Historicando

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30 abril 2013

Ensaio clínico contra a insuficiência cardíaca


Cientistas britânicos vão introduzir um gene a bordo de um vírus em doentes cardíacos para ajudar o seu coração a bater com mais força.
O Imperial College de Londres (ICL) anunciou nesta terça-feira que o primeiro de dois ensaios clínicos destinados a testar a eficácia de uma terapia genética contra a insuficiência cardíaca já começou no Reino Unido. Estes ensaios deverão envolver ao todo cerca de 250 doentes cujo coração não tem a força suficiente para bombear o sangue para o resto do corpo.
A insuficiência cardíaca é uma doença incapacitante e potencialmente mortal, que, segundo estimativas da Sociedade Europeia de Cardiologia, afecta cerca de 2% a 3% da população adulta, aumentando marcadamente na terceira idade. Em Portugal, estimava-se em 2010 que afectasse mais de 250 mil pessoas.
O tratamento que vai agora ser testado consiste em injectar na circulação sanguínea, a bordo de um vírus da constipação tornado inócuo, um gene que comanda o fabrico de uma proteína chamada SERCA2a. Sabe-se hoje que os níveis desta proteína – que são mais baixos nos doentes cardíacos do que nas pessoas com um coração saudável – condicionam a qualidade da contracção das células do músculo cardíaco. A ideia é que a nova terapia, ao fazer aumentar a quantidade de proteína SERCA2a presente naquelas células, permita reforçar os batimentos do coração, restabelecendo a sua função normal.
Um dos problemas com que os cientistas se têm defrontado é o de como fazer para que o gene introduzido no organismo afecte as células-alvo do tratamento e apenas elas. “Foram 20 anos de árduo trabalho para encontrar o gene certo e desenvolver um tratamento que funciona”, diz Stan Harding, também do ICL, que desenvolveu o tratamento que vai agora ter de fazer as suas provas.
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/comecou-o-primeiro-ensaio-clinico-de-sempre-de-uma-terapia-genetica-contra-a-insuficiencia-cardiaca-1592969




Alexander Graham Bell's Voice, ca. 1885


E 128 anos depois, podemos ouvir a voz de Bell.
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/descoberta-a-voz-de-alexander-graham-bell-o-inventor-do-telefone-1592879#/0

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=qTpWD28Vcq0
http://youtu.be/qTpWD28Vcq0


27 abril 2013

Coligação?


Reunião do Conselho de Ministros de ontem que foi longa, dura e complicada. Em cima da mesa estavam as propostas de Vítor Gaspar para cortar no Estado Social, que não agradaram a alguns membros do Governo.
Apesar do briefing à Comunicação Social ter acontecido depois de almoço, o Conselho de Ministros só terminou às nove da noite. A TVI sabe que a reunião do Governo foi tensa, assim como o anterior Conselho de Ministros extraordinário, que ficou marcado pelas críticas dos ministros do PSD à política proposta por Vítor Gaspar.
Os jornais «Expresso» e «i», acrescentam mesmo que Paulo Portas ameaça romper com a coligação de Governo, perante a hipótese de se fazerem cortes nos salários e pensões. Uma posição que terá sido apoiada por Paula Teixeira da Cruz, Aguiar Branco, Miguel Macedo e Álvaro Santos Pereira.
Em causa estão as medidas para reduzir 4 mil milhões de euros na despesa do Estado e os cortes necessários para compensar o buraco financeiro decorrente do chumbo do Tribunal Constitucional.
Na próxima terça-feira está marcado mais uma reunião extraordinária do Governo, para fechar este dossier.
http://www.tvi24.iol.pt/503/politica/paulo-portas-coligacao-conselho-de-ministros-tvi24-vitor-gaspar/1443749-4072.html


26 abril 2013

Responder pelas contas


As mudanças no Governo e as suas justificações mais ou menos pessoais constituem hoje um óptimo pretexto para lembrar alguns postulados básicos que foram tornados esquecidos pela (má) experiência da austeridade orçamental.
Em primeiro, o Estado não é uma empresa. Não prossegue fins lucrativos, ou fins próprios ou egoístas, mas sim finalidades associadas à satisfação de necessidades públicas, pela arrecadação de meios de financiamento, na perspectiva última de repartição da riqueza e da poupança na comunidade.
Como não empresa que é, a celebração dos negócios pelo Estado fica sujeita a um escrutínio especial do público, numa óptica de transparência e de clareza financeira.
Em segundo, cada vez mais os Tribunais têm vindo a apreciar as motivações que presidem à tomada de decisões. De facto, a jurisprudência dos tribunais superiores portugueses tem evoluído no sentido do estudo mais aprofundado dos fundamentos da decisão pública, como sejam aqueles que constam dos relatórios do Orçamento do Estado.
Em terceiro e último, há um conceito que é estudado há mais de cinquenta anos na área da boa governação que é o de 'accountability', que limita a decisão burocrática pelo recurso a regras internas (de flexibilidade) e externas (de controlo). No campo da regras externas, aliás, um dos grandes desafios passa pela reestruturação da noção de controlo.
Referimo-nos ao reforço dos critérios estimativos dos valores orçamentais, por um lado, e ao reforço da auditoria, por outro, pela ponderação das "pistas de auditoria" CAudit trails'), que consistem numa sequência de documentos que permitem ao observador a detecção de todas as transacções financeiras.
Em suma, em finanças públicas todas as proibições e restrições ficam enobrecidas, uma vez que reclamam, pela interpretação, a necessidade de a decisão pública ser limitada pelo poder/dever de o decisor envolvido responder livremente pelas contas prestadas. E os exemplos do dia a dia não são mais do que a simples demonstração do analisado.
Guilherme W. d´Oliveira Martins, Professor da FDL
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/04-26/0/5_2036344_57F881611BB2AE5EC6276378232390E2.pdf

Ramalho Eanes: o julgamento dos governos deve ocorrer todos os dias e não de quatro em quatro anos


Na sessão solene alusiva às comemorações do 39º.aniversario do 25 de Abril no Centro Cultural de Lagos, o antigo Presidente da República, Ramalho Eanes, apelou aos partidos políticos para que "debatam com urgência e com a sociedade civil as reformas do Estado", sobretudo ao nível das prestações sociais, da Saúde e da Educação. E, em jeito de recado, considerou que o julgamento dos governos deve ocorrer "todos os dias e não de quatro em quatro anos".
O general Ramalho Eanes, primeiro Presidente da República eleito após o 25 de Abril de 1974, apelou, em Lagos, aos partidos políticos para que "debatam com urgência e com a sociedade civil as reformas do Estado, essencialmente ao nível das prestações sociais, da Saúde e da Educação"; orientem o interesse público, "tornando-o potenciador do desenvolvimento e com efeito mobilizador da economia" e "mantenham uma coligação sistemática" junto das populações, "sobretudo ao nível das grandes decisões" que impliquem "análise de impacto orçamental".
"Urge fazer grandes opções e fazê-las com urgência, determinação e acerto; urge encetá-las com competência e com participação mobilizada da sociedade civil. E assim importa sobretudo que os partidos políticos, indispensáveis à democracia, respondam ao divórcio que vem ocorrendo entre eleitores e eleitos. O sacrifício que o povo português tem até agora suportado com paciência impõe melhorar o nosso contrato social", defendeu Ramalho Eanes, que presidiu, na quinta-feira, à sessão solene integrada nas comemorações do 39º. aniversário do 25 de Abril, no auditório do Centro Cultural de Lagos, promovida pelos órgãos autárquicos do concelho.
Depois de lembrar que, em 2010, a dívida das famílias portuguesas "representava cem por cento do PIB" (Produto Interno Bruto), "as empresas não financeiras 145 por cento e as administrações públicas 80 por cento, ao passo que a média da União Europeia era de 65 por cento, cem por cento e 80 por cento", respectivamente, o antigo Presidente da República considerou que "tempo nesta crise que nos assola é coisa que não podemos desperdiçar".
Por outro lado, e após insistir na necessidade de transparência, ética e valores em política, Ramalho Eanes, em jeito de recado, fez notar que "se porventura um Governo promete tudo e depois não faz nada; se promete tudo e faz o contrário; se nas opções não é evidente, e devia ter sido", e se "não é transparente na execução", embora tenha legitimidade eleitoral, "perde a sua legitimidade política". "E quando se perde a legitimidade política, perde-se a confiança", observou o ex-Chefe do Estado, para quem tal poderá criar uma "crise social". Essa situação, acrescentou, "noutros países levou inclusivamente à substituição de governos. Temos aquilo que aconteceu na chamada Primavera Árabe". E aproveitou para preconizar que o julgamento dos governos deve ocorrer "todos os dias e não de quatro em quatro anos".
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3186690

Instituto de Odivelas - As Filhas da Nação

http://youtu.be/LB9iKqftNm0
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=LB9iKqftNm0

Basta!


A eurodeputada socialista, Elisa Ferreira confrontou hoje o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, com a necessidade de uma mudança do rumo que têm vindo a ser seguido, no âmbito das políticas de austeridade.
“Persistir quando as políticas não funcionam, leva-nos a evocar uma expressão muito popular, que eu não queria evocar aqui e que é: só os tolos não mudam”, disse Elisa Ferreira perante o comissário.
Elisa Ferreira evocou os resultados alcançados em Portugal, apesar do “país ter seguido, até ao limite, as recomendações da troika”.   “Foi-nos dito que se cumpríssemos todas as recomendações da troika, sairíamos do desajuste em que estávamos em 2010”, lembrou a eurodeputada.
“Em 2010, nós tínhamos uma dívida de 93%  do PIB. Depois de termos seguido as recomendações, temos hoje, uma estimativa da própria troika de 124% do PIB. Teríamos um máximo de desemprego de 13%. Temos hoje 19% – 18,2 a caminhar para 19 –. Teríamos uma redução inicial do PIB, que seria corrigida de maneira que em 2013 já cresceríamos. Ao contrário disso decrescemos 3,2 no ano de 2012 e 2,3 no ano em curso”, evocou a eurodeputada.
“Senhor comissário: Basta desta receita”, exigiu Elisa Ferreira, confessando-se “desiludida” com o discurso de Olli Rehn, no qual o comissário defendeu a continuidade da actual política de ajustamento, como forma de colocar o país numa trajectória de crescimento.
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO144414.html?page=2

25 abril 2013

Rescaldo das meias-finais entre 'panzers' e 'toros'

Panzer é uma abreviação de "Panzerkampfwagen", um substantivo Alemão que se traduz como "Veículo Blindado de Combate".
Munique e Dortmund = 8


Os encierros (corridas nas quais as pessoas correm junto aos touros pelas ruas) e as ‘‘corridas de toros’‘ (touradas).
Madrid e Barcelona = 1


Deolinda – Mundo pequenino


A respeito da comemoração do 25 de Abril tivemos o grupo musical Deolinda que é um grupo de música popular portuguesa, inspirado pelo fado e pelas suas origens tradicionais, no dia 24 de Abril em Vila Nova Santo André a partir das 22.00 horas.
O insólito aconteceu quando a vocalista do conjunto caiu em plena actuação no palco, estatelando-se completamente. Não se feriu, porém ficou cerca de 1 minuto deitada no palco, não se conseguindo levantar por ela própria, e havendo então a necessidade de um elemento da banda a socorrer dando-lhe a mão para a ajudar a erguer-se novamente, e poder prosseguir a magnífica actuação.
O engraçado foi Ana Bacalhau, já recomposta da queda, virar-se para o numeroso público e dizer: “foi de propósito!”.
Claro que não foi. Ainda bem que não passou de um susto o acidente. O público reagiu aplaudindo a tirada de Ana Bacalhau.



24 abril 2013

Truques de poupança na hora do abastecimento de um veículo


1.º Truque:  
Encher o tanque sempre pela manhã, o mais cedo possível.
A temperatura ambiente e do solo é mais baixa. Todas os postos de combustíveis têm os seus depósitos debaixo terra.
Ao estar mais fria, a terra, a densidade da gasolina e do diesel é menor.
O contrário se passa durante o dia, quando a temperatura do solo sobe, e os combustíveis tendem a expandir-se.
Por isso, se você enche o tanque ao meio-dia, pela tarde ou ao anoitecer, o litro de combustível não será um litro exactamente.
Na indústria petrolífera a gravidade específica e a temperatura de um solo tem um papel muito importante.
Onde eu trabalho, cada carregamento de combustível nos camiões é cuidadosamente controlada no que diz respeito à temperatura.
Para que, cada galão vertido no depósito (cisterna) do camião seja exacto.
2.º Truque:  
Quando for pessoalmente encher o tanque, não aperte a pistola ao máximo (pedir o mesmo ao abastecedor no caso de ser servido).
Segundo a pressão que se exerça sobre a pistola, a velocidade pode ser lenta, média ou alta.
Prefira sempre o modo mais lento e poupará mais dinheiro.
Ao encher mais lentamente, cria-se menos vapor e, a maior parte do combustível vertido converte-se num cheio real, eficaz.
Todas as mangueiras vertedoras de combustível devolvem o vapor para o depósito.
Se encherem o tanque apertando a pistola ao máximo uma percentagem do precioso líquido que entra no tanque do seu veículo transforma -se em vapor do combustível, já contabilizado, volta pela mangueira de combustível (surtidor) ao depósito da estação. Isso faz com que, os postos consigam recuperar parte do combustível vendido, e o cliente acaba pagando como se tivesse recebido a real quantidade contabilizada, menos combustível no tanque, pagando mais dinheiro.
3. º Truque:  
Encher o tanque antes que este baixe da metade. Quanto mais combustível tenha no depósito, menos ar há dentro do mesmo.
O combustível evapora-se mais rapidamente do que você pensa.
Os grandes depósitos cisterna das refinarias têm tectos flutuantes no interior, mantendo o ar separado do combustível, com o objectivo de manter a evaporação ao mínimo.
4.º Truque:  
Não encher o tanque quando o posto de combustíveis estiver sendo reabastecido e nem imediatamente depois.
Se você chega ao posto de combustíveis e vê um camião tanque que está abastecendo os depósitos subterrâneos do mesmo, ou os acaba de reabastecer, evite, se puder, abastecer no dito posto nesse momento.
Ao reabastecer os depósitos, o combustível é jorrado dentro do depósito, isso faz com que o combustível ainda restante nos mesmos seja agitado e os sedimentos assentes no fundo acabam ficando em suspensão por um tempo.
Assim sendo você corre o risco de abastecer o tanque com combustível sujo.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=573039

Portugal pós 'troika'


Actualmente, o desafio para o Estado português é conseguir chegar ao fim do programa de assistência, em Junho de 2014, sem rupturas políticas e sociais.
Como referia recentemente o Governador do Banco de Portugal, no final do programa a correcção dos desequilíbrios macroeconómicos não estará terminada, a dívida pública estará ainda a aumentar e a credibilidade das instituições portuguesas junto dos mercados não estará consolidada. Assim, a proposta do Dr. Carlos Costa que Portugal deverá procurar um programa europeu de assistência – o "Programa Cautelar" - faz todo o sentido. Um programa que não é de assistência financeira, mas que funciona como um mecanismo de seguro, com uma linha de crédito de reserva associada. E que pode ser utilizado para ultrapassar dificuldades temporárias no acesso ao financiamento no mercado.
Até ao fim do programa faltam catorze meses. Mas, a situação portuguesa não pode ser perspectivada de forma isolada da Europa. O presidente da Comissão Europeia afirmava na segunda-feira (citado pelo Expresso) que a política económica implementada na Europa, centrada principalmente na redução dos défices "atingiu os seus limites" e que apesar das correcções dos défices serem correctas "não serão sustentáveis política e socialmente". Isto depois do insuspeito Editorial Board do The New York Times vir a público defender que "há mais de dois anos que os líderes europeus conceberam um
'cocktail' de reformas estruturais e austeridade fiscal em países com problemas como Portugal, Espanha e Itália, prometendo que será o tónico para curar as suas debilidades económicas e financeiras. Toda a evidência mostra que este medicamento amargo está a matar o doente".
É difícil compatibilizar, com êxito, a austeridade e as reformas estruturais, durante uma recessão acentuada. Para que Portugal volte a depender menos dos seus credores e se assuma como um país autónomo, é necessário que sejam satisfeitas condições a nível externo e interno. A nível externo, e em particular na zona curo, é necessário que exista uma mudança na velocidade com que se pretende conseguir a diminuição das dívidas em relação à dimensão das economias. A eficiência e uma correcta afectação dos recursos são fundamentais. Mas há necessidade urgente de dinamizar o crescimento.
É também importante que o risco de 'default' baixe. A medida mais eficaz será através da criação das "eurobonds" com os efeitos esperados na diminuição dos prémios de risco e os impactos positivos nos balanços de muitas instituições financeiras e nas contas nacionais. A nível interno é fundamental que as reformas se façam. Que o País se torne mais atractivo para o investimento estrangeiro e que a competitividade da economia aumente de modo a conseguir melhorar o bem-estar dos cidadãos. Os partidos políticos têm agora a última palavra.
Vítor da Conceição Gonçalves, Professor Catedrático do ISEG, Pro-Reitor da UTL
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/04-24/0/5_2035415_E0EBEE8AD0E65F94E62E68D234C278DE.pdf





Telefonemas tentam calar Casagrande - FC Porto


FC Porto: Ex-jogador disse que se dopou nos dragões por quatro vezes.
"Casagrande recebeu vários telefonemas de Portugal a pedirem para se calar e esquecer este assunto do doping", disse ontem ao Correio da Manhã uma fonte próxima do ex-jogador brasileiro, que afirmou no programa de Jô Soares que tinha utilizado substâncias dopantes quando estava ao serviço do FC Porto, em 1987.
Walter Casagrande, de 50 anos, jogou cerca de seis meses no FC Porto na época de 1986/87, vindo do Corinthians. Estreou-se com a camisola dos dragões num empate (2-2) nas Antas com o V. Guimarães, tendo apontado um dos golos (Juary fez o outro).
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/atualidade/telefonemas-tentam-calar-casagrande

23 abril 2013

Mais idosos, menos jovens


Os três ramos importantes para a boa saúde e literacia dum povo são: a educação, a saúde e a justiça. Mau grado as circunstâncias de austeridade a que estamos votados, veio a tocar também estas dimensões.
Na educação, o acesso ao Ensino Superior tornou-se mais complicado e impossível para muitos que não poderão pagar propinas ou aguentar com as despesas para poderem estudar.
Na saúde, uma dimensão fundamental da vida dum povo e de cada família e de cada pessoa, "mens sana in corpore sano", também assistimos ao apertar do cinto. Neste campo, há um imponderável que é o aumento dos idosos. E idosos muitos dos quais não têm condições nenhumas, vivendo até sozinhos e isolados. Como na Europa, em Portugal temos uma sociedade em que idosos aumentam.
Em todo o país temos 28 197 idosos, mais 5196 do que no ano passado. Destes, 19 455 vivem sozinhos, 6565 vivem isolados e 2177 vivem sozinhos e isolados. Com maior incidência em Viseu (3315), em Bragança (2586) e na Guarda (2418).
No quadro jovem, a população que tem 24 ou menos anos anda pelos 21%. A juventude não é suficiente para a renovação da população. Portugal tem 128 idosos para cada 100 jovens. Nos anos 2010 e 2011, Portugal perdeu 33 mil residentes. A quebra deve-se à ausência de crescimento migratório, ao aumento de envelhecimento da população e à quebra da natalidade.
Por este andar, que futuro teremos nós? Imensos problemas teremos de enfrentar, dentro da crise económica.
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/04-20/0/5_2033668_B30BB10515AB65C5DD55F72D25672C82.pdf

Casagrande admite uso de doping quando jogava no FC Porto


O antigo avançado brasileiro, que se sagrou campeão europeu em 1987, confessa que usou quatro vezes uma substância injectável.
Walter Casagrande, avançado que trocou o Corinthians pelo FC Porto em 1986-87, admitiu numa entrevista ao Programa do Jô, talk-show brasileiro apresentado por Jô Soares, que se dopou quando representava os "dragões".
"No dia em que me estreei na equipa, no FC Porto, eu não sabia que ia jogar. Um jogador avisou-me, porque o treinador não dava a escalação [constituição] da equipa, e disse-me: 'Você vai jogar, mas tem que usar um negócio lá'. Então eu fui e usei", confessou o vencedor da Taça dos Campeões Europeus, em 1987.
"Usei umas quatro vezes. É uma situação que me envergonha, que me atrapalha muito mais do que pensar nas outras drogas que eu usei", afirmou depois, revelando que a substância em questão "era injectável no músculo " e "dava uma disposição acima do normal". E o controlo antidoping? "Não tinha", explica.
http://www.publico.pt/desporto/noticia/casagrande-admite-uso-de-doping-quando-jogava-no-fc-porto-1592230
Será que a Procuradoria – Geral da República abre um inquérito? Será que a Federação Portuguesa de Futebol abre um inquérito? Será que o Centro Nacional de Anti-Dopagem (CNAD) abre um inquérito? Não esqueçamos os campeonatos nacionais de futebol e taças europeias que o FCP ‘ganhou’ nesse período…





Dinheiro/ jogos psicológicos


O dinheiro não é tudo,  tudo é a falta de dinheiro.
O dinheiro (ou a falta dele) revela quem você é.
Quem disse que todas nossas carências devem e podem ser atendidas? Isso acontecia ilusoriamente na infância porque você tinha meia dúzia de necessidades. Na vida adulta isso é impossível, não haveria tanto leite para esses bebés – adultos buscando mamadeiras inesgotáveis. Quando um adulto ainda busca ter todos os seus desejos atendidos ele estará em sérios apuros.
O problema é esperarem que um homem  (não humano)  com super-poderes ofereça isso a elas e acharem que pelo simples facto de serem mulheres já estão realmente prontas para viver tudo isso.
Andamos cansados de nós mesmos e ainda insistimos em jogos psicológicos para sentir algum tom de vivacidade nessa vida carregada de automatismos.

22 abril 2013

Barroso: política de austeridade atingiu o limite


A aplicação de medidas de austeridade é necessária para corrigir os desequilíbrios dos países, mas a política apenas centrada na redução do défice “atingiu os seus limites”, defendeu nesta segunda-feira o presidente da Comissão Europeia.
Durão Barroso considerou, em Bruxelas, que as políticas de austeridade não tiveram aceitação social, conduzindo a tensões na Europa. E “uma política que é apenas vista como austeridade é claro que não é sustentável”, alertou.
Para o presidente do executivo comunitário, que falava num debate organizado por diversos think tanks  (grupos de reflexões) sobre o Estado da União Europeia, a grande falha da União Europeia na resposta à crise foi precisamente não conseguir explicar aos cidadãos “o que estava em jogo”. “É aqui que acho que não fizemos tudo certo. Não fomos capazes, colectivamente – instituições europeias e estados-membros –, de explicar o que estava em jogo e construir o apoio necessário”, o que, assumiu, contribuiu também para que se desenvolvessem “preconceitos inaceitáveis”.
Há “a ideia que existe nos países do centro, ou nos países mais prósperos, de que houve alguma espécie de inabilidade dos povos da periferia ou do sul, de que alguns destes povos são, por definição, preguiçosos ou incompetentes”.
“Este é um problema profundo, que eu considero moralmente intolerável e inaceitável. Vindo eu próprio de um destes países, posso dizer-lhes que o povo português é extremamente trabalhador”, declarou.
http://www.publico.pt/economia/noticia/barroso-politica-de-austeridade-atingiu-o-limite-1592123


21 abril 2013

A necessidade aguça o engenho -Imprimiu currículo em papel higiénico e procurou trabalho


Nuno Fonseca é um jovem de Felgueiras que continua à procura de um emprego estável. Aos 22 anos só pensa em arriscar e nos últimos dias apostou tudo numa ideia diferente: imprimiu o seu currículo em papel higiénico.
Na sua página de Facebook é possível ver a foto e uma mensagem a acompanhá-la: «Se achas que já viste currículos originais dá uma olhadela no meu. Se gostaste, partilha e ajuda-me a ser promovido de limpador de cus a copywriter». Irreverência não lhe falta.
Formado na Universidade do Minho e com mestrado em Direcção de Comunicação Empresarial Institucional pela Universidade Autónoma de Barcelona, foi director de comunicação da «Pro Gamer Series».
Em entrevista ao «Jornal de Notícias» conta que teve de gastar mil euros que recebeu no seu único emprego para fazer os 20 rolos de papel higiénico com o currículo impresso, que depois foram enviados para empresas nos Estados Unidos. Na primeira folha lê-se em inglês: «Por favor, antes de limpar o rabo na minha cara leia o meu currículo».
http://www.tvi24.iol.pt/acredite-se-quiser/papel-higienico-nuno-fonseca-tvi24/1441677-4088.html





20 abril 2013

Criado o primeiro monitor cardíaco portátil inteligente


O primeiro monitor cardíaco portátil inteligente, desenvolvido no Brasil e que permite enviar electrocardiogramas à distância, localizar doentes e detectar precocemente problemas de coração, deverá chegar em breve aos mercados europeu e norte-americano.
O aparelho, que deve começar a ser comercializado ainda este ano com o nome de Nexcor, vigia os problemas cardíacos à distância e em tempo real, mediante a realização de electrocardiogramas que são enviados para uma central de controlo.
Pouco maior do que um telemóvel, o aparelho é usado pelo doente à cintura e tem quatro eléctrodos colocados no peito.
Conta ainda com um intercomunicador que permite ao paciente falar imediatamente com um médico no caso de se sentir mal.
O monitor resulta de cinco anos de trabalho conjunto entre a organização sem fins lucrativos Flextronics – Instituto de Tecnologia (FIT), a empresa Corcam e o Hospital do Coração, de São Paulo, um centro de referência cardiovascular no Brasil.
No projecto trabalharam 40 profissionais, entre médicos, engenheiros, desenhadores e cientistas. O monitor, que transmite informações automaticamente através das redes de telemóvel, foi testado em mais de 160 doentes do Hospital do Coração.
Para o cardiologista Elic Szwarc, o que este aparelho tem de diferente é o facto de "detectar automaticamente as alterações mais precoces das doenças cardíacas, não medindo apenas a frequência, mas conseguindo procurar e avaliar o ritmo e as alterações".
António André, presidente de Corcam, sublinhou, por seu lado, que o monitor "pode identificar ataques cardíacos na sua fase inicial e síndromes raros das arritmias".
"É um modelo que pode ser personalizado, de acordo com as condições específicas de cada paciente", acrescentou António André.
"O objectivo é reduzir o grande número de mortes por ataques de coração que não são detectados nos primeiros instantes por serem assintomáticos", disse.
http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=3177462&seccao=Tecnologia&page=3



19 abril 2013

Caminhar faz tão bem ao coração como correr


Caminhar depressa pode ser tão bom para controlar a pressão arterial, o colesterol e o risco de contrair diabetes como correr. As conclusões são de um estudo publicado este mês pela revista Asteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology que revela que o importante é a distância que se percorre no exercício, e não o tempo.
Caminhar pode ser uma actividade mais sustentável para algumas pessoas quando comparada com a corrida.
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/caminhar-faz-tao-bem-ao-coracao-como-correr-1591848


PS – 40º aniversário, que caminhos existem para o PS?


Encontrar um projecto que responda aos interesses da classe média e que reinvente a proposta de sociedade da ideologia social-democrata é o caminho por onde parece passar o futuro do PS, que hoje celebra o seu 40. ° aniversário.
No momento em que assinala quatro décadas de vida, o PS vive uma encruzilhada em que a indefinição do caminho a seguir está condicionada pelo momento em que vive, onde se misturam vários tipos e níveis de crises.
No imediato, o partido liderado por António José Seguro vive na contingência de, como partido não só do sistema mas também de poder, ter de dar resposta política à crise financeira, económica e social que assola o país.
Mas o PS, que hoje faz 40 anos, passa também por uma profunda crise ideológica que há décadas ataca os partidos sociais-democratas e socialistas democráticos, invadidos que foram pelo pragmatismo pós-moderno e pelo neoliberalismo. Em terceiro lugar, surge como pano de fundo deste momento na vida do PS a crise geral da democracia representativa, que agrava a perda de credibilidade de qualquer partido clássico de poder.
O PS é um partido de Governo, nunca ensaiará ser um partido de protesto, e a maior parte da sociedade portuguesa sabe que o PS é um partido moderado liberal de esquerda, que é a tendência da maioria dos partidos sociais-democratas, que são partidos dispostos, perante o ajustamento e a globalização, a reformar o Estado social, a obedecer à dimensão da economia de mercado.
Para que haja uma real alternativa há que reinventar conceitos e romper com a linguagem ultraliberal. Não é com a linguagem ultraliberal que se combate o ultraliberalismo.
Do ponto de vista do PS, há que estruturar mais as propostas: já é claro que há uma outra maneira de fazer as coisas, mas não há propostas sólidas.
O PS deve participar no esforço europeu de pensar a sociedade, o indivíduo, o trabalho. E voltando a conceitos caros à esquerda que foram reescritos pelo neoliberalismo.
"Se olharmos para o Sul da Europa, vemos que os sistemas representativos perderam credibilidade, os actores políticos enterram-se com as instituições. Têm falta de capacidade de mobilização por ausência de capacidade de convicção. A excepção é o PCP e junto dos militantes mais antigos.
Há hoje uma reorganização da classe financista, embora a actual crise seja a falência da financialização do capitalismo, classe financista, essa, que apesar de não ter oposição falhou estrondosamente. Mas ao não haver oposição nem resposta, o cidadão comum está abandonado.
O poder financeiro continue a dominar o sistema político, e em que o sistema económico e político é dominado pelas elites alargadas do sistema financeiro. Quem está a ser esmagado, a quem está a ser retirado os recursos para que haja reposição do capital financeiro, é a classe média. A classe média está a substituir o conceito clássico de trabalhadores e de massas. Assistimos à proletarização da classe média e ainda não se percebeu o que será a reclassificação e a reorganização da oposição à elite financeira.
Isto torna inviável a democracia representativa, assistimos a uma polarização que impede a representação política.
O PS é um partido que vive das classes médias, pelo que tem de saber resgatar a sua base de apoio. Nesse sentido, o problema do PS é que este partido ainda não se radicalizou na assunção de que, perante uma política radical do neoliberalismo, é preciso uma mudança radical que responda aos interesses das suas bases que são a classe média.
Um projecto alternativo tem de mobilizar as classes médias, por muito que isto possa parecer uma heresia perante a análise política clássica. O PS não tem ainda uma clara noção de que tem de apresentar um projecto de alternativa que responda não só aos interesses dos excluídos mas também aos da classe média.
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/04-19/0/5_2033066_7457BA30A5419180A4C51EFDEDFBC259.pdf

18 abril 2013

Dois suspeitos do atentado de Boston


O FBI revelou nesta quinta-feira as fotos de dois suspeitos dos atentados de Boston, que na segunda-feira mataram três pessoas.
O FBI pediu a ajuda do público para identificar os dois suspeitos e não deu qualquer informação sobre eles.
http://www.publico.pt/mundo/noticia/fbi-divulga-fotos-de-dois-suspeitos-do-atentado-de-boston-1591797#/3





Surreal – Não há moeda única nenhuma


Até que ponto se tornou surreal a fractura interna na zona euro entre países do euro forte (no Norte) e os periféricos, do euro fraco?
A Alemanha foi aos mercados para colocar 3500 milhões de euros de dívida pública a 6 meses. Qual foi o preço que teve de pagar aos credores? Mera aritmética: à taxa de juro de 0,0002%, isso dá 7 mil euros ao ano, ou 3500 euros a 6 meses. Meros trocos... Em meados de Maio, Portugal irá igualmente aos mercados para colocar uma quantia ainda desconhecida de Bilhetes do Tesouro a 6 meses. Tendo em conta as rendibilidades recentes das várias maturidades, os credores não deverão andar longe de exigir 1% de juro. Se a emissão fosse do mesmo montante da alemã, custaria aos contribuintes lusitanos 35 milhões de euros/ano, ou 17,5 milhões a 6 meses: 5 mil vezes mais do que à Alemanha!...
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO139895.html
A conta fê-la António Perez Metelo esta semana. É verdadeiramente assustador: a Alemanha pediu 3,5 mil milhões de euros emprestados (a seis meses) e pagou 7500 euros de juros. Portugal por um empréstimo igual paga 35 milhões de euros. É uma diferença assustadora: de 7500 euros para 35 milhões. Não há moeda única nenhuma, não é possível às empresas portuguesas serem competitivas perante esta desigualdade no acesso ao crédito. Porque se o Estado paga esta enormidade para se financiar, acontece o mesmo às empresas. Além da austeridade, é este o garrote que sufoca a economia nacional e a impede de reagir. Nem tudo é responsabilidade do governo ou do excesso de austeridade. As condições de financiamento do país são hoje absolutamente impossíveis. Passos Coelho tem de atacar publicamente esta desigualdade injustificável, como fez esta semana o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy – que até pediu ao Banco Central Europeu que fosse mais interventivo para ajudar a zona euro a sair da recessão.
Ponto final:  A moeda é comum, mas as condições de financiamento estão completamente adulteradas.
http://www.dinheirovivo.pt/Artigo/CIECO139908.html?page=3


17 abril 2013

Gaspar usa fórmula de Excel errada...


ECONOMIA: Erro na fórmula de Excel usada para justificar a austeridade.
Artigo que inspirou uma legião de fãs de políticas restritivas tem falhas, segundo investigadores da universidade de Massachusetts.
Na base das políticas de austeridade, estão uma série de contas. O problema é quando essas decisões de aperto de cinto partem de contas erradas. Foi o que se detetou agora em relação ao artigo «Crescimento em tempo de dívida», cuja fórmula de Excel utilizada pelos dois investigadores que assinam o texto parece ter falhas. O certo é que tem inspirado uma legião de fãs, desde o comissário Europeu para os Assuntos Económicos, Olli Rehn, até ao secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, por exemplo.
O artigo de Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff baseou-se em estatísticas entre 1946 e 2009 para concluir que o crescimento económico diminui drasticamente quando o nível da dívida pública de um país ultrapassa os 90% do Produto Interno Bruto (PIB).
«Quando realizámos novos cálculos precisos, utilizando [o mesmo] conjunto de dados, verificou-se que, quando o rácio de dívida em relação ao PIB é superior a 90%, o crescimento médio é de 2,2%, e não -0,1%. Descobrimos também que a relação entre crescimento e dívida pública varia muito ao longo do tempo e entre países», frisam Thomas Herndon, Michael Ash e Robert Pollin. http://www.tvi24.iol.pt/503/economia---economia/austeridade-erro-excel-formula-crescimento-em-tempo-de-divida-ultimas-noticias/1440448-6377.html
Só podem estar a ‘brincar’ connosco! Milhões de pessoas por este mundo fora afectadas nas suas vidas quotidianas, porque uns ‘cérebros’ inventaram uma fórmula de Excel que diziam ser a chave para a solução da Economia dos países…

Margaret Thatcher: O funeral público


Com pompa e circunstância, realizou-se na manhã desta quarta-feira o funeral público de Margaret Thatcher. Na catedral de São Paulo estiveram 2300 pessoas, entre elas a rainha Isabel II e todos os primeiros-ministros que sucederam à Dama de Ferro. Na rua, milhares de pessoas.
http://www.publico.pt/mundo/noticia/o-funeral-publico-de-margaret-thatcher-acabou-1591581#/6





Ibiza


A ilha de Ibiza-Eivissa na nativa língua catalã está localizada ao largo da costa sudeste da Espanha e faz parte do arquipélago das Baleares. Juntamente com a vizinha ilha de Formentera (não mostrado), compreende as ilhas do arquipélago ocidental.
Como muitas das Ilhas Baleares, a maior indústria de Ibiza é o turismo, e Ibiza e Sant Antoni de Portmany são particularmente bem conhecida pela sua vida nocturna.
http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=80910&src=eoa-iotd





Maratona de Boston


15/04/2013

FMI cerca Portugal e exige cortes nos direitos sociais


Fundo está em Lisboa para alinhavar cortes na despesa. Mas faz pressão no sentido de reduzir o Estado social.
Para desbloquear a situação o FMI sugere:
Retirar o direito à redução de horários que beneficia alguns "professores";
Introduzir limites nos benefícios concedidos a famílias com mais crianças ou com custos elevados com a habitação;
Retirar o bónus no subsídio concedido a desempregados mais velhos (com mais de 30 anos);
Cortar pensões de forma retroactiva, a quem se reformou "entre 2000 e 2007" (aplicar o factor de sustentabilidade a parte de quem não foi abrangido já que a reforma só entrou em vigor de 2007, inclusive, em diante).
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO141403.html?page=2

Vale a pena correr para a reforma?


Desde 1 de Janeiro deste ano que se aplicam aos novos reformados as regras em vigor na data em que o seu pedido for deferido.
Em tempos de mudança e de desenho de novas e mais duras medidas de austeridade, a questão coloca-se. Mas a resposta é não, porque desde 1 de Janeiro de 2013 que as novas reformas e cujo requerimento deu entrada já este ano, são calculadas com base nas regras que estiverem em vigor quando o pedido for deferido.
Até ao final de 2012 era possível ao funcionário público indicar a data a partir da qual se pretendia aposentar, e com isso evitar as alterações à lei que viessem a revelar-se mais penalizadoras. Mas em Janeiro, o Estatuto da Aposentação veio determinar que passam a aplicar-se as regras que estiverem em vigor na data em que o pedido for deferido pela CGA. Esta solução evita as corridas às reformas observadas no passado e salvaguarda que os futuros reformados não conseguirão escapar a novos cortes.
Futuros pensionistas deixaram de poder indicar o momento a partir do qual querem que o seu pedido tenha efeito.
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO141243.html?page=3

16 abril 2013

Governo ‘balda-se’ às decisões do Tribunal Constitucional


Os funcionários públicos e os pensionistas podem não receber o subsídio de férias nos meses de Junho e Julho como é habitual. É que a devolução do subsídio está dependente da apresentação do Orçamento Rectificativo.
Os juristas acreditam que até ao verão é possível aprovar as correcções ao orçamento mas tudo vai depender da capacidade do Governo conseguir dinheiro e liquidez para repor os subsídios de férias.
Ora, para os funcionários públicos e pensionistas possam receber o subsídio antes das férias o Rectificativo tem que ser apresentado e aprovado até Junho. O problema pode ser a falta de dinheiro.
O Governo não contava com esta despesa, este ano, mas vai ser obrigado a repor estes salários depois da decisão do Tribunal Constitucional que obriga também à apresentação de um Orçamento Rectificativo para este ano que ainda não tem data.
Certo é que os funcionários públicos costumam receber o subsídio de férias em Junho e os pensionistas em Julho.
http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/subsidio-subsidio-de-ferias-funcao-publica-pensionistas-orcamento-retificativo/1440228-6377.html


15 abril 2013

Explosions at the Boston Marathon

http://youtu.be/046MuD1pYJg
http://www.youtube.com/watch?v=046MuD1pYJg

Breaking News: Explosions At Boston Marathon - Ground Footage (Boston On...

http://youtu.be/Wiw965HOylQ
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Wiw965HOylQ&bpctr=1366066722

Peugeot «besta sobre rodas» para Pikes Peak

Considerada uma das mais marcantes provas automobilísticas realizadas do outro lado do Oceano Atlântico, a Pikes Peak International Hill Climb deste ano contará com um nome bem conhecido dos ralis, o nove vezes campeão francês Sebastien Loeb, que, depois de uma carreira feita ao serviço da Citroën, participará agora na corrida norte-americana ao volante de um Peugeot construído especificamente para esta prova. As primeiras imagens desta «besta sobre rodas» foram agora dadas a conhecer.
Besta sobre rodas. Eis a expressão utilizada por Michael Trouver, designer chefe da Peugeot, para descrever o Peugeot 208 T16.

Recorde-se que a Pikes Peak International Hill Climb disputa-se, precisamente, na montanha de Pikes Peak, no Colorado, ao longo de um traçado sempre a subir, com 156 curvas e hoje em dia já totalmente em alcatrão, com um total de 19,99 quilómetros.
Com a partida fixada nos 1,440 metros, a corrida é disputada num percurso com uma inclinação média de 7 por cento, surgindo a linha de chegada aos 4,300 metros de altitude.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=627352



Mestrado falso do presidente do Eurogrupo


Denúncia do Sunday Independent obriga ministro das Finanças holandês a alterar currículo.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, acaba de retirar do currículo um mestrado em Economia Empresarial, pela University College Cork (UCC), que nunca existiu naquela instituição.
O ministro das Finanças retirou a referência ao mestrado.
A correcção do currículo que existia em vários sites oficiais, incluindo no do Eurogrupo, acontece depois da denúncia doSunday Independent.
O jornal inglês, citando fonte da referida universidade, garantia que o mestrado referido no currículo de Jeroen Dijsselbloem “não existia”.
http://www.publico.pt/economia/noticia/presidente-do-eurogrupo-corrige-curriculo-retirando-mestrado-que-nao-tinha-feito-1591368
E este ‘engano’ deixa margem para continuar nos dois cargos que exerce cumulativamente? Ministro das Finanças da Holanda e Presidente do Eurogrupo?
 



5 passos para não discutir dinheiro


Siga as instruções:
1 - O lugar do dinheiro
Defina o lugar do dinheiro no seu 'casamento' e quanto mais cedo o fizer melhores serão os resultados. Os problemas que o dinheiro cria dentro de um 'casamento' são muitas vezes uma consequência ou sintoma de que algo está mal noutras áreas. Por exemplo: Uma das partes está a gastar demasiado dinheiro para não se sentir controlado mas acaba por condenar o Orçamento com esta acção? O dinheiro está a ser utilizado como arma de ataque e o problema não se centra apenas no orçamento pouco elástico, mas na forma como é encarado pelo casal
2 - As emoções financeiras 
Depois de perceber como o dinheiro é usado para revelar certos aspectos da relação, torna-se mais fácil conhecer as emoções do parceiro e as próprias. Se tudo correr bem, o passo seguinte será conversar com o parceiro para perceber que problemas está o dinheiro a esconder ou revelar.
3 - O tempo
A digestão das revelações é essencial e depois surge a questão: o que pode ser feito para ajudar o parceiro a reduzir ansiedade? Ou por outro lado, se as questões do controlo forem o problema, o que pode ser feito para aumentar a flexibilidade? Ou se o problema for pouca margem no Orçamento, o que pode ser feito para minimizar os gastos ou potenciar a gestão dos rendimentos?
O ideal é fixar um valor a gastar por mês e retirar logo à partida uma parte do vencimento para guardar todos os meses. Se as contas forem conjuntas, o ideal é estabelecer limites logo à partida.
4 - Promova qualidade
Não importa qual a origem dos problemas financeiros nem quem recebe mais ou menos salário, importa sim que haja uma igualdade financeira em casa no momento de decidir. Esta igualdade elimina os problemas de controlo e facilita a discussão dentro das quatro paredes. Partilhe responsabilidade tanto no momento de receber como no momento de gastar e converse sobre gastos mensalmente.
5 - Prepare um Orçamento
Pois é, tal como o Estado, cada lar também tem de ter um orçamento pré-concebido. Faça-o semanal ou mensalmente (por mês torna-se mais eficiente porque o vencimento também é mensal). Estabeleça as refeições a fazer, as necessidades de despensa e até a roupa dos miúdos. Por fim, trate os números por aquilo que são: simples números.

Força Peer Steinbrück / SPD…


Diante dos 600 delegados do SPD reunidos em congresso em Augsburgo, na Baviera, Peer Steinbrück garantiu: "Quero ser chanceler!" Desafiando as sondagens, que continuam a dar a vitória à conservadora Angela Merkel nas eleições de 22 de Setembro na Alemanha, o candidato dos sociais-democratas conseguiu uma ovação em pé durante vários minutos.
Steinbrück prometeu "um novo equilíbrio social apoiado numa boa conjuntura económica". E não traçou um perfil negro da coligação de Governo entre a CDU de Merkel e os liberais do FDP que, segundo ele, aprofundou as desigualdades na Alemanha.
Segundo uma sondagem Emnid para a revista Focus, quatro em cada cinco alemães (79%) não acreditam que Steinbrück consiga derrotar Merkel. Só 12% afirmam que o candidato do SPD será o próximo chanceler alemão. Num esforço para lhes dar razão, Steinbrück já definiu os seus aliados: os ecologistas, com os quais o SPD já governou entre 1998 e 2005. "É dever do SPD e dos Verdes fazer melhor", garantiu.
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3165545&seccao=Europa

14 abril 2013

PSY - GANGNAM STYLE (강남스타일) PARODY! KIM JONG STYLE! | Key of Awesome #63

http://youtu.be/_cG7ZVBXQII
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=_cG7ZVBXQII

PSY - GENTLEMAN M/V

http://youtu.be/ASO_zypdnsQ
http://www.youtube.com/watch?feature=player_profilepage&v=ASO_zypdnsQ#!

CDS-PP / PS / PSD disponíveis para o diálogo?


O porta-voz do CDS-PP, João Almeida, afirmou hoje que o partido está disponível para o diálogo com o PS e que o Governo não pode prescindir dessa disponibilidade para negociar, que tem de ser "real" de "ambas as partes".
"É necessária disponibilidade real de ambas as partes, o discurso é apenas uma consequência da existência ou não dessa disponibilidade real para negociar. Acho que o Governo não pode prescindir dela e acho que o Partido Socialista não pode ver nenhum interesse numa radicalização que não leva o país a nenhuma consequência positiva", afirmou João Almeida.
No final da reunião do Conselho Nacional do CDS-PP, em que foi reafirmada "a importância da concertação política e social", João Almeida transmitiu que o partido valorizou, "de forma muito significativa, o papel desempenhado pela UGT" .
http://noticias.pt.msn.com/cds-pp-diz-que-governo-n%C3%A3o-pode-prescindir-de-disponibilidade-para-negociar-com-o-ps


13 abril 2013

Jacques Brel - Ne Me Quitte Pas (legendado em português)

http://youtu.be/9aXk7gDbXDQ
http://www.youtube.com/watch?v=9aXk7gDbXDQ&feature=youtu.be

“Gaspar é um psicopata social"


CARLOS VARGAS, ex-assessor do ministro da Economia acusa: "Trata-se de um psicopata social e não de um ministro das Finanças".
Carlos Vargas, ex-assessor do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, acusa o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, de ser "um psicopata social e não um ministros das Finanças". Na sua conta no twitter, o ex-assessor do Governo afirma que "cada dia que passa mostra que Vítor Gaspar é o ministro das Finanças mais arrogante e mais incompetente desde o reinado de D. Maria II".
Em post anteriores, o antigo jornalista da RTP deixava esta pergunta: "Se trabalhassem numa empresa privada, Gaspar e Borges ainda teriam emprego?". E sobre António Borges, conselheiro de Passos Coelho para as privatizações e renegociações das PPP, que chegou a defender que "o ideal era que os salários descessem", Carlos Vargas escreveu o seguinte. "O ideal é que o salário de Borges (25 mil euro/mês) descesse, digo eu".
Há ainda outro comentário que gerou polémica nas redes sociais. "A propósito de concorrência entre bancos, quantos responsáveis do regulador – o Banco de Portugal – não provém da própria banca? Ah, pois é", escreveu o ex-assessor do governo que deixou o ministério da Economia há dias.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3162530

Um em cada 3 alentejanos pode morrer de doença cardiovascular


Estudo revele que população alentejana tem risco acima da média.
Um em cada três alentejanos tem elevada probabilidade de morrer de doenças cardiovasculares (DCV) na próxima década, o que é superior à média nacional, conclui um estudo recente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC).
A investigação, intitulada Estudo VIVA, indica que «um em cada quatro portugueses tem uma elevada probabilidade de morrer de DCV nos próximo dez anos, mas a proporção é um em cada três para o Alentejo».
O estudo, apresentado esta sexta-feira à população nos Paços do Concelho de Évora, teve a participação de 10.008 portugueses maiores de 18 anos e residentes em 44 concelhos do país.
O objectivo prioritário do VIVA, já divulgado no ano passado no 33º Congresso Português de Cardiologia, realizado no Algarve, foi a caracterização dos portugueses em função do nível de risco cardiovascular, segundo a SPC.
Carlos Aguiar, vice-presidente da SPC e um dos coordenadores científicos da iniciativa, lembrou que as DCV são «a principal causa de mortalidade em Portugal», além de serem igualmente «uma importante causa de incapacidade, sofrimento e uso de recursos económicos».
Apesar disso, mostra o estudo, «apenas 30% dos portugueses adultos com risco elevado de DCV toma um medicamento para baixar o colesterol».
E, sublinhou Carlos Aguiar, «a maioria dos indivíduos que toma um medicamento para baixar o colesterol não o tem realmente controlado», pelo que «são muitas oportunidades perdidas para evitar as DCV em Portugal».
O colesterol, disse, deve preocupar «todas as pessoas que já sofreram um problema cardiovascular, os diabéticos, todos os homens com pelo menos 40 anos, todas as mulheres com pelo menos 50 anos ou que já tenham concluída a menopausa».
Esta problemática deve também merecer especial atenção por parte de ¿todas as pessoas com história familiar de DCV em idade prematura e de colesterol elevado e todas as pessoas com um ou mais factores de risco para DCV¿.
Mas o colesterol não é o único factor de risco, lembrou o responsável, explicando que, para evitar as DCV, é preciso também ter em conta «a pressão arterial, o fumo de tabaco, a diabetes, a obesidade abdominal e o sedentarismo».
«Todas estas condições facilitam a acumulação de colesterol na parede das artérias. Um indivíduo que tenha pouco colesterol no sangue, mas que tenha muitos outros factores de risco, pode ter mais lesões ateroscleróticas nas artérias e, portanto, mais razões para sofrer uma DCV e até morrer disso», avisou.
As doenças cardiovasculares devem-se, essencialmente, à aterosclerose, fenómeno que tem início numa fase precoce da vida e progride silenciosamente durante anos.
«As consequências clínicas mais importantes da aterosclerose, que são o enfarte agudo do miocárdio, o acidente vascular cerebral isquémico e a morte, são frequentemente súbitas e inesperadas», disse Carlos Aguiar, aconselhando a prevenção e uma atitude pró-activa na abordagem do risco cardiovascular, em declarações recolhidas pela Lusa.
http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/dcv-cardio-vascular-risco-alentejanos-estudo-tvi24/1438911-4071.html


12 abril 2013

Politólogos criticam a falta de experiência política


A mini- remodelação não é suficiente para dar um novo fôlego ao Governo e não resolve os problemas de orgânica e de coordenação política. Além disso, é a prova de que a capacidade de recrutamento de Passos Coelho "é baixíssima". Mas também pode revelar que deverá haver "muito pouca gente disponível para ir para um Governo chefiado por Vítor Gaspar".
Esta é a leitura dos vários politólogos, ouvidos pelo Diário Económico, que se dizem, sobretudo, surpreendidos com a nomeação de Miguel Poiares Maduro para o cargo de ministro -adjunto e do Desenvolvimento Regional, e que passará a ser o braço direito de Passos Coelho na coordenação política do Governo. "Poiares Maduro tem zero de experiência política. Isto só pode correr mal", antecipa Pedro Adão e Silva que considera que o novo ministro "não vai ser capaz de resolver o problema da coordenação política".
Além disso, Viriato Soromenho Marques lembra que, muito recentemente, Poiares Maduro publicou vários artigos e livros nos quais defende "políticas europeias opostas as de Vítor Gaspar", revelando ser "anti-Gaspar". É o caso das eurobonds, das quais o novo membro do Executivo é defensor, assim como do "aprofundamento da política europeia e da necessidade de superar o défice democrático europeu".
Mas para Viriato Soromenho Marques a nomeação de Poiares
Maduro pode ser também "um sinal de que o Executivo procura um novo protagonismo e novas oportunidades em Bruxelas". Isto porque, Poiares Maduro é "alguém que, ao contrário de Álvaro Santos Pereira, percebe muito bem á União Europeia", frisa.
No entanto, esta vantagem na Europa não é suficiente para que os politólogos atribuam nota positiva à opção de Passos Coelho. "É uma pessoa sem qualquer perfil político a coordenar as autarquias", frisa Pedro Adão e Silva.
Além disso, os politólogos dizem que esta mini-remodelação não vem "compensar a perda de credibilidade junto da sociedade" que só poderia resultar de uma saída de Gaspar lamentado que "continuam a existir mega-ministérios".
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/04-12/0/5_2029565_97EEFA0A0C3F3CCC441844220FE4EC73.pdf

Inventada máquina do tempo


Irão. Ali Razeghi é o pai da alegada invenção que, segundo o próprio permite “prever a vida de um indivíduo, nos próximos 5 a 8 anos, com uma probabilidade de acerto de 98%”. O mecanismo imprime o futuro previsto, depois do toque do utilizador, refere o cientista. Tudo baseado numa série de complexos algoritmos.
De acordo com o próprio, a sua mais recente invenção permitirá ao governo prever um conflito militar ou a flutuação das moedas estrangeiras.
Na notícia, avançada pelo diário inglês The Telegraph, o cientista refere que não vai ser lançado nenhum protótipo.
Razeghi diz também estar sobre pressão de familiares e amigos, por estar a fazer “o papel de Deus”.
http://www.dinheirovivo.pt/Buzz/Artigo/CIECO139210.html

Portugal poderia vender ouro


As reservas de ouro do Banco de Portugal valiam, no início do mês, 16.7 mil milhões de euros.
O acordo com a troika da UE/BCE/FMI  deu-nos um empréstimo de 78 mil milhões de euros.
Se vendêssemos as reservas de ouro, num ápice pagávamos 20% da dívida.

Passos faz mini-remodelação


Miguel Poiares Maduro é o novo ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional.
Marques Guedes é promovido a ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares.




A UE, a austeridade e a democracia


Independentemente do discurso mais ou menos demagógico que, com ou sem razão, se fez e se faz em torno do ‘despesismo’ dos governos dos últimos 20 anos, a verdade é que o País foi atirado para a aceitação forçada de um resgate imposto pelos credores internacionais o que, no contexto da União Europeia, depois da Grécia, constituiu mais uma situação, no mínimo estranha, ao arrepio do espírito e da letra dos tratados.
Houve quem profetizasse que a UE tinha morrido na Grécia e, mais recentemente, em Chipre. Tal como Mark Twain parece-me um claro exagero. O que já não me parece ser um exagero são os rombos que estas políticas europeias inconsequentes e ineficazes estão a provocar na Democracia.
Mais uma vez o exemplo grego – e foi a Grécia que há 2500 anos inventou o conceito – a que se junta a ingovernabilidade da Itália, após as recentes eleições, e as sondagens espanholas, mostram como os povos estão descrentes do sistema que os governa. A seguir talvez venha Portugal. E se juntarmos à questão da governação política, a questão social, de que o desemprego é a imagem mais dramática, que vai sobrar da UE e dos seus regimes democráticos, para as próximas gerações, se não se corrigir o tiro e se arrepiar caminho?
José Maria Brandão de Brito, Economista. Professor do ISEG/UTL
http://www.clipquick.com/Files/Internet/2013/04-10/0/7_205162_46E810FD629CD91F797EAC809CCACA44.pdf

11 abril 2013

Neil Diamond - BBC Concert 1971 - FULL VERSION

Quem pode pôr a Merkel no lugar



Chipre vende reservas de ouro e abre precedente na zona euro. E Portugal?


Governo desfaz-se de 400 milhões de euros de metal precioso para ajudar a financiar o país.
O governo de Chipre vai vender reservas de ouro no valor de 400 milhões de euros para ajudar a financiar o resgate financeiro, levantando receios de um precedente entre os países mais afectados pela crise da dívida na zona euro.
De acordo com o Financial Times, esta será a primeira vez desde 1997 que um país intervencionado recorre ao ouro para tentar angariar verbas.
A utilização do ouro estatal é, agora, a solução encontrada para resolver uma parte do problema. Num documento a que o Financial Times teve acesso, Chipre compromete-se a vender o “excesso de reservas” de ouro que detém.
A troika vai emprestar 10 mil milhões de euros a Chipre e o governo local terá de conseguir mais 6000 milhões em três anos. O recurso às reservas de ouro junta-se, assim, ao aumento de impostos sobre o rendimento e as empresas e à taxa sobre os depósitos bancários superiores a 100 mil euros.
http://www.publico.pt/economia/noticia/chipre-vende-reservas-de-ouro-e-abre-precedente-na-zona-euro-1590893
Ora digam-me cá, a ver se eu compreendo, porque é que se considera um ‘precedente’ um país garroteado pela alta finança europeia e mundial estar impedido de vender o seu próprio ouro para equilibrar a situação aflitiva do seu povo?
Resposta: a agiotagem, os usurários europeus e mundiais travestidos de financeiros legais não lhes interessa de modo algum que um qualquer país, uma vez caído na desgraça da dependência económica e financeira, sujeito a ‘pacotes de ajuda’ internacional, se livre dessa agiotagem e usura por meios próprios, isto é, que use o seu próprio ouro para pagar dívidas.
Querem explorar, até aos ossos, o filão da desgraça de um qualquer povo. Fazem tudo para que a dependência se prolongue. Quanto mais tempo durar a dívida, melhor para eles, porque além do pagamento da dívida há o lucro colossal dos juros agiotas…
Portugal está ou não no mesmo processo?

Gaspar quer cortar já 600 milhões


Definir já poupanças de 600 milhões de euros nas despesas globais do Estado, com a imposição de novos tectos aos ministérios, e poupar outros 600 milhões em cortes estruturais a negociar com a troika a partir da próxima semana.
Além destes 600 milhões de euros, essencialmente em despesas de funcionamento do Estado e eventualmente em algumas prestações sociais ou subsídios, o ministro das Finanças pretende compensar o chumbo do TC também com a antecipação de cortes da despesa que já estavam previstos, como mudanças na idade de reforma, a revisão tabela remuneratória da Função Pública ou a convergência entre os regimes da Caixa Geral de Aposentações e da Segurança Social.
O chumbo de quatro normas do OE tem um impacto de 1326 milhões de euros.
http://www.publico.pt/economia/noticia/gaspar-quer-cortar-ja-600-milhoes-nas-despesas-do-estado-1590872


Competitividade europeia passa pelo eixo África-América Latina


Um ‘triângulo estratégico’ entre os blocos do Atlântico pode compensar a expansão chinesa.
Os recursos naturais e a juventude das populações africanas e latino-americanas podem permitir à União Europeia obter sinergias para se manter competitiva num mundo onde as grandes economias asiáticas serão cada vez mais dominantes. Esta é a conclusão do estudo hoje apresentado pela consultora Accenture no ‘II Encontro Triângulo Estratégico América Latina-Europa-África'.
"Evoluir no sentido da criação de um Triângulo Estratégico é reconhecer a necessidade de conquistar competitividade num mundo multipolar, equilibrando um sistema em que o eixo do Pacífico, liderado pela China, ganha um peso determinante. Competir exige uma dinâmica mais complexa", afirma Luís Pedro Duarte, ‘managing director' da Accenture que coordenou o estudo.
http://economico.sapo.pt/noticias/competitividade-europeia-passa-pelo-eixo-africaamerica-latina_166751.html


«Mas nós estamos entregues a loucos?!»


No espaço de análise nas «Notícias às 21:00», a comentadora alertou que a troika e o Governo português estão a atacar o Estado de Direito.
«Viu-se os parceiros europeus, a troika toda, a atirar-se à decisão do TC. (...) E nós, em vez de vermos o Governo português defender a existência de um Estado de Direito em Portugal perante a troika, aquilo a que assistimos nesse momento foi exactamente a troika, com o Governo português, a atacar o Estado de Direito em Portugal. É normal que se discorde da decisão do TC, agora a decisão do TC é para cumprir porque uma Democracia fundamenta-se no voto e no primado da Lei. Se o primeiro-ministro não percebe isso, não percebo em que país é que vive», criticou.
Para Constança Cunha e Sá, o «facto do ministro das Finanças vir agora com este despacho, depois de ter tido o descaramento de dizer que não tinha um plano B para o chumbo do TC, mostra uma total irresponsabilidade».
«Mas nós estamos entregues a loucos?! É a única pergunta que eu faço: é se nos estamos entregues a loucos?! Porque a decisão não é do TC. A decisão é do Governo que decidiu insistir em normas que já tinham sido consideradas inconstitucionais o ano passado. A decisão vem do Governo. É o Governo que tinha de estar preparado para o chumbo do TC. O despacho representa um discurso de vingança e de punição em relação aos portugueses e em relação ao TC. Este Governo juntou-se à troika contra os portugueses e contra o Estado de Direito», reiterou.
http://www.tvi24.iol.pt/503/politica/constanca--opiniao-chumbo-oe-2013-vitor-gaspar-tvi24/1438438-4072.html


Ribeiro Telles – “Nobel” da arquitectura paisagista


O arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles foi esta quarta-feira distinguido com o Nobel da Arquitectura Paisagista, o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, pela federação internacional do sector.
O prémio, segundo a Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas (APAP), "representa a maior honra que a Federação Internacional dos Arquitectos Paisagistas (IFLA) pode conceder e reconhece um arquitecto paisagista, cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incomparável e duradoiro no bem-estar da sociedade e do ambiente e na promoção da profissão de Arquitectura Paisagista".
"É um momento muito importante para Portugal. O grande reconhecimento que é devido a este homem, único, vem de fora, dos seus pares internacionais", diz a arquitecta paisagista Aurora Carapinha ao PÚBLICO, que organizou a homenagem a Ribeiro Telles que teve lugar na Fundação Gulbenkian em 2011. "É um homem único não só pela forma como exerceu a profissão, mas também pela sua dimensão humanista, pela partilha do conhecimento."
O filósofo e ambientalista Viriato Soromenho Marques lembra-se de ver Gonçalo Ribeiro Telles na televisão em 1967, a falar sobre as cheias em Loures que mataram 500 pessoas. O impacto das palavras do arquitecto paisagista foi grande, porque Ribeiro Telles foi directo: na origem daquelas mortes estava a construção em cima de um leito de cheias. “Era pouco habitual ouvir alguém fazer críticas na televisão naquela altura.” Hoje, sabendo da distinção atribuída pela IFLA, não hesita em dizer que “o que é duradouro não é o moderno, é o clássico - e Ribeiro Telles é um clássico”.
O arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, de 90 anos, volta aos temas que lhe são próximos: a ligação da tecnologia e urbanismo, a ideia de “paisagem global” que cunhou em 1990,  à “modernidade como junção tanto de rural quanto de urbano”. E presta tributo a Francisco Caldeira Cabral, o pioneiro da arquitectura paisagística em Portugal, para falar da missão destes profissionais na humanização da natureza e como, no fundo, “um fabricante de paisagem”.
São da autoria de Ribeiro Telles, entre outros projectos, o Corredor Verde de Monsanto e a integração da zona ribeirinha oriental e ocidental, na Estrutura Verde Principal de Lisboa. Gonçalo Ribeiro Telles também é autor dos jardins da sede da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto (Prémio Valmor de 1975), e dos projectos do Vale de Alcântara e da Radial de Benfica, do Vale de Chelas, e do Parque Periférico, entre outros.
Este galardão, é considerado o “Nobel” da arquitectura paisagista. Nascido em Lisboa a 25 de Maio de 1922, Gonçalo Pereira Ribeiro Telles licenciou-se em Engenharia Agrónoma e formou-se em Arquitectura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia, na capital portuguesa, onde iniciou a vida profissional como assistente e discípulo de Francisco Caldeira Cabral, pioneiro da disciplina em Portugal, no século XX.
http://www.publico.pt/cultura/noticia/goncalo-ribeiro-telles-distinguido-com-premio-da-arquitectura-paisagista-ifla2013-1590761#/0



10 abril 2013

Málaga queixa-se à UEFA pela arbitragem em Dortmund


ASSIM GANHOU O DORTMUND!
http://www.tvi.iol.pt/videos/13841708

O Málaga vai apresentar uma queixa oficial à UEFA por considerar que foi prejudicado pela arbitragem no jogo que ditou a sua eliminação da Liga dos Campeões frente ao Borússia de Dortmund.
Todos no Málaga, desde o seu proprietário, aos jogadores, se queixaram da arbitragem do escocês Craig Thomson. “Espero que a UEFA abra uma investigação por uma equipa espanhola ficar de fora da prova deste modo. Não se pode afectar o espírito do Desporto. Isto não é futebol, isto é racismo”, escreveu no Twitter o xeque Nasser Al Thani, dono do clube.
Manuel Pellegrini, técnico chileno do Málaga, também criticou a arbitragem do jogo. “Não conseguimos ou não quiseram que nós passássemos. Uma equipa castigada não pode jogar uma final da Champions. Depois de termos feito o 1-2, deixou de haver arbitragem. Houve duas expulsões que não aconteceram e um duplo fora-de-jogo não assinalado”, declarou Pellegrini.
http://www.publico.pt/desporto/noticia/malaga-queixase-a-uefa-pela-arbitragem-em-dortmund-1590777


Extinção do sexo masculino


Dado a fragilidade do cromossoma Y – gene que determina o sexo masculino - um estudo da investigadora australiana Jennifer Graves prevê que o sexo masculino esteja em extinção dentro de cinco milhões de anos.
A cientista da Universidade de Camberra explicou a sua investigação durante uma palestra na Academia Australiana de Ciência afirmando que a questão do desaparecimento do cromossoma Y é "um acidente evolutivo".
Na palestra "O Declínio e a Queda do Cromossoma Y e o Futuro do Homem", Jennifer discutiu o desaparecimento do cromossoma e as implicações para o ser humano. A cientista ainda não sabe o que vai acontecer quando o cromossoma Y desaparecer totalmente, mas faz o paralelo com uma espécie de roedor que vive no Japão que consegue reproduzir-se sem o cromossoma Y.
Recordando que os homens têm cromossomas XY e as mulheres XX, Jennifer Graves disse que a estrutura do Y apresentar-se hoje mais frágil em relação ao X. Sendo que há três milhões de anos, o cromossoma Y tinha cerca de 1400 genes, agora tem menos de 100 e a tendência é diminuir, essa fragilidade pode significar o seu desaparecimento no futuro.
Apesar da descoberta, Jennifer Graves não acredita no fim da humanidade porque a desintegração do cromossoma Y pode levar a que outro cromossoma - que ainda não sabe qual - desempenhe o seu papel originando assim uma nova espécie.
http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=3154940






Atchim! Posso?


PASSOS DIZ E GASPAR FAZ. Despesas já pararam em todos os ministérios.
O ministro das Finanças mandou congelar todas as despesas dos ministérios.
A ordem consta de um despacho assinado por Vítor Gaspar, que apenas deixa de fora desta restrição os gastos com pessoal, as custas judiciais e contratos em execução com despesas.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3155084

PIDE recebeu formação da Gestapo e da CIA


A PIDE recebeu formação da Alemanha e dos Estados Unidos sobre técnicas de tortura a aplicar aos presos políticos durante o Estado Novo, relata o livro «Os últimos presos do Estado Novo», da jornalista Joana Pereira Bastos. No livro, a jornalista do Expresso descreve a passagem de vários oposicionistas às ditaduras salazarista e marcelista pelas prisões de Caxias e Peniche e os traumas provocados pela tortura que «perduram até aos dias de hoje».
Ao longo de mais de 150 páginas, é descrita uma visita da PIDE à sede da CIA, em Langley, nos Estados Unidos, onde mais de dez agentes "aprenderam técnicas de vigilância de rua e métodos de abrir cartas sem deixar vestígios".
Já na década de 1930, "a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE, antecessora da PIDE) recorreu à Gestapo", havendo "contactos regulares, com troca de visitas entre agentes".
Segundo a autora, que cita um estudo do Grupo de Estudo da Tortura (criado após o 25 de Abril), os dois principais métodos utilizados pela PIDE eram a privação do sono e o isolamento, seguindo-se os espancamentos ou até os choques eléctricos.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=625987

Reformados recorrem aos tribunais fiscais contra a taxa de solidariedade


A Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (Apre!) vai avançar para os tribunais com recursos à lei do Orçamento de Estado para 2013 que, num artigo aceite pelo Tribunal Constitucional (TC) e referente à Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), fixa cortes entre 3,5% e 40% nas reformas a partir de 1350 euros.
A Apre! vai patrocinar, de forma individual, cinco casos concretos de associados junto de vários tribunais administrativos e fiscais do país. A iniciativa surge como resposta ao próprio acórdão do TC que, apesar de declarar a CES constitucional, deixa claro que só caso a caso será possível aferir se a taxa configura uma situação de confisco.
A decisão do TC terá sido perturbada pelo surgimento de outro movimento de reformados recentemente envolvido em polémica (a do Sr. Filipe Pinhal, ex-administrador e presidente do BCP, e seus amigos ex-banqueiros).
“A CES é um imposto com nome de contribuição. Entregamos mas não recebemos nada”.
http://www.publico.pt/politica/noticia/reformados-recorrem-aos-tribunais-fiscais-contra-a-taxa-de-solidariedade-aceite-pelo-tc-1590735

09 abril 2013

Impacto de medidas chumbadas pelo TC é de 1.326 M€, dizem Finanças


É este o valor que o Ministério das Finanças publicou hoje, referindo-se à quantia que o Tribunal Constitucional considerou ilegítimo retirar aos funcionários públicos e aos pensionistas.
Ora bem, o nosso Ministério das Finanças já tratou de começar a arrecadar receita para cobrir o que não queria pagar.
Assim, soubemos que o fisco está a notificar os concessionários das praias para pagarem IMI. http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3155805
Não sei, mas talvez se preparem para cobrarem aos utentes das praias por as utilizarem: leia-se – irem a banhos de mar e porem a toalha na areia para se bronzearem. Claramente que o nosso Ministério das Finanças tem todo o direito de cobrar pelo uso prolongado e contínuo da água do mar e do calor do sol… Era o que faltava, num tempo de crise, as pessoas usufruírem de sol e mar à borla!

Um pretexto colossal


Não constituiu surpresa a resposta do PM: de fortemente fragilizado passou a ter um "pretexto colossal" para finalmente concretizar as medidas violentas nas funções sociais do Estado que o acompanham (ou aos seus mentores) desde sempre.
Os acontecimentos ocorridos em poucos dias - desde a moção de censura apresentada pelo Partido Socialista até à comunicação ao país por parte do primeiro-ministro (PM)- foram acompanhados de uma forte dramatização.
Não se justifica a repetição das ideias que aqui transmiti em Março. Um mês atrás apenas estava em aberto, na minha opinião, o alcance do Parecer do Tribunal Constitucional (TC) e o seu efeito sobre a implementação das medidas constantes do relatório apresentado pelo FMI para a célebre - e falsa - reforma do Estado.
Em campanha eleitoral, o futuro PM deu inequívocos sinais que as funções sociais do Estado estariam na mira do seu futuro governo. Referiu a importância de um reforço do papel dos privados - como se neste caso não houvesse despesa pública - e colocou em discussão a necessidade de uma revisão da Constituição da República.
Passados vinte e dois meses de governação, ninguém tem dúvidas - mesmo no seio do PSD - que a estratégia imposta pelo Memorando de Entendimento conduziu o país a um estado económico e social sem paralelo em democracia. Se a estratégia da Troika tinha erros de concepção para um país da Zona Euro, se estava "mal desenhada" para as características e problemas portugueses, certo é que o PM adoptou-a como programa de governo. Teve de a reforçar com mais medidas de austeridade por uma razão simples: o défice público e a dívida pública têm subido todos os anos. A segunda ultrapassaria este ano o limite definido como insustentável para o FMI. O Orçamento do Estado para 2013 já se encontrava fortemente desactualizado nas suas previsões quando entrou em vigor e integrava diversas medidas que dificilmente seriam totalmente validadas pelo TC.
As dificuldades económicas e sociais, a fragilidade interna do próprio governo e a multiplicidade de sinais que normalmente são associados ao "fim do ciclo" existiam antes de sexta-feira. O PM estava fragilizado e teria de ter a noção (bem como o seu ministro das Finanças) que o regresso aos mercados poderia estar distante, que a austeridade não tinha fim à vista e, por conseguinte, o crescimento económico e o emprego continuariam a ser uma miragem.
O TC é soberano nas suas decisões, tal como em todos os Estados de Direito, e o impacto financeiro das normas orçamentais consideradas inconstitucionais, se considerado em termos líquidos da receita fiscal acrescida, ficou aquém do que muitos esperavam. O drama não está (nem poderia estar), portanto, no Parecer do TC, mas na realidade objectiva que já existia e num governo que preferiria actuar sem restrições.
0 Presidente da República (PR) reagiu como se esperava, isto é, aceitar a continuidade de uma estratégia e de mais sacrifícios para os portugueses. Tudo o que suavemente tem vindo a criticar. Nada de novo, também, para quem quer terminar o seu mandato sem dar um sinal inequívoco de que existe.
Não constituiu surpresa a resposta do PM: de fortemente fragilizado passou a ter um "pretexto colossal" para finalmente concretizar as medidas violentas nas funções sociais do Estado que o acompanham (ou aos seus mentores) desde sempre. Nem tem de pensar muito: tem quase 12 mil milhões de cortes de despesa no relatório do FMI. A ameaça é simples: a necessidade de um segundo resgate. Claro que nunca o assumiria, mas este já era provável.
MANUELA ARCANJO, Professora universitária (TSEG) e investigadora. Economista.
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/04-09/0/5_2027678_07CDFECD525F39C3F4C17C2E3EDF7D6C.pdf

Pomos a Europa em xeque ou a Alemanha dá-nos xeque-mate?


Chegou a hora da chantagem, aberta e descarada, contra Portugal. Após o chumbo parcial do Tribunal Constitucional ao Orçamento de Estado, a resposta das instituições internacionais, com a Alemanha à cabeça, vai ser apertar o garrote.
O odioso ministro alemão das finanças, o demónio que se transformou em líder espiritual do novo pesadelo europeu, já veio dizer que Portugal terá de encontrar alternativas aos cortes chumbados pelo TC. Bruxelas, na mesma linha, segue a voz dos "donos", germânicos, da Europa. O FMI ainda não disse nada mas também não conta.
Não tem voz própria. É verbo-de-encher que seguirá os ditames de Berlim-Bruxelas. Diga-se até, em nome da justiça, que o FMI, rosto histórico da ingerência usurária nos países moribundos, é até, actualmente, um "menino de coro" quando comparado com os colegas da troika.
A abrir a vaga de ameaças que se adivinha, já se ouviu dizer que a resposta do pedido de mais tempo feito por Portugal fica pendente e a chantagem ficará completa quando, muito em breve, a troika informar Lisboa que não haverá transferência da tranche de quase três mil milhões, que estava prevista ainda para este mês, enquanto não houver Orçamento Rectificativo.
Depois da Grécia e do Chipre, o "fogo amigo" desta Europa raivosa vai voltar-se novamente para nós. E qual será a resposta?
A resposta do Governo já sabemos qual será. Submissão e prolongamento da agonia até ao sufoco total.
A resposta que deveria ser é outra bem distinta. Reacção. Pela nossa vida e dignidade temos o dever de responder, o direito de resistência.
É mais que hora de Portugal pôr em causa o euro, colocar em xeque a Europa. É a única forma de mexer com os poderosos da Europa, de conquistar o nosso poder negocial.
É a única maneira de fazer ver que queremos cumprir mas o plano terá que ser razoável e não esta loucura criminosa.
Como dizia ontem o Professor Viriato Soromenho-Marques, "o Governo Merkel já mostrou que não percebe a força das razões. Seria necessário mostrar-lhe as razões da força em favor dos interesses europeus comuns".
À chantagem que se adivinha contra Portugal, devemos responder com a devida proporcionalidade, porque somos membro de pleno direito da União Europeia, porque ainda somos um Estado soberano, porque ainda temos dignidade.
Esta é a ultima oportunidade para Passos Coelho bater o pé, promover a união entre os países da periferia da Europa - Portugal, Grécia, Irlanda, Espanha, Chipre e quiçá Itália precisam de realizar uma cimeira urgente - e recolocar a Alemanha no seu devido lugar. Ou o primeiro-ministro faz isso agora ou confirma o que diz Soromenho-Marques: "Em Lisboa, mas também em Madrid, Paris e Roma, parece não existir um único estadista".
FRANCISCO ALVES RITO
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/04-09/0/5_2027579_CE859BD3A2B4FB4BC2F94902FA97D13F.pdf

Na linha da frente


Se Clausewitz nos ensinou que a guerra deve ser a continuação da política, o ministro Schãuble, na sua declaração de ontem sobre Portugal, recordou que a política de austeridade pode ser a continuação da guerra por outros meios. Não sei se a prudência do discurso do líder do PS resulta de uma iluminação súbita, mas não me parece que, até hoje, a oposição percebesse completamente o que está em causa O problema não está em substituir um governo que merece um repúdio geral. O problema é criar condições para "mudar de política". Há uma guerra Norte-Sul na Europa. E o Norte está a ganhar. Fomos educados na crença de que os Estados europeus viveriam de acordo com os jogos de soma positiva, onde todos cooperam e todos ganham. Foi assim até 2009. A partir daí, sob a batuta de Merkel, os jogos na Europa passaram a ser os de soma nula. Jogos de guerra, onde as perdas de um são os ganhos de outro. O Sul está a pagar com juros os fundos estruturais e a festa de crédito do euro. Merkel está a disciplinar não só os Estados, mas também os mercados. Hoje Portugal está mais fraco para resistir sozinho ao colete-de-forças de Berlim. As barreiras estão a ser levantadas no sistema financeiro para tornar o núcleo duro teutónico imune a um país rebelde. O véu caiu. Portugal é uma satrapia de Berlim.
O que está em causa não é derrubar uma coligação, mas reconquistar a liberdade nacional. Tudo está em aberto. Desde uma viragem federal redentora até ao desmoronamento da Zona Euro, e o doloroso regresso às derivas estratégicas e conflitos tribais europeus. O tempo é para pensar estrategicamente. Definir os fins e escolher os meios. Procurar aliados nas outras satrapias, e mesmo no centro imperial. Quando se está na frágil condição de Portugal cometer mais erros seria um crime.
VIRIATO SOROMENHO-MARQUES, Professor universitário
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/04-09/0/5_2027460_ACC5E375E9B98239CCC0D1730D71B891.pdf

A União Europeia e a 'troika'


A profunda degradação da vida portuguesa, que afecta progressivamente o valor da confiança em que se baseia a convergência de esforços entre sociedade civil, governo, e conjuntura internacional, está a agudizar a questão da necessidade eventual, contra a prudência não abandonável, no que respeita à exigência de eleições gerais. Se a degradação interna aponta em qualquer Estado para a quebra de confiança na relação governo e sociedade civil, o que eventualmente exige eleições, a afirmada credibilidade externa recomenda prudência até ao sacrifício suportável da sociedade civil, hoje com sinais de desespero. Existe aqui uma dúvida não esclarecida que é a de saber em que medida a credibilidade externa não está indissoluvelmente ligada ao facto de os responsáveis internos estarem a desempenhar um procedimento que é o recomendado pelos gestores do misterioso mercado que rege a crise mundial, e aos quais não perturba a desagregação da sociedade civil dos europeus marginais, pobres, e em regime de protectorado.
A observação de tão perplexa situação, a relação da credibilidade externa com a degradação do valor interno da confiança, parece ter um ponto crítico de relacionamento que são as eleições próximas na Alemanha, e a manutenção da chanceler inspirada pela vocação directória do Norte sobre o Sul europeu. Os comentários de uma ligeira antropologia de salão sobre a identificação deste Sul, que esteve cinquenta anos de guerra-fria presente no esforço de derrubar o Muro de Berlim, tem pouco ou nada que ver com a concepção de governo da Europa, que os sacrificados líderes europeus da guerra quiseram entre povos iguais, e tudo com uma tradição que os sacrificou em duas guerras mundiais que viveram, e a que sobreviveram, a qual julga mais apropriado o directório.
Por muito que os resultados contrariem as previsões sempre desmentidas do regime imposto à recuperação orçamental do Sul, com a extrema manifestação de expropriação imposta a Chipre, com inquietação justificada para todos os pobres do Norte do Mediterrâneo, não parece, até agora, que sejam esses erros que venham a influenciar o rumo da vigilante troika. Ela não está encarregada senão de fazer cumprir o plano traçado, que formalmente se chama acordo ou tratado, como já foi prática em passados tempos imperiais, que usavam a mesma semântica para salvaguardar uma decência protocolar. O facto é que o ponto crítico deste processo que torna infelizes todos os povos do Sul europeu só parece dar esperança de revisão, abandonando a mensagem das estatísticas para escutar as queixas dos sacrificados povos, quando as eleições da Alemanha, e com elas o Parlamento alemão e o seu sempre autorizado tribunal constitucional, decidirem se é para continuar ou para repensar. Que a passividade perante esta situação seja a mais indicada para os Estados que escreveram e assinaram esses acordos, antes de criticarem um desenho mal imaginado, segundo algumas actuais confissões discretas e magoadas, parece antes um excessivo respeito para tal desenho em face do total desrespeito das suas consequências para com os princípios fundamentais e estruturados da União.
Se alguma coisa ensinou a conjuntura desordenada em que o mundo vive, foi que o poder dos fracos contra o forte sai muitas vezes recompensado pelos resultados. E neste caso, já são tantos os países atingidos pela crise em primeiro lugar, e pelo remédio decretado para a crise em instância que se apresenta sem recurso, que uma atitude concertada, urgente, e firme parece apropriada antes que o desastre seja a recompensa da submissão.
Não se trata apenas de um país, que é o nosso, e isso já é justificação suficiente, trata-se do projecto europeu, trata-se da decadência da Europa e do Ocidente, trata-se da vida digna dos povos e das pessoas que não estiveram nas causas da situação, mas estarão, e já estão, no consequencialismo de políticas a que foram inteiramente estranhas, quer nas eleições, quer nos seus parlamentos, quer na sua opinião pública possível. Todos sofrendo as consequências da política furtiva da Europa. Com a qual política é necessário acabar.
ADRIANO MOREIRA, Professor universitário
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/04-09/0/5_2027527_16B95FF7812C3684E5CA0AC50292DFF3.pdf

Margaret Thatcher, RIP

Margaret Thatcher, a "dama de ferro" que ontem morreu aos 87 anos.



08 abril 2013

Os efeitos da decisão do Tribunal Constitucional


Cortes permanentes em pensões e salários são agora mais difíceis.
Acórdão representa um colete-de-forças para os cortes de quatro mil milhões de euros que o Governo queria poupar essencialmente através de pensões e de salários, diz a generalidade dos constitucionalistas ouvidos.
A maioria dos constitucionalistas ouvidos pelo Negócios acha, contudo, que o Governo fica com muito menos margem de manobra para fazer o que queria: cortes adicionais nas pensões e nos salários dos funcionários públicos, de forma permanente, de modo a poupar quatro mil milhões de euros.
Isto é, fica agora mais vincado que a austeridade que foi pedida aos pensionistas e aos funcionários públicos só são admissíveis porque são temporárias e na medida em que não ultrapassem um determinado nível de sacrifício.
Há a afirmação de que se está no limite do sacrifício. Significa: daqui não passarás. JORGE PEREIRA DA SILVA, Professor na Univ. Católica
A tolerância para um corte das pensões é baixa. Um corte além de 3,5% a 10% não é possível. RUI MEDEIROS, Professor na Univ. Católica
O TC dá a entender que com o passar do tempo será mais restritivo nos cortes de despesa via salários e pensões. TIAGO DUARTE, Professor na Faculdade de Direito de Lisboa
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/04-08/0/5_2026783_17F97753D67B5E711FEF0EC8760FCA29.pdf

É possível sair do euro de forma controlada?


GUIA PARA SAIR DO EURO

João Ferreira do Amaral calcula em 30% a desvalorização cambial necessária para tirar Portugal da crise e define cinco pilares para a saída controlada da zona euro:
Manutenção do valor em euros dos depósitos na banca lusa. O Estado honraria a sua dívida em euros. Esta garantia seria dada pelas autoridades nacionais e comunitárias, em conjunto;
Preservação do balanço dos bancos: os créditos a famílias, empresas e Estado aumentariam na nova moeda em função da desvalorização desta;
Evitar o incumprimento generalizado à banca: o Estado substituir-se aos devedores no montante do aumento da dívida em moeda nacional que resultasse da desvalorização. Um acréscimo de dívida pública interno e financiado através de empréstimos junto do Banco de Portugal;
Manutenção da nova moeda numa banda de flutuação de 15% em relação a uma taxa de referência face ao euro;
Cooperação europeia: novo empréstimo a Portugal, para honrar a dívida do Estado e sustentar a balança de pagamentos até a desvalorização cambial ter efeitos positivos no reequilíbrio das contas externas. O BCE renovaria durante algum tempo a dívida dos bancos portugueses e criaria uma facilidade especial, temporária, de crédito aos bancos, para reagir de imediato a qualquer sintoma de pânico na transição.
http://www.clipquick.com/Files/Imprensa/2013/04-06/0/5_2026151_BB38C4FB9282EED4A1FADBFDE392DA6E.pdf