porto a Jorge Jesus.
Inspirou-se, certamente, no seu mentor clubista – o Pinto da Costa: “Portugal é o Norte. A sul viviam os mouros, sarracenos e infiéis. E querem eles (mouros) agora assumir o protagonismo do nosso País”.
«No meio da nossa euforia, no meio da nossa grande vitória e no meio do grito "Campeões" nós vamos ignorá-los com o desprezo que merecem os vermes, com o desprezo que merece quem não presta, com o desprezo de quem faz do ódio a sua razão de viver».
…da-se! Estamos, mesmo, mal servidos…


Estado já retirou 733 euros a cada reformado desde 2011


Mais de um terço da população portuguesa está reformada e revoltada. Os movimentos de reformados, pensionistas e aposentados nascem, crescem e organizam-se para tentar recuperar alguns dos direitos que têm visto ser, gradualmente, retirados.
De acordo com o economista Eugénio Rosa, nos últimos três anos, com os cortes aos reformados e pensionistas o Estado já foi buscar 2,566 mil milhões de euros. Ou seja, cada reformado perdeu 733 euros.
Além dos cortes em vigor para todos os portugueses, há ainda cortes específicos para este grupo que se sente “atacado pelas medidas de austeridade”.
Rosário Gama, professora reformada e fundadora da associação APRe! acrescenta que representa um grupo que “tem sofrido os mesmos cortes que o resto da população e ainda mais alguns exclusivos”, o que lhes aumenta o “sentimento de profunda injustiça, num momento que estão a ser “o subsídio de desemprego dos filhos e netos desempregados, substituindo o Estado social”.
 É o que sucede com os reformados da Caixa Geral de Aposentações (CGA), que o Governo quer agora fazer convergir com os reformados da Segurança Social, mediante o corte, em média, de 10% das reformas. “O valor da reforma da CGA está contratualizado com o Estado, durante toda a vida contributiva esteve contratualizado. Ora, fazerem agora descontos é querer alterar um contrato no passado, criar uma lei com efeitos retroactivos. Não pode ser”, reclama Rosário Gama, que promete interpor uma acção contra o Estado se a medida avançar em definitivo.
Os cortes nas pensões e nas reformas já começou em 2011: mais 1% de IRS nos escalões mais baixos, mais 1,5% de IRS nos escalões mais altos, depois foi-lhes retirado um ou dois subsídios, consoante o rendimento – que o Tribunal Constitucional declarou ilegal, mas “permitiu que vigorasse na mesma”, acrescenta Casimiro Menezes. Agora ainda têm de pagar a Contribuição Extraordinária de Solidariedade, além do factor de sustentabilidade do sistema.
Com a lei que permitiu aumentar as rendas de casas, com o aumento do IMI, o fim dos passes para reformados nos transportes públicos, o aumento das taxas moderadoras, dos exames médicos, dos medicamentos, da energia eléctrica, do gás e do IVA sobre bens alimentares, Rosário Gama confessa que não faz “ideia do poder de compra perdido em três anos, só que já não se consegue comprar nada do que podia e muitos ainda têm de sustentar filhos e netos”.
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO159600.html?page=2

Fixação de um tecto para as pensões


O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, defende que a fixação de um tecto para as pensões actuais deve ser discutida em concertação social, considerando-a uma boa alternativa para o Governo ganhar margem orçamental e para procurar melhores consensos sociais e políticos, avança hoje o SOL.
A ideia de colocar um limite máximo às pensões chegou a ser discutida entre o Governo e o FMI antes da apresentação do primeiro estudo – do próprio Fundo Monetário Internacional – sobre os cortes na despesa, que levantou enorme polémica em Janeiro. No documento final, era uma das alternativas propostas ao Governo para travar a despesa no sector, sugerindo em concreto um limite de 12 IAS (Indexante de Apoios Sociais).
A pensão máxima seria de 5.030 euros e permitiria poupar 200 milhões de euros.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, também já defendeu, quando estava na oposição, um tecto nas pensões.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=634435

Soares lança mega reunião da esquerda


O fundador do PS e ex-PR vai juntar PS, PCP e BE numa sessão pública para "libertar Portugal da austeridade".
O social-democrata Pacheco Pereira vai estar presente, a convite de Mário Soares, numa sessão pública da esquerda sobre o tema "Libertar Portugal da austeridade". O evento, que se realizará em Lisboa, a 30 de Maio, reunirá pela primeira vez, numa iniciativa política, PS, PCP e Bloco de Esquerda, bem como os líderes da CGTP e da UGT.
O encontro, ainda em local a confirmar, reunirá várias personalidades. Já confirmadas estão Sampaio da Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, Maria do Rosário Gama, da Associação de Reformados APRE!, Manuel Alegre, o sociólogo Boaventura Sousa Santos, o socialista e ex-ministro Alberto Costa, a deputada do BE Ana Drago e Pilar del Rio, viúva de Saramago.
Mário Soares assumiu inteiramente a promoção da iniciativa, tendo falado com as direcções de cada partido para que indicassem um representante. Mas sublinhou que cada participante assumirá individualmente e "com inteira liberdade" o que pensa sobre o tema, o que pressupõe que não haja directivas partidárias.
Segundo o histórico socialista, a organização desta sessão justifica-se plenamente, quanto "a austeridade está a levar-nos ao desastre completo e este Governo de incapazes e incompetentes já não tem legitimidade". Uma afirmação coincidente com as do social-democrata Pacheco Pereira que, ainda ontem, numa entrevista ao "Jornal de Negócios", dizia que "não há Governo, não há primeiro-ministro, há um ajuntamento de pessoas, cada uma a tratar da sua carreira política".
A mesa deste "grande encontro da esquerda" será presidida por Sampaio da Nóvoa.
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-18/0/5_2047265_8936B322E483596FF164BCD81A76F1E5.pdf

19 maio 2013

Autárquicas e Alemanha...

Está visto que até na data das nossas eleições autárquicas, não conseguimos descolar do ‘poder’ germânico: ambas serão a 22 de Setembro. Cruzes, canhoto!

18 maio 2013

Fábrica em Sines vai produzir combustível naval a partir de resíduos de navios


Uma empresa com sede em França está a construir no porto de Sines uma fábrica para produzir combustível naval a partir dos óleos residuais recolhidos nos navios de carga, aproveitando material que actualmente é incinerado.
A unidade, que deverá estar pronta a funcionar em Outubro deste ano, será a primeira a nível mundial com esta tecnologia, adiantou hoje à agência Lusa o presidente e fundador da Ecoslops, Michel Pingeot. O projecto representa um investimento superior a 14 milhões de euros, comparticipado em 55% das despesas elegíveis por fundos comunitários, e irá criar 35 postos de trabalho directos e 25 indirectos, estimando-se que venha a gerar receitas na ordem dos 10 milhões de euros anuais, referiu o empresário.
A Ecoslops Portugal tem, desde o final do ano passado, o exclusivo da recolha dos óleos residuais gerados pelos navios de carga no porto de Sines, por via de uma subconcessão contratada com a Companhia Logística de Terminais Marítimos (CLT), do grupo Galp Energia, concessionária do terminal de granéis líquidos.
Segundo Michel Pingeot, "todos os navios" originam óleos residuais, quer devido ao armazenamento e utilização de combustível para o seu funcionamento, quer, no caso dos cargueiros de granéis líquidos, dos resíduos de produtos (crude e refinados, entre outros) que ficam nos tanques.
"Dependendo da dimensão do navio", a quantidade de resíduos produzida pode chegar às 250 toneladas, explicou.
O lançamento destes resíduos para o mar tem representado um "problema ambiental", indicou o empresário, mas, mesmo a solução adoptada actualmente tem consequências negativas, uma vez que a incineração provoca a emissão de substâncias poluentes para a atmosfera.
Na fábrica em construção em Sines, por empresas locais, após a separação dos óleos residuais em água, sedimentos e hidrocarbonetos, estes últimos são submetidos a um processo que os transforma em combustível naval, que será vendido aos fornecedores deste produto.
Michel Pingeot sublinhou o carácter "amigo do ambiente" deste combustível, não só pela reciclagem dos resíduos, mas também porque todo o processo de produção, desde a recolha ao fornecimento, se desenrola num espaço físico limitado, dispensando transportes e reduzindo a "pegada ecológica" do produto. De acordo com o responsável, a unidade terá uma capacidade de produção de 100 toneladas de combustível naval por dia, o que implica o processamento de cerca de 200 toneladas de óleos residuais.
O porto de Sines deverá ser o único a receber uma fábrica da Ecoslops, já que, conforme adiantou o empresário francês, esta será suficiente para processar a totalidade dos óleos residuais produzidos no país.
O projecto representa um investimento superior a 14 milhões de euros, comparticipado em 55% das despesas elegíveis por fundos comunitários.
http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO158804.html?page=2

Video promocional do Paços de Ferreira antes do jogo com o Porto...

Sá “Quase” Pinto


Ponto final no trajecto de sonho de Sá Pinto na Sérvia. A 19 de Março, quando o treinador português chegou a Belgrado, o Estrela Vermelha estava a 11 pontos de distância do rival Partizan, mas oito vitórias consecutivas permitiram ao ex-técnico do Sporting chegar à antepenúltima jornada do campeonato sérvio a apenas dois pontos do primeiro lugar. No entanto, no escaldante derby de Belgrado, Sá Pinto foi derrotado, com um golo no minuto 90, e o Partizan tem praticamente garantido a conquista do sexto título consecutivo.
Há treinadores bons, competentes, e que no entanto são uns pés-frios…
À semelhança de Sá “Quase” Pinto temos também o caso de Jorge “Quase” Jesus. Servem para equipas medianas, que não aspiram a títulos, mas que levam as equipas a lugares honrosos. Para lutar, vencer, ganhar títulos, estes treinadores pés-frios não servem. Morrem na praia… São os que “quase” ganham… os que “quase” chegam ao objectivo…

D. Manuel Clemente


Bispo crítico da austeridade é novo patriarca de Lisboa.
D. Manuel Clemente sucede a D. José Policarpo. Tem criticado a forma como o Governo aplica as medidas de austeridade e pedido atenção aos mais fragilizados.
O actual bispo do Porto, Manuel Clemente, de 64 anos, foi hoje nomeado patriarca de Lisboa, sucedendo no cargo a José Policarpo, resignatário desde 2011, quando completou 75 anos, noticiou a agência Ecclesia.
Manuel Clemente toma posse dia 7 de Julho.



17 maio 2013

Ex-presidente da Caja Madrid foi preso


É o primeiro banqueiro a ser detido no rescaldo da crise em Espanha. Está acusado dos crimes de delito societário, falsidade de documentos e apropriação indevida.
http://www.tvi24.iol.pt/503/economia---economia/caja-madrid-prisao-miguel-blesa/1450558-6377.html
E nós por cá? Alguém viu alguma coisa consequente aos desvios colossais, fabulosos e fraudulentos do BPN e BPP ?


A revolta…


Clareza e transparência têm andado afastadas das reformas. É preciso começar a explicar bem.
Não há nada mais incerto e confuso do que a nossa folha de ordenado no final do mês. Alguém a entende? Com tantos cortes e remendos, são poucos os que ainda conseguem saber com exactidão quanto vão receber de salário. A única certeza é que será cada vez menos. Vamos ter subsídio de Natal ou de férias? Os dois. Espera! Afinal, o de férias passa a ser o de Natal e o de Natal recebe-se nas férias. Temos de pagar mais impostos para ajudar os que mais precisam. Mas então porque é que os que recebem subsídios e reformas muito baixas têm também eles de pagar ao fisco?
É assim que estão a ser comunicados a reforma do Estado e o equilíbrio das contas públicas. Explicar mudanças dolorosas deveria ser uma das principais preocupações de quem decide. Clareza e transparência levam a um melhor entendimento do que se está a fazer e porque se está a fazer. Infelizmente, cada vez que um dirigente faz uma comunicação sobre novas medidas, quase todos nós, jornalistas incluídos, precisamos de recorrer a um manual de instruções. As mudanças que estão a ser feitas não são fáceis, mas a forma como estão a ser apresentadas ainda as faz parecer mais complicadas e sobretudo mais pesadas.
A oposição também não apresenta melhor folha de serviço. Não quer o memorando mas vai cumprir as metas impostas. Não quer austeridade mas defende equilíbrio nas contas públicas. Quer fazer crescer a economia e criar empregos mas promete pagar todos os empréstimos. Quer manter a qualidade dos serviços públicos mas defende que se tem de cortar nas despesas do Estado.
No meio desta confusão estão milhões de portugueses que querem encontrar algum sentido mas não conseguem. No caos, muitas vezes mais do que a luz nasce a revolta. Sem amparo nem explicações, crescem as angústias e os ódios. Por isso é urgente que quem decide perceba que tão ou mais importante do que as medidas e as reformas é necessário explicar bem. Todos os nossos políticos têm acesso diário (até demais) às televisões, rádios e jornais. Mas depois de falarem - muito - tudo parece ficar ainda e sempre mais embrulhado e confuso.
Vem nos livros que a ignorância do povo pode ajudar, durante algum tempo, a iludir as falhas do poder. Mas ensina-nos também a História que, quando se deixa de explicar e responder, nasce a desconfiança, quebra-se a autoridade, aumenta a contestação e o perigo de revolta.
Se alguns dos nossos dirigentes pensassem um pouco mais nisto, talvez fizessem menos comunicações e dessem mais explicações. Ainda por cima quando em Portugal estão cada vez mais na moda conferências de imprensa originais. Os políticos chamam agora os jornalistas, mas “sem direito a perguntas, por favor!”. Têm medo de quê?
João Adelino Faria, Pivô e jornalista da RTP
http://www.dinheirovivo.pt/Buzz/Artigo/CIECO156591.html?page=0

16 maio 2013

O ‘homem-de-palha’ da UE...


Angela Merkel tem eleições marcadas para dia 22 de Setembro próximo.
Como as sondagens não lhe sorriem, nem ao seu parceiro de coligação – o FDP, que inclusive corre o risco de nem sequer ter percentagem suficiente para fazer eleger deputados no próximo acto eleitoral (na Alemanha é preciso ter pelo menos 5% para se fazer representar no Bundestag), a excelsa senhora desatou a ‘dar bordoada’ no seu ‘homem-de-palha’, o presidente da comissão europeia – Durão Barroso.
A irritação de Berlim dirige-se sobretudo contra a Comissão Europeia, incluindo o seu presidente, Durão Barroso, o que não deixa de ser paradoxal quando muitas das exigências de austeridade aplicadas aos países sob programa de ajuda são implicitamente apresentadas em Bruxelas como resultantes de exigências alemãs.
Já não é só em Portugal, Grécia ou Irlanda que as receitas de austeridade impostas pelas troikas de credores internacionais estão a ser criticadas: na Alemanha, as equipas da Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) também são acusadas de impor receitas erradas aos países sob programa de ajuda externa.
Isto tudo está ligado à percepção da Alemanha que a austeridade a todo o custo e de qualquer jeito, não resultam. Para além da má impressão que o eleitorado germânico começou a ter das suas próprias medidas de austeridade ao exterior, e que se reflectem na duvidosa intenção de voto na CDU de Merkel, houve um dado tremendamente arreliador para os orgulhosos germânicos: a sua ‘poderosa’ economia só subiu 0,1%...
Lá diz o ditado popular: não há nada melhor para se aferir da bondade de uma qualquer medida, do que essa mesma medida atingir os ricos…


'Benchmark' é para cumprir à risca


Vítor Gaspar disse em Bruxelas e Mota Soares repetiu ontem no Parlamento: a contribuição de sustentabilidade sobre as pensões deixou de ser uma medida - 'benchmark' junto da 'troika’, por força da vontade do Governo. O termo não é escolhido à toa. É que as medidas de 'benchmark' são aquelas que são consideradas como obrigatórias pelas autoridades internacionais para aprovarem as avaliações aos programas de ajustamento e o consequente desembolso das tranches da ajuda externa.
Isso significa, por exemplo, que se a medida tivesse ficado como 'benchmark', seria implementada até à oitava avaliação e, nessa altura, se a 'troika' visse que tinha falhado, podia não aprovar a seguinte tranche de ajuda.
A taxa sobre os pensionistas está a gerar enorme polémica. A medida é uma contribuição, já que reverte para o sistema de Segurança Social e não para impostos, e geraria poupanças de 430 milhões de euros.
A medida está pensada para substituir a actual Contribuição Extraordinária de Solidariedade, para pensões acima de 1350 euros. Envolta em controvérsia, não deverá ver a luz do dia – se fosse para a frente seria a primeira vez que os pensionistas financiariam a sua própria reforma.
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-16/0/5_2046012_7EA5B1D1DCC7618D628D9E668C24CFAB.pdf


15 maio 2013

Jorge "Quase" Jesus


Benfica volta a cair nos descontos da FINAL DA LIGA EUROPA.
Um golo de Ivanovic, no último minuto do período de compensação, garantiu ao Chelsea a conquista da final da Liga Europa.
Para Jorge Jesus o “Benfica foi durante a maior parte do tempo a melhor equipa”. “Face ao que aconteceu no jogo o vencedor só poderia ser o Benfica”. “Faltou-nos uma pontinha de sorte, mesmo quando estava 1-1”. Jesus fez também um paralelismo com o que aconteceu no clássico com o FC Porto. “Voltámos a sofrer depois dos 90 minutos”. “Tivemos mais bola, mais oportunidades, mas nem sempre ganha o melhor”. «Também os nossos adeptos foram melhores que os do Chelsea» diz Jesus.
Numa desoladora repetição do sucedido quatro dias antes no Dragão, o Benfica perdeu, esta quarta-feira à noite, mais uma final europeia, ao sofrer um golo decisivo, já em período de descontos, na partida decisiva da Liga Europa, frente ao Chelsea. Apesar da óptima exibição, bastou um cabeceamento de Ivanovic, aos 92 minutos, para que a maldição de Bela Guttmann mostrasse a sua força…
Há treinadores bons, competentes, e que no entanto são uns pés-frios…
É o caso de Jorge “Quase” Jesus. Serve para equipas medianas, que não aspiram a títulos, mas que levam as equipas a lugares honrosos. Para lutar, vencer, ganhar títulos, estes treinadores pés-frios não servem. Morrem na praia… São os que “quase” ganham… os que “quase” chegam ao objectivo…
Está explicado porque doravante se passará a chamar JORGE “QUASE” JESUS.


Conselho de Estado


Pensaríamos que o tema do Conselho de Estado seria o serenar dos partidos desavindos da coligação. Mas não. O tema vai ser o da preparação do período pós-troika. O Presidente teve de escolher entre um Conselho de Estado psicanalítico, para temperar as feridas narcísicas dentro do Governo, e um Conselho de Estado de pura futurologia. Um ano, no estado presente da Zona Euro, é uma era. Se projectarmos Junho de 2014 a partir de hoje, o quadro não poderia ser mais deprimente.
Será que as tensões dentro da União poderão manter-se, sem causar mossa?
Paris continuará a seguir a liderança de uma Berlim cada vez mais autista?
Um relatório do Pew Center revela que entre 2007 e 2013, apenas na Alemanha cresceu o optimismo económico (uma aprovação que subiu de 63% para 75%). No resto da Europa, o desânimo é esmagador.
Vamos chegar a 2014 com a nossa economia destroçada, e uma situação social de emergência. Carlos Costa recordou que iremos precisar do apoio do BCE, através do recurso ao OMT, para podermos ter um acesso assistido aos mercados de dívida. Mas para isso é preciso que o Tribunal Constitucional de Karlsruhe não dê provimento à queixa do Bundesbank contra o OMT.
Sem essa bóia do BCE, Portugal afoga-se. Talvez o Conselho de Estado devesse discutir, em alternativa, como ultrapassar a patológica combinação de pusilanimidade e incompetência dos governos de Portugal, que nos conduziu a esta situação. Por este caminho, a escolha dos portugueses não será entre mais ou menos Europa, mas entre uma liberdade que não nos salva da pobreza e uma escravidão que nos mantém numa agonia perpétua.
VIRIATO SOROMENHO-MARQUES, Professor universitário
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-15/0/5_2045210_DBA3500C32936D69DC6AECD6508D871C.pdf


14 maio 2013

Pensões de reforma – Apre!


O modo de resolução dos problemas económicos e financeiros do país. Qual é então o "ovo de Colombo"? A retroactividade da lei que defende para os aposentados e reformados, essa corja de parasitas que nos arruína e que nunca mais morre, ser aplicada a todos os nossos problemas. Assim, por exemplo, não é preciso negociar as PPP, basta fazer uma lei a dizer que não pagamos mais que uma taxa de rentabilidade de 5% (ou talvez menos); uma lei para pôr fim a todos esses mecanismos que estão na origem das rendas da EDP, outra para pôr fim ao défice tarifário; outra para extinguir algumas das dívidas do Estado (sei lá, todas as dívidas que o Estado já não paga há uns 3 meses passam a estar prescritas); outra para baixar a taxa de juro da dívida pública, fixando-a nos 0% em termos reais. Como as instituições da troika, e agora a OCDE, parecem defender a retroactividade da lei para os reformados, certamente que não se oporão a tal pois, pelos vistos, os princípios do Estado de Direito que defendiam no passado ou mudaram ou então mudam em situações de emergência económica nacional e de insustentabilidade financeira dum dado país. E assim, como que por magia, todos os nossos problemas desapareciam e tínhamos um país limpinho de problemas!
Isabel Costa, 8:27 PM
http://portugalcontemporaneo.blogspot.pt/2013/05/pensoes-de-reforma-verdade-ii.html?spref=fb

Paulo Fonseca, ‘político aldrabão da treta’, treinador…


Paços de Ferreira: «Vou pedir aos meus jogadores para ganharem ao FC Porto», diz treinador.
Apesar do clube já ter garantido, pela primeira vez na sua história, a qualificação para os playoffs da Liga dos Campeões, o treinador do Paços de Ferreira, Paulo Fonseca, garantiu, esta terça-feira, que vai pedir aos seus jogadores «para ganhar» no jogo da última jornada da Liga, frente ao FC Porto.
«Temos noção da responsabilidade que temos no Campeonato. Não posso dizer que vou perder, pois não é isso que quero que aconteça», afirmou, em declarações à SportTv, o treinador do Paços de Ferreira, assegurando que «vou pedir aos meus jogadores para ganhar como em qualquer jogo».
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=633186


Cavaco, ‘O Pio’, sobre os reformados: «Há limites de dignidade que não podem ser ultrapassados»


O Presidente da República, Cavaco Silva, disse hoje ter informação «de que tudo será feito para não penalizar novamente os pensionistas e reformados», considerando que «há limites de dignidade que não podem ser ultrapassados».
«Este grupo tem sido duramente atingido nos últimos tempos no nosso país e é um grupo que já não tem hipótese de encontrar um novo rumo de vida. E há limites de dignidade que não podem ser ultrapassados», disse.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=633211


Doutorados desempregados


Portugal tem a mais baixa taxa e emprego de doutorados de um conjunto de 10 países europeus, com 2,6% contra, por exemplo, 34% na Holanda ou Bélgica, revelam os dados do 'Diagnóstico do sistema de investigação e inovação: Desafios, forças e fraquezas rumo a 2020', um relatório elaborado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia para listar os pontos positivos e negativos, e o que ainda falta corrigir para que a investigação científica nacional seja competitiva e possa captar financiamentos europeus e internacionais.
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-14/0/5_2044839_E939153421433E824C36B8872605FC4A.pdf

13 maio 2013

Alemanha deve investir em Portugal


MAIS RECURSOS
O economista René Smits considera que a Europa deve canalizar mais dinheiro para países como Portugal e que os Estados – membros com finanças saudáveis, como a Alemanha devem consumir para compensar a austeridade dos que estão em recessão.
CORTES
Numa passagem por Lisboa, para participar num seminário na Faculdade de Direito de Lisboa, o professor de economia da Universidade de Amesterdão e especialista em política monetária disse à Lusa que "os cortes orçamentais são inevitáveis", mas que devem ser compensados por investimento do orçamento europeu".
ORÇAMENTO DA UE
"É uma coisa que precisamos de fazer rapidamente", sublinhou René Smits, defendendo que o orçamento comunitário seja usado de forma "eficiente e rápida".
MAIS CONSUMO
Smits defende ainda que os países da zona curo com "orçamentos que o podem fazer, como Alemanha e outros", devem levar a cabo políticas que fomentem o consumo para compensar a contracção orçamental dos Estados da periferia.
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-13/0/5_2044222_D2FD3F85A0208B75687B3D2AE4F50F7D.pdf


12 maio 2013

Marques Mendes diz que Gaspar será o próximo comissário europeu


Ex-líder do PSD considera "muito provável" que ministro das Finanças possa ser indicado para comissário europeu por Passos Coelho.
Luís Marques Mendes afirmou ontem que Vítor Gaspar deverá ser apontado pelo primeiro-ministro para comissário europeu em Junho de 2014, mantendo-se no governo até essa altura.
Sobre a reforma do Estado, Marques Mendes referiu que "pelo momento em que vai ser aplicado é uma bomba política e uma bomba social", classificando os cortes nas pensões de "chocante". "Parece que o Governo trata os pensionistas como cobaias", disse.
http://economico.sapo.pt/noticias/marques-mendes-diz-que-gaspar-sera-o-proximo-comissario-europeu_168976.html
E andamos nós, povo, a sofrer as medidas ‘científicas’, ‘justas’, ‘necessárias’, deste ministro das finanças do governo de Portugal, que em vez de defender os seus cidadãos, prefere defender os abutres estrangeiros e dar lustro ao seu ego…

Deus também dorme!


Ontem, 11 de Maio de 2013, a partir das 20.30 horas na cidade do Porto, jogou-se um derby entre o FCPorto e o SLBenfica.
Até praticamente ao fim do jogo o resultado ajustava-se ao futebol praticado pelas duas equipas nesse jogo, e ao longo da época: um empate.
A 2 minutos do fim, um ‘índio’ marca a favor do FCPorto. Já não havia tempo para reviravoltas. Resultado final: 2-1.
Deus também dorme. Se estivesse sempre acordado, a justiça mandaria que o SLBenfica saísse do Porto com pelo menos um empate ou até a vitória. Saiu com uma derrota.
Agora resta sonhar que a equipa de Paços Ferreira seja honrada desportivamente e não facilite o próximo jogo… e já agora que a equipa de arbitragem marque os penaltis …

11 maio 2013

Ricardo Salgado: não pode haver o prejuízo das reformas dos que descontaram toda a vida


O presidente executivo do BES diz que «não pode haver o prejuízo das reformas dos que descontaram toda a vida».
Numa entrevista conjunta à rádio «TSF» e ao site «Dinheiro Vivo» Ricardo Salgado não deixou de referir que o país faliu e que, por isso, os portugueses têm de ser compreensivos.
Mas também não deixou de frisar que quem ganha menos tem de ser protegido.
http://www.tvi24.iol.pt/503/economia---economia/ricardo-salgado-reformas-descontos-entrevista-bes-tvi24/1448554-6377.html


O futebol português não justifica um árbitro como eu – Pedro Proença


O antigo árbitro internacional português Jorge Coroado criticou, na sexta-feira, a nomeação de Pedro Proença para o jogo de futebol FC Porto-Benfica, considerando que há árbitros em melhores condições, como Artur Soares Dias.
«Entendo que Pedro Proença não seria o árbitro mais indicado para dirigir este dérbi. Pelo passado recente e pela evidência que ele tem demonstrado ao longo da temporada, e principalmente depois de ter chegado ao patamar a que chegou relativamente às competições nacionais, não é seguramente aquele que tinha as melhores condições emocionais e psicológicas para dirigir o jogo», disse Jorge Coroado.
O antigo árbitro adiantou: «Quando um árbitro que é formado, criado e desenvolvido nas competições internas, depois de chegar a um determinado nível, tem a desfaçatez e a pouca vergonha de dizer que se calhar o futebol português não precisa ou não justifica um árbitro como ele, refere tudo quanto à sua forma de ser, de estar e a personalidade que tem a dirigir um jogo de futebol».
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=632552


10 maio 2013

Jorge Miranda: é inconstitucional…


Jorge Miranda. O catedrático de Direito da Universidade de Lisboa advertiu que a diminuição retroactiva de pensões contributivas é "manifestamente inconstitucional".
É uma violação do princípio da protecção da confiança e até do direito de propriedade."
http://www.clipquick.com/Files/Internet/2013/05-10/0/7_206425_0C68ED3424F4CEAE74FEF593E082AB4B.pdf



Juntos, na União ou na fragmentação


Entre 2007 e 2013 desvaneceu-se o mito da terceira via. Dizia-se, durante décadas, que a Europa saída da guerra iria construir, com os "pequenos passos" de Schuman e Monnet, um novo corpo político que não seria nem um mero sistema internacional (onde a lógica do mais forte acaba por prevalecer) nem uma união federal (que a avareza dos governantes nacionais sempre considerou um remédio demasiado amargo).
A União Europeia seria uma inovação radical na história, retirando o melhor da coesão cultural, que se apura no seio das nações, e o melhor da solidariedade, que só é possível no seio da partilha federal de soberania.
A dura verdade, posta a nu pela "crise da dívida", é a de que a Europa continua a ser, dominantemente, um sistema internacional onde os actores são Estados, fazendo jogos de soma zero, em que os mais fracos perdem para os mais fortes. Os tratados e instituições comuns são meros instrumentos, válidos enquanto não prejudicam os supostos interesses dos Estados que apresentam os activos mais sólidos e convincentes, sobretudo económicos. Os povos e os cidadãos continuam na margem do palco europeu, impotentes para expressar com utilidade a sua voz, ou sequer a sua angústia.
Passaram quase setenta anos desde que as armas se calaram nas margens do Reno e do Danúbio. Eis-nos regressados, pela terceira vez num século, ao drama de uma"Europa Alemã". O mais grave é que em Berlim poucos aparentam ter consciência de que isso deveria ser um sinal de alerta para o tsunami que se aproxima. A hegemonia germânica hoje é económica, mas a degradação das assimetrias de força entre os Estados pode fazer estalar o verniz, mais depressa do que se julga.
Hollande nunca o fará, mas Marine Le Pen, num futuro que espero jamais venha a ocorrer, não hesitaria em recordar a Berlim que a base última do poder efectivo está sempre na ponta das baionetas, que hoje são os arsenais nucleares. Essas baionetas falam inglês e francês. Jamais falarão alemão.
Mas a sorte dos alemães está ligada à sorte de todos os outros europeus. É claro que teremos muitos e graves problemas a solucionar, começando na refundação da União Económica e Monetária, e na reforma política de uma Europa que se cristalizou em instituições e rotinas contrárias ao republicanismo e à democracia. Mas a questão vital passa por aceitarmos que, como europeus, constituímos uma comunidade de destino. Estamos condenados a ficar juntos. Seja na vitória sobre preconceitos e rancores, criando uma Europa federal, governada por leis e cidadãos, unida na sua pluralidade perante os titânicos desafios do futuro. Seja no abismo de pobreza e violência a que o regresso a uma Europa da "balança do poder", cega pelo ódio, acabaria por nos lançar.
VIRIATO SOROMENHO-MARQUES, Professor universitário
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-09/0/5_2042022_116CD45133E74F719BB98EC937D642E6.pdf

Certezas e incertezas


Na História da Europa, a Alemanha só mudou de atitude quando a tal foi forçada pelas armas. No presente e no futuro, só alterará a sua atitude se for politicamente encostada às cordas. A janela de participação empenhada no processo de construção europeia, entre o fim da II Guerra Mundial e a queda do Muro de Berlim, não se deveu somente à envergadura política e à visão solidária de Adenauer, Brandt, Kohl e Schmidt - foi, em larga medida, uma imposição dos vencedores àqueles que tinham provocado a guerra e se viam agora sujeitos a um programa de auxílio para a sua própria reconstrução.
Integrada a RDA, expiados os pecados do III Reich, restabelecido o poderio económico perante uma Europa frouxa e envelhecida, os alemães sentiram que era chegado o momento de realizar a sua velha ambição - comandar as instituições europeias, ditar as regras do jogo, exprimir sem rebuço o seu histórico individualismo. Daqui não sairemos sem mudanças radicais. Desenganem-se os que pensam que após as eleições alemãs de Setembro, qualquer que seja o seu desfecho, a resolução da crise europeia ficará mais fácil. A menos que ela própria comece a sentir os efeitos das políticas recessivas que selectivamente impõe, ou que se veja cercada, será a mesma Alemanha de Schãuble.
No dia 25 de Maio, o nosso ministro das Finanças marcará certamente presença em Wembley para assistir à final da Liga dos Campeões entre o Bayern de Munique e o Borussia de Dortmund.
Vítor Gaspar não perderá o magnífico ensejo de se sentar entre alemães de gema e exultar com os cânticos e golos germânicos.
LUIS Nazaré, economista; Professor do ISEG
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-09/0/5_2042191_AC90041C02963543C1A26B6330C348AB.pdf



Ensino Superior: 16 alunos por dia abandonam curso


Os estudantes garantem que não é possível suportar mais austeridade.
O Governo quer cortar 756 milhões de euros na Educação até 2015, mas os estudantes garantem que não é possível suportar mais austeridade.
Dezasseis jovens abandonam, por dia, o ensino superior. O número, avançado ontem pelas associações de estudantes de Lisboa, reflecte apenas parte dos casos em que a pobreza envergonhada dá lugar à necessidade de obter uma forma de sustento.
É um abandono envergonhado. Há jovens que já não se podem dar ao luxo – porque a educação hoje em dia é um luxo – de poder tirar um curso porque têm de trabalhar", garantiu Laura Almodôvar, membro da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa.
Com o corte previsto de 756 milhões de euros nas despesas do Ministério da Educação e Ciência (MEC) até 2015, os estudantes temem o agravamento das dificuldades e garantem que a Educação chegou a uma situação "insustentável".
"Já não são precisos mais cortes para a situação ser mais insustentável. Pagamos 1036 euros de propinas, com a previsão de um aumento de 30 euros, há menos bolsas atribuídas porque muitos pais de estudantes têm dívidas, as residências são insuficientes. Há até alunos que não têm como pagar 2,40 euros por uma refeição".
http://www.clipquick.com/Files/Internet/2013/05-07/0/7_206403_FB92590F1E77C2972AC42A85C5D82259.pdf

08 maio 2013

Cinquenta mil


Alguns dos documentos mais impressionantes da historiografia russa sobre o período das Grandes Purgas de Estaline, nos anos 30, são umas páginas breves redigidas pelo punho do ditador, e enviadas para as imensas organizações regionais da polícia política, indicando os números de "inimigos" políticos a liquidar. Cabia aos algozes locais traduzir as cifras de Estaline nos rostos concretos a sacrificar no altar do terrorismo de Estado.
Cinquenta mil. Eis a cifra de funcionários públicos a abater dos efectivos, por ordem do delegado – principal da troika em Lisboa.
As vítimas a serem devoradas pelo minotauro da austeridade não resultam de nenhum estudo rigoroso sobre eficiência do aparelho administrativo do Estado, mas sim da simples convergência de vontades arbitrárias: as dos técnicos da "troika", que já deram provas de persistente ignorância, e dos fanáticos neoliberais indígenas que competem para ganhar as boas graças dos primeiros. Serão os funcionários públicos mais frágeis, com laços mais precários, a serem submetidos a uma chantagem que os coloca entre a rescisão, com renúncia perpétua à função pública, ou o despedimento em piores condições. O argumento apresentado pelo delegado -principal da troika é a de que disso depende a permanência de Portugal no curo.
Na sua imperturbável indiferença para com a realidade, ele parece desconhecer que por este caminho não só seremos o rastilho da implosão do curo como acabaremos por ter mais Estado do que é desejável para sociedades que queiram persistir na democracia.
VIRIATO SOROMENHO MARQUES, Professor universitário
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-08/0/5_2041416_0F50E5D557150FCE98A00D8267F98FC5.pdf

O juízo da História


Em plena II Guerra — Mundial, no decurso da Conferência de Teerão (1943), Churchill terá confiado a Roosevelt: "A história será bondosa para mim, pois eu tenciono escrevê-la." A preocupação com o juízo da memória partilhada, a que chamamos história, é comum em todos os agentes políticos que meditam sobre o seu próprio papel.
Mas não é difícil ser, mesmo sucessivamente como foi o caso de Churchill, actor e cronista da acção.
Paulo Portas, ao comentar as medidas de austeridade do Governo de que faz parte, 48 horas depois da sua apresentação pelo primeiro-ministro, parece querer ir mais longe do que o lendário estadista britânico. Portas parece pretender escrever, simultaneamente, a história enquanto esta se realiza também com o seu contributo. Pretende salvaguardar o seu quinhão pessoal na memória pública, mesmo antes de a sua acção ter revelado todas as consequências.
Não restam dúvidas de que Portas está muitos escalões acima da gente cinzenta que com ele mora num dos mais nefastos governos da história de Portugal. Contudo, nenhum golpe de mágica pode iludir a dilaceração pessoal de Portas. Ele partilha, aparentemente, com os grandes e raros estadistas, um poder que habita nos limites. Eles dão nome a novos ciclos, a novas idades. Portas, no entanto, tem, por agora, apenas um poder terminal, escatológico. Pode matar este Governo no instante em que o desejar.
Mais incerto é saber se terá o poder de iniciar ou contribuir para uma alternativa capaz de fazer sair Portugal deste labirinto de mortal abjecção.
VIRIATO SOROMENHO-MARQUES, Professor universitário
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-07/0/5_2040910_7346CCE9888E124136E9E4ACC21227F4.pdf

07 maio 2013

Lançados às feras


Na sua comunicação ao país, Passos Coelho fez o que se esperava. Declarando que iria cumprir a jurisprudência constitucional que legitimou a contribuição extraordinária de solidariedade, decidiu que a mesma passaria de extraordinária a permanente, chamando-se assim agora contribuição especial de sustentabilidade. Pelo caminho, teve ainda o cinismo de fazer depender as pensões do Estado da economia nacional, como se os descontos que os reformados fizeram ao longo de uma vida tivessem alguma coisa a ver com a evolução da conjuntura económica.
O que é grave é que o Tribunal Constitucional tenha permitido esta escandalosa tributação confiscatória contra quase toda a doutrina. Conforme escreveu Costa Andrade, "se houvesse 100 constitucionalistas em Portugal, a esmagadora maioria, para aí uns 87, poderiam ter-se pronunciado pela inconstitucionalidade da medida. Sobravam 13, a pronunciar-se em sentido contrário. Só que, por capricho do destino, estes têm assento no TC [...]" ("Público", 14/4/2013). Para os juízes do TC, é possível assim criar um imposto de classe, sujeito a taxas confiscatórias, como é a CES, que apenas recai sobre os pensionistas, a quem retira na prática as suas pensões, reduzindo-as a valores irrisórios.
Com esta decisão, o Tribunal Constitucional atirou os pensionistas portugueses às feras.
E, como se viu imediatamente, as feras não perdem tempo em abocanhar as presas que lhes atiram.
LUÍS MENEZES LEITÃO, Professor da Faculdade de Direito de Lisboa
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/05-07/0/5_2041006_E46A0321970D2CE564EAA59B0DA4EE12.pdf


05 maio 2013

Portas opõe-se à taxa sobre as pensões


Dois dias depois do anúncio de um novo pacote de austeridade, o CDS-PP pronunciou-se sobre as medidas anunciadas por Passos Coelho.
O líder do CDS discorda frontalmente da proposta de impor uma contribuição aos pensionistas e reformados como uma das medidas de redução de despesa pública anunciadas por Passos Coelho há dois dias.
Paulo Portas tornou pública a sua contestação à proposta de uma contribuição adicional sobre as reformas – a única medida que o primeiro-ministro admite ponderar no pacote de redução da despesa do Estado até 2015. Deixando transparecer divisões no Governo, o líder do CDS e ministro de Estado defendeu uma atitude mais pró-activa nas negociações com a troika e assumiu que nas suas posições pesou o apelo à concórdia do Presidente da República.
http://www.publico.pt/politica/noticia/portas-opoese-a-contribuicao-sobre-as-pensoes-1593430


Melhor árbitro do mundo aumenta prejuízos do Sporting


As presenças nas finais da Liga dos Campeões e do Euro 2012 foram decisivas para Pedro Proença ser eleito o melhor árbitro do mundo em 2012.
Em 2013 a história é outra. Uma desgraça. Ao ponto do S. L. Benfica o ‘vetar’ para os seus jogos. Agora foi a vez do Sporting C. P. ser prejudicado no jogo que fez em casa do Paços de Ferreira. Pedro Proença não quis ver uma falta merecedora de grande – penalidade a favor do Sporting, quando o resultado ainda estava 0 – 0. Só mesmo um distraído ou um ‘cegueta’ é que não via a falta para penalty. Pois, Pedro Proença mandou seguir jogo…
Daí a pouco o Paços de Ferreira marcou um golo, defendeu-se, e ganhou o jogo! Limpinho/ sujinho!
E vive este ‘magnífico’ árbitro em Lisboa. Dá cabo da vida aos clubes da capital. Gosta mais dos ares do norte… café com leite; fruta/ chocolate…
Razão tem o novo Presidente, Bruno, quando diz que alguns dos milhões de prejuízos do Sporting se devem aos… árbitros!

É só amor no futebol...


Fernanda Miranda, 29 anos, casada com Pinto da Costa, 75 anos.
Gina González, 36 anos, casa com Alfredo Di Stefano, 86 anos.
http://www.dn.pt/inicio/pessoas/interior.aspx?content_id=3200869





Merkel e os FDP...


Vice-chanceler alemão, Philipp Roesler, do partido liberal FDP, durante o congresso em que se discute também a renovação da aliança com a CDU de Angela Merkel.
Até que enfim! Está explicado o porquê da chanceler Angela Merkel tratar tão mal os cidadãos europeus… Vejam com quem se coligaram: com os FDP (filhos da p*ta).



Filhos do 25 de Abril


Somos quase todos filhos do 25 de Abril, mas uns são mais filhos do que outros.
A geração que fez o 25 de Abril era filha do outro regime. Era filha da ditadura, da falta de liberdade, da pobre e permanente austeridade e da 4.ª classe antiga.
Tinha crescido na contenção, na disciplina, na poupança e a saber (os que à escola tinham acesso) Português e Matemática.
Os mais velhos conheceram dois mundos – os que hoje são avós e saem à rua para comemorar ou ficam em casa a maldizer o dia em que lhes aconteceu uma revolução.
Depois veio a actual geração. É uma geração que apenas teve sonhos de desfrute ao contrário da outra que sonhou com a liberdade, o desenvolvimento e a cidadania. É uma geração sem biblioteca, nem sala de aula mas com muita RGA e café. É uma geração de amigos e conhecidos e compinchas e companheiros de copos e de praia. É a geração da adolescência sem fim.
Uma geração feita para as artes, para a escrita, para a conversa, para a música e para a viagem. É uma geração de diletantes, de amadores e amantes. Foi feita para ser nova para sempre e por isso esgotou-se quando a juventude acabou. Deu bons músicos, bons actores, bons desportistas, bons artistas. E drogaditos. Mas não deu nenhum bom político, nem nenhum grande empresário. Talvez porque o hedonismo e a diletância, coisas boas para a escrita e para as artes, não sejam os melhores valores para actividades que necessitam disciplina, trabalho, cultura e honestidade; valores, de algum modo, pouco pertinentes durante os anos de festa.
Eu não confio na actual geração nem para se governar a ela própria quanto mais para governar o país. O pior é que temo pela que se segue. Uma geração que tem mais gente formada, mais gente educada mas que tem maus exemplos no topo da pirâmide do país. A geração que aí vem teve-os como professores. Vai ser preciso um milagre. Ou então teremos que ressuscitar os velhos.
Pedro Bidarra, Publicitário, psicossociólogo e autor
http://www.dinheirovivo.pt/Buzz/Artigo/CIECO144998.html?page=2

03 maio 2013

As principais medidas apresentadas por Passos Coelho


Seis medidas para a Função Pública e outras tantas medidas sectoriais. Assim se pode resumir a comunicação feita ao País ontem pelo primeiro-ministro. O essencial passa pela rescisões com 30 mil funcionários e uma taxa de solidariedade a aplicar a pensões mais elevadas da administração pública. Passos Coelho disse que quer agora "discutir todas estas medidas com os parceiros sociais e os partidos políticos" e que aceita "substituir estas medidas por outras equitativas" que permitam igual "nível de poupança".
6 medidas para o Sector Público Administrativo:
1 - Transformar o regime de mobilidade em requalificação da administração pública, com acções de formação e estabelecer um prazo máximo de 18 meses de permanência no sistema
2 - Adaptar o regime da Função Pública ao Código do Trabalho global para o aproximar do privado, aumentando o tempo de trabalho para 40 horas semanais e promover assim a igualdade entre todos os trabalhadores
3 - Avançar com rescisões por mútuo acordo para diminuição do número de efectivos e reorganização dos serviços: 30 mil pessoas serão afectadas
4 - Plano de cortes nos suplementos remuneratórios da administração pública, já em 2013
5 - Subida de O,75% nos descontos para ADSE ainda em 2013 e mais 0,25 em 2014 (é actualmente de 1,5)
6 - Corte de mais 10% nos orçamentos de todos os ministérios, abrangendo bens e serviço e outras despesas correntes, já em 2013
Medidas sectoriais:
- Idade mínima de reserva passa para os 58 anos no serviço militar, GNR e PSP
- Idade da reforma sem penalizações passa para os 66 anos
- Modelo de sustentabilidade da Segurança Social vai somar ao factor de esperança média de vida a massa salarial total da economia, desconhecendo-se a equação a aplicar
- Eliminar os regimes de bonificação de tempo de serviço a contar para a idade da reforma
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3199792&page=3

Medidas anunciadas por Passos Coelho


- Dispensa de 30 mil funcionários públicos, por via de rescisões amigáveis e da mobilidade especial.
- Nova taxa (“contribuição de sustentabilidade”) para as pensões que terá como base a contribuição extraordinária de solidariedade que está a ser aplicada às pensões acima de 1350 euros.
- Aumento do horário de trabalho da função pública de 35 para 40 horas semanais em 2013.
- Aumento em 0,75 pontos percentuais da contribuição para a ADSE já neste ano e mais 0,25 pontos percentuais no início de 2014.
- Idade de acesso à situação de reserva e pré-aposentação nas Forças Armadas, GNR e PSP passará para os 58 anos.
- Poupanças de, no mínimo de 10% face a 2013, nas despesas correntes dos ministérios
http://www.publico.pt/economia/noticia/reforma-sem-penalizacao-so-aos-66-anos-1593286


Maratona da Grande Muralha


A atleta amadora portuguesa Filipa Elvas foi a única mulher a completar a edição deste ano da "Maratona da Grande Muralha", uma das mais difíceis provas do género disputadas na quarta-feira nos arredores de Pequim.
"Nunca fiz uma coisa fisicamente tão violenta como esta!", contou hoje à agência Lusa Filipa Elvas, tripulante da TAP, nascida há 37 anos em Lisboa.
Com a bandeira de Portugal nas costas, Filipa Elvas correu durante 7 horas e 50 minutos, num percurso de 45 quilómetros, com 20.000 degraus e rampas muito inclinadas.
Dos 140 atletas de dezenas de países inscritos, entre os quais trinta mulheres, apenas 15 chegaram ao fim dentro do limite de tempo estipulado pelos organizadores da prova (oito horas).
O outro português inscrito, e que é também tripulante da TAP, Álvaro Leite, ficou em 4.º lugar.
"O mais importante é conseguirmos ultrapassar os nossos limites", disse Álvaro Leite, um especialista do triatlo, nascido há 41 anos no Porto.
A Maratona da Grande Muralha da China disputa-se desde 1999.
http://www.dn.pt/desporto/outrasmodalidades/interior.aspx?content_id=3196278&page=1


BENFICA


O Benfica está na final da Liga Europa, que irá disputar frente ao Chelsea, a 15 de Maio, em Amesterdão.
O S. L. Benfica regressa a uma final europeia 23 anos depois.